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A Association Psychanalytique de France (APF) é uma das grandes escolas de pensamento da psicanálise na França.
A Association Psychanalytique de France’’’ (APF) foi criada em 26 de maio de 1964. Ela nasceu de dissensões entre os membros da " Société française de psychanalyse", (S.F.P.),divididos em duas correntes:
A APF poude ser considerada como sustentando uma posição « centrista » entre as opções da SPP e as práticas heterodoxas de Jacques Lacan (sessões encurtadas, primaudade da linguagem, etc.)[2].
A APF é reconhecida como membro da International Psychoanalytical Association (IPA).
A "Société Psychanalytique de Paris" (S.P.P.) foi a única sociedade de psicanálise da França entre 1928, data de sua fundação, e 1953, quando foi substituída pela "Société française de psychanalyse" (S.F.P.). Entre esses dois períodos, a S.P.P. só deixou de existir durante a época em que a França foi ocupada pela Alemanha. Este desaparecimento , segundo o psicanalista Victor Smirnoff, ocorreu em maio de 1940: a sede da (S.F.P.), situada no Boulevard Saint-Germain, foi fechada (…) No país ocupado e dirigido por um marechal, não havia lugar para a psicanálise. Os psicanalistas dispersaram-se. Alguns deles permaneceram em Paris onde se reuniam de maneira quase clandestina. Outros emigraram para os Estados Unidos, os ‘’Suíços’’ voltaram para o seu país (…) Quando, em 1945, um núcleo da S.P.P. tentou se reorganizar, o número de analistas estava muito reduzido(…) [3].
Em 1945 e 1946, ao término da guerra, a psicanálise francesa começou a retomar suas atividades teóricas, interrompidas de maneira brutal durante a ocupação alemã. Com efeito,"uma informação publicada na Revue Française de Psychanalyse, revela que os membros da Sociedade que se encontravam em Paris, começaram pouco pouco a se reunir. (…) No fim de 1946, continua Jacques-Alain Miller, a Sociedade ampliou-se o bastante para retomar suas reuniões mensais, como ocorria antes da guerra"[4].
Em sua Histoire de la Psychanalyse en France, Élisabeth Roudinesco descreveu a situação da psicanálise francesa na década de 1950 e as posições respectivas dos mestres que se opunham na SPP: Sacha Nacht, Daniel Lagache e Jacques Lacan.« Nacht era favorável à assimilação do ensino freudiano aos ideais da medicina, preconizava a criação de um Instituto hierárquico com um rígido programa de formação(...) Ele sustentava os candidatos médicos e apoiava as pesquisas psicossomáticas, mas não queria que os grandes patrões da psiquiatria se ocupassem do movimento. Quanto a Lagache, ele era o promotor de uma integração democrática da psicanálise à psicologia. Num tal sistema, que visa a implantação do freudismo pela via universitária, o saber psicológico ocupa o mesmo lugar que o ideal médico no sistema de Nacht ».[5].
Em todo o caso, o programa de ensino do Instituto foi muito criticado por Lagache e Lacan. Victor Smirnoff escreveu a propósito "que as modalidades do ensino pareciam aumentar a divisão da análise.O protesto dos alunos contra este estatuto e a escolarização teria sido, como se pretendeu, organizado por Lacan?" [6].
Apesar das críticas de Lagache e Lacan, a criação, em 1953, da "Société française de psychanalyse" (S.F.P.) seguiu a linha defendida por Natch e seus adeptos. Durante alguns anos, os grupos de Lacan e Lagache ora sustentavam, ora se opunham à (S.F.P.). Tudo desmantelou-se em 1959 a partir do momento em que a S.F.P. pediu seu reconhecimento oficial à I.P.A. e, por via de consequência , sua afiliação. Esta foi registrada em 1959. Assim, desde 1961, escreveu Jacques -Alain Miller, “ a I.P.A. enunciou suas exigências sobre o pedido: exercer sua tutela sobre a (S.F.P.) e impedir a participação na mesma de Françoise Dolto e Jacques Lacan. Em 1963,durante o congresso de Estocolmo, um ultimato de três meses foi dado à S.F.P para riscar Lacan da lista dos analistas didatas (...) A comissão da responsável pelo "colégio dos didatas" na S.F.P. cedeu às exigências da I.P.A. e a assembleia geral da Sociedade aprovou a decisão, criando a nova sigla (A.P.F.), que foi reconhecida pela l’I.P.A.” [7].
As atividades científicas da APF eram muitas : grupos de pesquisa, colóquios e reuniões, jornadas abertas, conferências científicas da Terça-feira, debates científicos do Sábado e os ‘’Encontros de Vaucresson’’. Estes ocorriam duas vezes por ano, em Junho e Dezembro. Nos sábados, as conferências da manhã e da tarde eram seguidas de debates com os participantes; nos domingos de manhã, uma nova conferência era seguida de discussões. As vezes, as jornadas eram dedicadas a um tema bem preciso, como por exemplo : "O que significa processo psicanalítico ?" [8]. Ou então "Histoire et destin dans la Psychanalyse"[9].
Várias revistas de psicanálise foram criadas e dirigidas por analistas da APF .
A APF tem como objetivos a formação de psicanalistas e pesquisas sobre a psicanálise.