Fundo de cobertura, tradução do inglês hedge fund é uma forma de investimento alternativa aos investimentos tradicionais (como Bolsa de valores, Renda fixa e fundos de investimento em ações), com graus de risco variados (indo do muito baixo ao altíssimo), com poucas restrições (os Fundos de cobertura podem investir em vários tipos de ativo ao mesmo tempo, como ações, renda fixa, derivativos etc.) e em algumas situações, altamente especulativo. A flexibilidade de investimento destes fundos tem como objetivo limitar os riscos de mercado, possibilitando ao fundo lucrar independente da situação do mercado.
Os fundos se capitalizam com investidores que se juntam fornecendo grandes somas de dinheiro, que fica a disposição de uma empresa especializada responsável pela gestão deste dinheiro. O gerente do fundo, geralmente um economista ou administrador especializado na área de investimentos ou alguém com talento natural, tem liberdade para investir o dinheiro como considerar melhor, repartindo posteriormente os lucros e prejuízos conforme contrato entre as partes.
Os fundos podem assumir a forma jurídica de uma sociedade limitada, de modo que, caso o fundo vá à falência, os credores não podem ir atrás dos investidores, não importando o quanto tenha sido colocado no fundo de cobertura.
Esse conceito foi formulado por Alfred Winslow Jones em 1949, o primeiro a combinar investimentos de curto e longo prazo com o fim de garantir uma cobertura da carteira frente a movimentos do mercado. Existe um debate sobre o escopo da definição, mas as características gerais do Hedge Fund são:
Dado o alto nível de risco, os gerentes de Fundos Livres investem diretamente nos mesmos, deste modo aumentam a sua credibilidade. Em 2008, 8000 fundos operaram no mundo, gerando por volta de 1,3 trilhões.
Normalmente, os hedge funds costumam cobrar anualmente, como remuneração, 2%, a título de taxa de administração, mais 20% do total de lucros obtidos, a título de taxa de performance. É o chamado esquema 2 e 20. Utilizando essa fórmula, o gestor do fundo de investimento recebe, a cada ano, o valor correspondente a 2% dos ativos, a título de taxa de administração, e 20% dos lucros, sendo o restante destinado ao pagamento de tributos e, depois, distribuído proporcionalmente entre os investidores.
A grave crise econômica que eclodiu em 2008 levou autoridades de todo o mundo a repensarem os seus modelos de regulação sobre veículos de investimento alternativos como os fundos de cobertura (Hedge Funds). A Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas com o objectivo de limitar e controlar os riscos assumidos por estas entidades, dentre essas destaca-se o quantitative easing, dando especial ênfase à uniformização da regulação em todo o espaço europeu e à limitação de algumas das principais ferramentas utilizadas por estes fundos, como o recurso ao efeito de alavanca financeira.
Com maior controle, é provável que o retorno a médio prazo seja menor, porém esse fundo se torna mais seguro para os envolvidos e fica mais difícil de ser usado para burlar leis como tributações.