Geladura

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Geladura
GeladuraGeladura dois a três depois de um circuito de montanhismo
Sinónimos Úlcera de frio
Especialidade Medicina de emergência, ortopedia
Sintomas Perda de sensibilidade, sensação de frio, entorpecimento, palidez
Complicações Hipotermia, síndrome compartimental
Tipos Superficial, profunda
Causas Temperatura abaixo do ponto de congelação
Fatores de risco Consumo de álcool, fumar, perturbações mentais, alguns medicamentos, antecedentes de lesões pelo frio
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas
Condições semelhantes Frieira, pé de trincheira
Prevenção Evitar exposição ao frio, vestuário adequado, manter-se hidratado e nutrido, permanecer ativo sem ficar exausto
Tratamento Reaquecimento, medicação, cirurgia
Medicação Ibuprofeno, vacina contra o tétano, iloprosta, trombolíticos
Frequência Desconhecida
Classificação e recursos externos
CID-10 T33-T35
CID-9 991.0-991.3
CID-11 152692065
DiseasesDB 31167
MedlinePlus 000057
eMedicine emerg/209 med/2815 derm/833 ped/803
MeSH D005627
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Geladura ou úlcera de frio é uma condição caracterizada pela congelação da pele ou de outros tecidos causada pela exposição a baixas temperaturas. O sintoma inicial é geralmente Perda de sensibilidade na área afetada, que pode ser seguido de entorpecimento e pele de tom azul ou branco. Durante o tratamento pode ocorrer tumefação ou aparecimento de bolhas. As áreas afetadas com maior frequência são as mãos, pés e rosto. Entre as possíveis complicações estão a hipotermia e síndrome compartimental.

Causa e diagnóstico

O risco é maior em pessoas expostas a baixas temperaturas durante períodos prolongados de tempo, como entusiastas de desportos de inverno, pessoal militar e pessoas sem-abrigo. Entre outros fatores de risco estão o consumo de bebidas álcoolicas, fumar, perturbações mentais, alguns medicamentos e antecedentes de lesões causadas pelo frio. O mecanismo subjacente envolve lesões provocadas por cristais de gelo e trombos nos pequenos vasos sanguíneos causados pelo degelo. O diagnóstico baseia-se nos sintomas. A gravidade da condição pode ser classificada em superficial (1º e 2º graus) ou profundo (3º e 4º graus). Em alguns casos são usados exames de cintigrafia óssea e ressonância magnética para ajudar a avaliar a extensão das lesões.

Prevenção e tratamento

A prevenção consiste em evitar a exposição a baixas temperaturas, em usar vestuário adequado, em manter-se hidratado e nutrido, e em manter-se ativo, mas sem ficar exausto. O tratamento consiste no reaquecimento. O reaquecimento só deve ser realizado quando não há o risco de nova congelação. Não é recomendado esfregar ou aplicar neve na área afetada. Geralmente recomenda-se a administração de ibuprofeno e da vacina contra o tétano. Em lesões graves podem ser administrados iloprosta ou trombolíticos. Em alguns casos pode ser necessária cirurgia. No entanto, a amputação é geralmente adiada por alguns meses de modo a se poder avaliar a extensão das lesões.

= Epidemiologia e história

Desconhece-se o número de casos de geladuras. Entre os montanhistas, a incidência pode chegar aos 40% em cada ano. A idade mais comum das pessoas afetadas é entre os 30 e os 50 anos de idade. As evidências mais antigas da ocorrência de geladuras datam de há 5000 anos. A primeira descrição formal da condição foi feita em 1814 por Dominique Jean Larrey, médico no exército de Napoleão Ao longo da história, as geladuras tiveram um impacto significativo em diversos conflitos armados.

Referências

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Ligações externas