Neste artigo, iremos nos aprofundar no fascinante mundo de Cineart. Das suas origens à sua relevância hoje, exploraremos os aspectos mais importantes relacionados a este tema. Consideraremos o seu impacto na sociedade, a sua influência em diversas áreas, bem como os desafios e oportunidades que apresenta. Nesse sentido, mergulharemos em uma análise exaustiva que nos permitirá compreender a importância e o alcance de Cineart, oferecendo uma visão completa e atualizada deste tema tão relevante nos dias de hoje.
Cineart | |
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Logotipo da empresa Cineart Multiplex | |
Razão social | Delta Filmes Ltda. |
Sociedade limitada | |
Slogan | Mais sala, mais filmes, mais perto |
Atividade | Cinematográfica |
Fundação | 1947 (78 anos) |
Sede | Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil |
Área(s) servida(s) | Minas Gerais |
Presidente | Thais Henriques (diretora geral) e Lucio Otoni (gerente geral) |
Produtos | Exibição de produções cinematográficas |
Website oficial | www.cineart.com.br |
Cineart, também conhecida como Cineart Multiplex, é uma rede brasileira cinemas e distribuidora de filmes, sediada na cidade de Belo Horizonte, que atua exclusivamente no estado de Minas Gerais, onde detém a liderança do mercado local.[1] Seu parque exibidor é formado atualmente por 11 complexos e 65 salas, detendo 70% do mercado de Minas Gerais e 5 milhões de espectadores anuais.[2]
A rede de cinemas Cineart foi fundada em 1947.[3] Pertenciam à rede diversos cinemas de rua, tais como o Brasil, Pathé, Metrópole, Cine Jacques, Paladium, Acaiaca, Independência, Roxy, Royal, Tamoio, São Cristóvão e Odeon, todos na cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.[3]
De acordo com a empresa especializada em mercado cinematográfico FilmeB, a empresa teve quatro milhões de espectadores no ano de 2012, com ingresso médio de quinze reais, o que proporcionou uma renda de R$ 60 milhões.[4] Foi também responsável pela inauguração do primeiro complexo de luxo na capital mineira, localizado no Ponteio Lar Shopping, que utiliza a marca NET Cineart Premier, em virtude do patrocínio daquela empresa de telecomunicações.[5][4] A Cineart também opera uma sala IMAX, inaugurada em dezembro de 2015 no complexo do Boulevard Shopping, a primeira do seu gênero no Estado de Minas Gerais.[6]
Um aspecto importante da marca é a existência de diversas outras empresas cinematográficas pelo Brasil que utilizam nomenclatura semelhante, o que pode gerar uma confusão entre elas. Há desde o Circuito Cinearte, do empresário Adhemar Oliveira, especializado em cinema alternativo e programação mista, a pequenos exibidores do circuito comercial, como o Cine Art Cacoal,[7] da cidade de Cacoal, a Movie Arte Cinemas,[8] de Porto Alegre e o Cine Art Pelotas,[9] da cidade de Pelotas, que deixou recentemente a associação com a Arcoplex Cinemas.
Entretanto, a maioria dessas empresas é voltada a programação alternativa ou cinema de arte (conhecida em Portugal "cinema de culto"), como Cine Arte Posto 4,[10] da cidade Santos, Cine Arte UFF,[11] vinculado à Universidade Federal Fluminense de Niterói, Paradigma Cine Arte,[12] de Florianópolis e o Grupo SaladeArte,[13] de Salvador, entre várias outras.
