No mundo de hoje, Eir tornou-se um tema de grande relevância e interesse para um amplo espectro de pessoas. Seja pelo seu impacto na sociedade, pela sua influência na esfera cultural, pela sua relevância na história ou pela sua importância no desenvolvimento pessoal, Eir conseguiu captar a atenção de milhões de indivíduos em todo o mundo. À medida que exploramos mais este tema, entramos num universo de possibilidades e perspectivas diversas, que nos convidam a refletir, questionar e discutir Eir. Através deste artigo, procuraremos aprofundar os vários aspectos que fazem de Eir um tema tão relevante hoje, e exploraremos o seu impacto em diferentes áreas da vida quotidiana.
Na mitologia nórdica, Eir (nórdico antigo "ajuda, misericórdia")[1] é uma deusa e/ou valquíria associada a competências medicinais. Eir é mencionada na Edda poética, compilada no século XIII a partir de antigas fontes tradicionais; na Edda em prosa, escrita no século XIII por Snorri Sturluson; e na poesia escáldica, incluindo as inscrições rúnicas de Bergen, Noruega a cerca de 1300. Estudiosos têm especulado sobre se estas três fontes se referem ou não à mesma figura, questionando se Eir pode ou não ter sido originalmente uma deusa da cura e/ou uma valquíria. Outrossim, Eir tem sido teorizada como uma forma da deusa Frigg e tem sido comparada com a deusa grega Hígia (Hygieia).
No poema Fjölsvinnsmál, Fjölsviðr encontra-se uma lista de donzelas que servem a Menglöð — entre elas Eir —, e relata que todas se encontram sentadas na colina Lyfjaberg (em nórdico antigo, «colina da cura»[2] ou «montanha da cura».[3] A seguir, o dialogo entre o herói Svipdagr e Fjölsviðr que menciona Eir:
- Tradução de Henry Adams Bellows:
- Svipdag diz:
- "Agora responda, Fjolsvith, à pergunta que te faço,
- A verdade que deveria saber agora:
- Que donzelas são as que sobre os joelhos de Mengloth
- Estão sentadas tão complacentes e próximas?"
- Tradução de Benjamin Thorpe:
- Vindkald.
- Diz-me, Fiolsvith! etc.,
- Como se chamam estas donzelas,
- que se sentam sobre os joelhos de Menglod
- juntas em harmonia?
- Fiolsvith.
- Hlif chama-se a primera, a segunda Hlifthursa,
- a terceira Thiodvarta,
- Biort e Blid, Blidr, Frid,
- Eir e Orboda.[5]
Após o dialogo, Svipdagr pergunta se estas donzelas ajudariam se celebrassem blóts em seu favor. Fjölsviðr responde afirmativamente a Svipdagr:
- Fjolsvith:
- «Pronta ajuda a todos os que oferendas dão
- Nos elevados altares sagrados;
- E se perigo eles veem para os filhos dos homens,
- Então todos os dias do mal eles guardam.»[6]
- Fiolsvith.
- A cada verão que os homens lhes oferecem,
- no lugar sagrado,
- nenhuma grande peste chegará aos filhos dos homens,
- pois estarão livres de perigo.[7]
Em Gylfaginning (35), a figura de Hár fornece breves descrições de 16 ásynjur. Hár cita Eira como sendo a terceira e menciona que «é uma excelente médica».[8] No capítulo 75 do livro Skáldskaparmál da Edda em prosa, Eir áparece numa lista de nomes de valquírias, mas não é relatada como uma das ásynjur no mesmo capítulo.[9]
Na poesia escáldica, o nome Eira é frequentemente usado como kenning para as mulheres. Um exemplo é Eir aura («Eira das riquezas»), que aparece na Saga de Gísla Súrssonar.[10] Este mesmo nome é empregue de igual modo na obra dos poetas do século X Kormákr Ögmundarson e Alfredo, o Poeta Perturbado.[11]
Eira aparece também nas inscrições rúnicas de Bryggen, escritas sobre uma vara em Bergen, Noruega que remonta à década de 1300. A vara insculpe uma transação mercantil seguido de um verso de um escriba descontente:
Mindy Macleod e Bernard Mees postulam que a inscrição significa «as mulheres tornam-me miserável» ou possivelmente «o casamento torna-me miserável», enquanto que a segunda linha significa que «a mulheres tiram-me o sono».
O nome é frequentemente utilizado como kenning para as mulheres nas rímur poéticas.[13]