Campina

No próximo artigo iremos nos aprofundar no fascinante mundo de Campina. Exploraremos as suas origens, a sua evolução ao longo do tempo e o seu impacto na sociedade atual. Campina tem sido objeto de interesse e estudo de especialistas em diversas áreas, gerando debates e pesquisas que têm contribuído para o enriquecimento do conhecimento em torno deste tema. Através deste artigo iremos mergulhar nos seus diferentes aspectos e tentar compreender a sua importância no nosso dia a dia.

 Nota: Este artigo é sobre um tipo de bioma. Para a cidade da Rômena, veja Câmpina. Para o bairro da capital paraense, veja Campina (Belém). Para outros significados, veja Campina (desambiguação).

Campina é um tipo de bioma terrestre formado por campos completamente despidos de árvores (campos limpos ou desarborizados), que ocorre em várias regiões do Brasil. A campina pode ocorrer tanto em condições naturais, como artificiais, provocadas pelo homem. Distingue-se da savana, que são campos arborizados.

Terminologia

O sentido do termo apresenta diferenças entre os autores.

Martius (1824), na região amazônica, já citava a distinção entre "mato virgem" (florestas), "gabós" (igapós) e "campinas".

Gonzaga de Campos (1912, 1926) definiu as campinas como áreas com predominância de gramíneas e plantas herbáceas, sem adapatações ao xerofitismo. Logo, o termo é usado no sentido de campos de várzea ou inundação, ocorrendo na Amazônia, Pantanal, Vale do Paraíba, Alto Tietê, e diversas outras regiões.

Sampaio (1938) distinguiu as campinas e as campinaranas (chamando estas de "campinas falsas", por terem árvores).

Dücke e Black (1954) usaram o termo campina para as clareiras de gramíneas na Amazônia (com flora pertencente às caatingas amazônicas). Distinguiram também os campos de várzea e campos firmes (com flora do Cerrado) e as campinaranas (definidas como transição entre as florestas e os campos e campinas). Da mesma maneira, Veiga (1977) define a campinarana como transição entre campina e savana..

O IBGE (2012) usa o termo "campina" para os campos do Brasil Meridional, desencorajando seu uso como sinônimo para as campinaranas amazônicas.

Referências

  1. a b Sampaio, A. J. (1938). Fitografia do Brasil. 2a. ed. rev. e aum. São Paulo: Ed. Nacional. 334 p. Cf. p. 53, 177, 181. link, link. (Brasiliana, v. 35)
  2. a b VEIGA, A. A. (1977). Glossário em Dasonomia. São Paulo: Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Coordenadoria da Pesquisa de Recursos Naturais, Instituto Florestal. p. 12 
  3. Tipos e aspectos do Brasil: excertos da Revista brasileira de geografia. : Secretaria de Planejamento da Presidência da República, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Directoria Técnica, Departamento de Documentação e Divulgação Geográfica e Cartográfica. 1975. p. 16 
  4. WALTER, B. M. T. (2006). Fitofisionomias do bioma Cerrado: síntese terminológica e relações florísticas. Tese de Doutorado, Universidade de Brasília, .
  5. Martius, C. F. P. von. (1824). Die Physiognomie des Pflanzenreiches in Brasilien. Eine Rede, gelesen in der am 14. Febr. 1824 gehaltnen Sitzung der Königlichen Bayerischen Akademie der Wissenschaften. München, Lindauer, Brasiliana, Google.
  6. Gonzaga de Campos, L.F. (1912). Mappa florestal. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio; Serviço Geológico e Mineralógico; Typ. da Directoria do Serviço de Estatistica, 1912. link.
  7. Dücke, A.; Black, O. A. (1954). Notas sobre a fitogeografia da Amazônia Brasileira. Bol. Técn. IAN, Belém, 29: 1-62. .
  8. IBGE (2012). Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2a ed. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/vegetacao/manual_vegetacao.shtm>.

Bibliografia

  • Guimarães, F. S., & Bueno, G. T. (2016). As campinas e campinaranas amazônicas/The amazonian campinas and campinaranas. Caderno de Geografia, 26(45): 113-133, .