Anna Katharine Green | |
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Anna Katharine Green | |
Nascimento | 11 de novembro de 1846 Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos |
Morte | 11 de abril de 1935 (88 anos) Buffalo, Nova Iorque, Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americana |
Cônjuge | Charles Rohlfs |
Ocupação | Escritora |
Gênero literário | Poesia e romances investigativos |
Magnum opus | The Leavenworth Case |
Anna Katharine Green (Brooklyn, 11 de novembro de 1846 - Buffalo, 11 de abril de 1935) foi uma poeta e escritora estadunidense. Foi uma das primeiras autoras dos Estados Unidos a escrever romances investigativos e se destacou dos contemporâneos pelos enredos bem escritos e legalmente precisos. É considerada a "mãe dos romances investigativos".
Anna nasceu no Brooklyn, em 1846, filha de James Wilson Green e Catharine Ann Whitney. Era a segunda filha entre as quatro crianças do casal. Sua mãe morreu quando Anne tinha apenas 3 anos. Seu pai era advogado e trabalhou em diversos casos criminais em Nova Iorque. Ainda criança e adolescente, por conta do trabalho do pai, Anne aprendeu bastante sobre lei criminal, investigação e o trabalho da polícia em crimes.
Desde cedo mostrava interesse na prosa romântica, tendo se correspondido com Ralph Waldo Emerson, escritor, filósofo e poeta estadunidense. Quando Anna não conseguiu reconhecimento como poeta, ela se dedicou a escrever ficção e em 1878 publicou o livro The Leavenworth Case, que foi um grande sucesso no ano de seu lançamento. Logo ela se tornaria uma autora best-seller, publicando mais de 40 livros.
Em 25 de novembro de 1884, ela se casou com o ator e designer Charles Rohlfs (1853 – 1936), sete anos mais novo que Anne. Charles viajo pelo país com a peça que adaptou The Leavenworth Case para o teatro. Depois que sua carreira de ator caiu no ostracismo, Charles começou a fabricar móveis, em 1897 e Anne chegou a colaborar com projetos e ideias. Juntos eles tiveram dois filhos e uma filha: Roland, Sterling e Rosamund.
Anna morreu em sua casa em 11 de abril de 1935, em Buffalo, aos 88 anos.
Embora The Leavenworth Case seja citado com frequência como tendo sido o primeiro romance de mistério e investigação escrito por uma mulher nos Estados Unidos, o livro The Dead Letter, de Metta Victoria Fuller Victor foi publicado primeiro, em 1866. Mas foi o trabalho de Anne que popularizou o estilo no país uma década antes de Arthur Conan Doyle escrever a primeira história de Sherlock Holmes. Para a pesquisadora do gênero, Ellen Higgins, algumas pessoas desconsideram o trabalho de Anne para não competir com um "mestre" do estilo.
Anne também leva o crédito por ter escrito histórias de detetive na forma clássica e por desenvolver o conceito de romances em série. Seu principal personagem era o detetive Ebenezer Gryce, da Polícia Metropolitana de Nova Iorque, mas em três romances ele é auxiliado por uma assistente jovem e agitada, chamada Amelia Butterworth. Ela também escreveu histórias de detetives voltadas para o público feminino, com a personagem de Violet Strange, uma debutante com uma vida secreta como detetive.
A crítica lhe dedicava boas avaliações, como o fato de trazer para seus enredos a qualidade detetivesca de Agatha Christie e Conan Doyle. Além de criar solteironas idosas e jovens detetives do sexo feminino, os dispositivos inovadores da trama de Anne incluíam cadáveres em bibliotecas, recortes de jornais como "pistas", o trabalho do legista e testemunhas especializadas, peças presentes em qualquer série contemporânea que trabalhe com investigação criminal.
Yale Law School já usou seus livros para demonstrar o risco de se confiar em provas circunstanciais em um caso criminal. Seu primeiro livro criou um debate acalorado na assembleia legislativa da Pensilvânia sobre ter ou não sido escrito por uma mulher. Anne era um caso de sucesso feminino em um meio literário dominado por homens, porém não pode ser considerada uma feminista, já que era contra o sufrágio e contra muitos ideais do feminismo.
The Golden Slipper, and Other Problems for Violet Strange, (1915), featuring: