País | Portugal |
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Localização |
Penha de França Portugal |
Entrada em serviço | 1833 |
Estatuto patrimonial | Em vias de classificação (d) |
Find a Grave | 2134204 |
Coordenadas | 38° 43′ 49″ N, 9° 07′ 18″ O |
O Cemitério do Alto de São João é o maior e um dos mais importantes cemitérios da cidade de Lisboa em Portugal, encontrando-se sepultadas nele inúmeras figuras ilustres da história do país.
O Cemitério do Alto de São João foi mandado construir em 1833 pela Rainha Dona Maria II aquando da epidemia de cólera morbus que assolou a cidade de Lisboa, servindo a zona oriental da cidade, sendo a ocidental servida pelo Cemitério dos Prazeres. Foi durante mais de um século o primeiro cemitério da cidade tendo sido escolhido pela Primeira República como local para homenagear os seus heróis, com a construção de uma cripta. De realçar também a Cripta dos Combatentes da Grande Guerra, a cargo da Liga dos Combatentes, bem como o talhão privado de Bombeiros Voluntários, o Jazigo dos Beneméritos da Santa Casa da Misericórdia, o Jazigo dos Viscondes de Valmor ou o Jazigo dos Beneméritos da Cidade.
Ocupava a Quinta dos Apóstolos, na altura situada fora dos limites da cidade, zona rural de grandes quintas, passando a gestão pública apenas em 1841, após a legislação de 1835 que proibia os enterramentos em igrejas. Inicialmente ajardinado, está arborizado com ciprestes, eucaliptos, robínias, alfarrobeiras, jacarandás, entre muitas outras. Encontra-se aqui um notável conjunto de arquitetura funerária, muita dela em estilo neomanuelino, onde estão sepultadas algumas das personalidades que fizeram parte da história do país nos últimos duzentos anos. Trata-se uma verdadeira cidade, com casas numeradas e ruas. A principal é a que começa na entrada sendo cortada por outras perpendicularmente.
O primeiro forno crematório do país foi construído neste cemitério em 1925, tendo sido desativado alguns anos mais tarde por razões políticas, sendo reativado em 1985. É um dos cemitérios históricos da cidade onde se encontram inúmeros mausoléus e jazigos, ricamente decorados com simbologia do imaginário religioso e intelectual.