No artigo de hoje vamos nos aprofundar no tema Efeito de ambiguidade, assunto que tem ganhado relevância nos últimos tempos. À medida que a sociedade avança e evolui, é essencial estar atento às diferentes facetas de Efeito de ambiguidade e compreender o seu impacto no nosso dia a dia. Desde suas origens até sua relevância hoje, exploraremos todos os aspectos relacionados a Efeito de ambiguidade para fornecer uma visão ampla e completa. Além disso, analisaremos as implicações que Efeito de ambiguidade tem em diferentes áreas, desde a política até o dia a dia das pessoas. Esperamos que este artigo seja um guia útil e esclarecedor para aqueles interessados em se aprofundar no tópico Efeito de ambiguidade.
O efeito de ambiguidade (RO 1971: ambigüidade) é um viés cognitivo onde a tomada de decisão é afectada pela falta de informação, ou "ambiguidade". O efeito implica que as pessoas tendem a seleccionar opções em que a probabilidade de um desfecho favorável é conhecido, em vez de seleccionarem opções em que a probabilidade de desfecho favorável é desconhecido. Uma probabilidade desconhecida pode aumentar o senso de desconforto para além da baixa probabilidade matemática.
O efeito foi descrito pela primeira vez por Daniel Ellsberg em 1961.
Considere dois baldes contendo cada um 100 bolas. O balde A contém 50 bolas brancas e 50 bolas pretas, o balde B contém uma combinação desconhecida de bolas brancas e pretas (considerando que todas as combinações de bolas do balde B são igualmente possíveis). Sabendo que você ganhará $100 se sortear de um balde uma bola branca, qual balde você escolheria?
Apesar da probabilidade de um resultado favorável ser igual, as pessoas têm uma tendência a escolher a opção A, onde a probabilidade de selecionar uma bola premiada é percebida como mais certa. A incerteza do número de bolas faz com que a opção B tenda a ser vista como menos favorável, ignorando o fato de que nesta opção é possível haver muito mais bolas brancas do que pretas. As pessoas tendem a não querer correr o risco oposto de que possa igualmente haver poucas bolas brancas. A ambiguidade da opção B faz com que as pessoas prefiram a opção A, ainda que a probabilidade seja a mesma.
Neste exemplo, a probabilidade de o balde B conter (50 - n) bolas brancas é idêntica à probabilidade de conter (50 + n) bolas brancas. (onde n é qualquer número entre 0 e 50). Se não está claro, pense em termos de números naturais. Por exemplo, a probabilidade de que o balde contenha 49 bolas brancas (e 51 bolas pretas) é idêntica a probabilidade de conter 51 bolas brancas (e 49 bolas pretas). A probabilidade de 48 bolas brancas (e 52 bolas pretas) é a mesma de 52 bolas brancas (e 48 bolas pretas), e assim por diante. Isso significa que as chances de cada combinação cancela sua combinação oposta, deixando a probabilidade idêntica a do balde A, ou seja, de 50 em 100 ou 1 em cada 2.
É humano evitar o conhecimento ambíguo, ou seja, assumir que algo é conhecido quando não o é. Quando apresentadas a uma grande quantidade de variáveis confusas, as pessoas ainda tenderam a reivindicar conhecer o desconhecido. Isso produz dissonância cognitiva que faz com que as pessoas tendam a saciar sua necessidade de certezas.
Outra possível explicação para este efeito é que as pessoas possuem o atalho mental (heurística) de evitar opções onde faltem informações. Isso as faz buscar a informação em falta. Em muitos casos, no entanto, a informação não pode ser obtida. O efeito frequentemente ocorre ao trazermos a atenção de quem faz uma escolha que alguma informação está faltando em uma das opções.