Em outubro de 2012, a Cineart foi condenada em primeira instância a pagar indenização de dez mil reais, por danos morais, à uma deficiente auditiva que dirigiu-se ao Cineart Multiplex do Shopping Cidade e não encontrou disponibilizada sessões legendadas dos filmes Shrek e Meu Malvado Favorito, cujas fotos dos cartazes ela anexou ao processo.[14] Na ação judicial, a reclamante alegou que dirigiu-se com seu namorado ao cinema para comemorar o aniversário de namoro e a não - disponibilização de cópias legendadas seria uma forma de discriminação.[15] A empresa defendeu-se dizendo que a reclamante não provou a existência de danos morais e materiais, nem teria sido enganada, uma vez que no cinema haveria "informações claras sobre as sessões".[15] De acordo com o advogado da rede exibidora, "a ausência do filme com legenda não tem relação com a deficiência do casal, é apenas uma questão de oferta". Ademais, caberia à empresa distribuidora a seleção de cópias dubladas ou legendadas e não ao exibidor. Ainda assim, o juiz deu ganho de causa à reclamante, alegando que "o portador de deficiência auditiva tem direito de acesso à cultura e ao lazer, devendo tal acesso ser interpretado, no que tange à cultura cinematográfica, não só como acesso físico às salas de exibição, mas também como direito de compreensão linguística das interações culturais que ali se realizarem".[16] Consta que o namorado da reclamante também processou a Cineart, sendo que sua causa foi declarada improcedente em 2011.[15] A empresa ainda teria tentado a conciliação com os reclamantes, oferecendo ingressos para outras sessões, o que não foi aceito.[14] A Cineart anunciou que iria recorrer, não tendo sido divulgado o teor do trânsito em julgado.[15]
Durante a pandemia de COVID-19 que fechou todas as salas de cinema, a Cineart operou dois cinema drive-in em Nova Lima.[17]
Em 15 de setembro de 2021 se juntou ao Cinesystem, GNC Cinemas e o Moviecom para a criação do Conebi (Consórcio Exibidores Brasileiros Independentes).[18]
A Cineart encerrou o ano de 2015 na 10.ª posição entre os maiores exibidores do Brasil por número de salas,[19] (market share de 1,67%).[20] Detém, ao lado da Cinemark, o domínio do mercado exibidor de Belo Horizonte.[21] Fora seis shopping centers da Capital (Boulevard, Cidade, Del Rey, Minas, Ponteio e Via Shopping), também tem complexos de salas nos dois shoppings de Contagem (Shopping Contagem e Itaú Power), um de Betim (Monte Carmo), mais Pouso Alegre e Barbacena.[22]
Em setembro de 2016, a empresa adentrou no mercado de distribuição de filmes,[23] sendo que seu primeiro lançamento distribuído ao mercado foi Lâminas da morte - A maldição de Jack, o estripador.[24] Segundo o gerente-geral da empresa, Lúcio Otoni,[25] que também é diretor do Sindicato das Empresas Exibidoras de Belo Horizonte, Betim e Contagem desde 2002,[4] o propósito inicial é trabalhar com poucos títulos e apoiar as produções regionais do estado de Minas Gerais.[23]
Abaixo a tabela de público e sua evolução de 2002 a 2019, considerando o somatório de todas as suas salas a cada ano. A variação mencionada se refere à comparação com os números do ano imediatamente anterior. No período estudado, é possível observar um crescimento da ordem de 202,29%. Mesmo com a queda de público que se operou no circuito exibidor brasileiro em 2017 e 2018,[26] [27] fazendo com que a Cineart perdesse 13,24% dos seus frequentadores naqueles dois anos de retração, a rede subiu uma posição a tabela, passando a ocupar o 9º lugar.
Os dados de 2008 até 2013 foram extraídos do banco de dados Box Office do portal de cinema Filme B,[28][29] sendo que os números de 2002 à 2007 e 2014 à 2015 têm como origem o Database Brasil.[30] Já os dados de 2016 em diante foram extraídos do relatório "Informe Anual Distribuição em Salas Detalhado, do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA) da ANCINE.[31]
Ano | Público
total |
Ranking
no país |
Market
Share |
Variação |
---|---|---|---|---|
2002 | 1 254 686 | 15º | 1,38% | ano-base |
2003 | 1 658 243 | 15º | 1,60% | ![]() |
2004 | 2 000 153 | 15º | 1,74% | ![]() |
2005 | 1 812 886 | 12º | 2,02% | ![]() |
2006 | n.d | n.d | n.d | n.d |
2007 | 1 709 557 | 11º | 1,91% | ![]() |
2008 | 1 972 956 | 11º | 2,31% | ![]() |
2009 | 2 625 731 | 11º | 2,32% | ![]() |
2010 | 3 063 225 | 11º | 2,27% | ![]() |
2011 | 3 527 352 | 11º | 2,49% | ![]() |
2012 | 3 899 132 | 11º | 2,62% | ![]() |
2013 | 3 860 322 | 11º | 2,55% | ![]() |
2014 | 4 005 663 | 10º | 2,55% | ![]() |
2015 | 4 166 188 | 10º | 2,44% | ![]() |
2016 | 4 371 586 | 10º | 2,38% | ![]() |
2017 | 4 038 567 | 10º | 2,26% | ![]() |
2018 | 3 792 760 | 9º | 2,35% | ![]() |
2019 | 4 262 575 | 9º | 2,42% | ![]() |
2020 | n.d | 15º | 2,40% | ![]() |
2021 | n.d | 12º | 1,40% | ![]() |