Clínquer

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Se procura o material vulcânico homónimo, veja clínquer (geologia).
Clínquer para cimento branco, recém extraído do forno.

O clínquer pode ser definido como cimento numa fase básica de fabrico, a partir do qual se fabrica o cimento Portland, habitualmente com a adição de sulfato de cálcio, calcário e/ou escória siderúrgica.[1]

O cimento é composto principalmente de clínquer e de adições, sendo o clínquer o principal componente presente em todos os tipos de cimento.[2][3]

Existe como mercadoria independente, transacionada mundialmente, porque não é tão sensível à humidade como o cimento Portland e, como tal, facilita a sua armazenagem, manuseio e transporte.[2][4]

Tem um factor de estiva de cerca de 0,7 metros cúbicos por tonelada e um ângulo de assentamento entre 25 a 45 graus.[2][4]

É um material sinterizado e peletizado, resultado da calcinação (1450 °C) da mistura do calcário (75 a 80%), da argila (20 a 25%) e de componentes químicos como o silício, o alumínio e o ferro.[5][4]

No processo de fabricação do cimento Portland, o clínquer de cimento Portland sai do forno a cerca de 80°C, indo diretamente à moagem, onde é adicionado ao gesso e imediatamente ensacado em sacos de papel kraft, podendo chegar aos depósitos de distribuição ainda quente.[6][5]

Em partículas finas adere com facilidade a superfícies, no entanto é de fácil remoção com vinagre.[6]

Referências

  1. ↑ Berger, Ernest Elmer (1929). Calcium Sulphate Retarders for Portland Cement Clinker (em inglês). : U.S. Government Printing Office 
  2. ↑ a b c Ferrari, L. (2012). «Reaction of clinker surfaces investigated with atomic force microscopy». Construction and Building Materials. 35: 92–96. doi:10.1016/j.conbuildmat.2012.02.089 
  3. ↑ Stone: Devoted to the Quarrying and Cutting of Stone for Architectural Uses (em inglês). 1899 
  4. ↑ a b c Siegbert Sprung "Cement" in Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry, 2012 Wiley-VCH, Weinheim. doi:10.1002/14356007.a05_489.pub2
  5. ↑ a b Whiting, Nancy M.; Snyder, Mark B. (2003). «Effectiveness of Portland Cement Concrete Curing Compounds». Transportation Research Record: Journal of the Transportation Research Board. 1834: 59–68. doi:10.3141/1834-08 
  6. ↑ a b Sohoni, S.; R. Sridhar; G. Mandal (1991). «Effect of grinding aids on the fine grinding of limestone, quartz and portland cement clinker». Powder Technology. 67 (3): 277–286. doi:10.1016/0032-5910(91)80109-V