Hoje, Crítica textual é um tema que ganhou relevância sem precedentes em diferentes áreas da sociedade. Da política à tecnologia, ciência e cultura, Crítica textual tornou-se um ponto de interesse comum para pessoas de todas as idades e culturas. A importância de compreender e analisar Crítica textual reside no seu impacto significativo na nossa vida quotidiana, bem como no futuro da humanidade. Neste artigo exploraremos as diversas facetas de Crítica textual, analisando as suas implicações, desafios e oportunidades, com o objetivo de oferecer uma visão abrangente deste fenómeno que não deixe ninguém indiferente.
Em filologia, crítica textual, ecdótica (do grego ékdotos: "edito")[1] ou ainda crítica documental[2] é uma ciência, na intersecção da história, da filologia, da crítica literária e da literatura, que estuda a composição textual e suas circunstâncias de composição, bem como a tradição dos textos antigos até os dias atuais[3]. Trata, portanto, de restituir, por meio de metodologia científica, a forma mais próxima possível do que seria as diferentes fases de redação de um texto, a fim de estabelecer uma edição padrão atual ou "edição crítica",[nota 1] reconstruída, com base em metodologias e pressupostos, a partir de todas as fontes documentais disponíveis.
Os primeiros estudos crítico-textuais de que se tem notícia foram realizados na Bíblioteca de Alexandria. Segundo Paroschi, "Em 274 a.C., seu primeiro diretor, o gramático e crítico literário Zenódoto de Éfeso, comparou diversos manuscritos dos poemas épicos homéricos e preparou aquela que é tida como a primeira edição crítica da Ilíada e da Odisseia."[4] Outros como Aristófanes de Bizâncio e Aristarco de Samotrácia também prepararam edições críticas de Homero e outros escritores clássicos.[4]
Normalmente são três as principais abordagens fundamentais para a aplicação da crítica textual:
Recentemente novas técnicas, entre elas a cladística, que é a classificação hierárquica das espécies, baseada na ascendência evolutiva, método oriundo da biologia, têm sido adicionadas visando melhor estabelecer o relacionamento entre as cópias ou manuscritos de uma obra.
A crítica textual pode tentar reconstruir um texto original. No entanto, o conceito de texto original pode-se referir a coisas distintas. Por texto original, o crítico pode estar se referindo ao Urtexto, que pode ser tanto as diversas versões primitivas que convergiram a um arquétipo ou texto ideal quanto um texto primitivo do qual se ramificaram em diversas variantes. Outro sentido de texto original é o autógrafo, a forma do texto quando foi vertida pela primeira vez à escrita. Ainda, sob o nome de texto original se busca o Vorlage, a versão anterior de um texto ou o texto-fonte. A reconstituição de um texto a partir de sua formas traduzidas se chama retroversão.
As variações textuais ao longo do tempo revelam como sua composição tomou corpo. Antes da invenção da imprensa, quando surgiu a figura do editor que preparava textos para a reprodução em massa, copistas reescreviam o texto para cada cópia, surgindo variantes -- intencionais ou não -- do manuscrito. Outras vezes, eles literalmente recortaram suas fontes, juntava os pedaços de texto de vários manuscritos e depois fixava-os em uma colagem. [5]
Em filologia, a crítica textual estuda os textos antigos, sua composição, sua preservação e transmissão ao longo do tempo, visando reconstituí-los com base na documentação disponível, enquanto a crítica literária tem como foco não só a recuperação do texto em si, mas também outros aspectos, tais como a autoria, fontes utilizadas e o contexto da obra.