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Hiding Edith | |
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Escondendo Edith | |
Escondendo Edith | |
Autor(es) | Kathy Kacer |
Idioma | Inglês |
País | ![]() |
Gênero | Biografia |
Linha temporal | Segunda Guerra Mundial |
Editora | Second Story Press |
Formato | Brochura |
Lançamento | 11 de setembro de 2006 |
Páginas | 151 |
ISBN | 978-18-97-18706-7 |
Edição brasileira | |
Tradução | Renata Siqueira |
Editora | Editora Melhoramentos |
Lançamento | 2009 |
Páginas | 154 |
ISBN | 978-85-06-05576-2 |
Hiding Edith -a true story-[1], ou simplesmente Hiding Edith (no Brasil, Escondendo Edith)[nota 1], é um romance biográfico da escritora canadense Kathy Kacer.[2] Publicado pela primeira vez no Canadá em 1 de setembro de 2006 pela editora Second Story Press,[3] foi distribuído em diversos países, tais como Brasil, Alemanha, China e Índia.[4][5]
Narrado na terceira pessoa, a trama mostra a invasão de Adolf Hitler na Áustria, onde todos se veem obrigados a se esconderem para garantir a sobrevivência.[6] O romance aborda temas como o nazismo e o governo de Vichy.[7] Além disso, conforme a história avança, também são mencionados bombardeios da Segunda Guerra Mundial, a expansão do exército de Hitler e a mudança de identidade de crianças, que são forçadas a fugirem.[8]
“ | Juden! Judeus! Saia de Viena, Herr Schwalb. Saia agora! | ” |
Narrado em terceira pessoa, a história se passa durante a Segunda Guerra Mundial: Edith Schwalb vive com seu pai Chaim Schwalb, conhecido como Papa, sua mãe Magdalena, também chamada de Mutti, e sua irmã Therese na capital da Áustria, Viena,[10] porém eles se unem a outros judeus que foram forçados a deixarem suas casas para escapar dos nazistas.[11] Em uma tentativa desesperada para sobreviver, sua família foge para Bélgica, onde Gaston, irmão mais novo de Edith, nasce.[12][13][14] Após meses vivendo em casas de fazendas, Chaim é preso para ser interrogado e Mutti fica desesperada para libertá-lo e após dias, consegue, porém eles têm que deixar o país. Decidem ir para Beaumont-de-Lomagne, no sul da França.[15]
Mesmo com vários judeus sendo ameaçados no país, a família de Edith continua na cidade, entretanto Adolf Hitler estende seu domínio, chegando ao local e levando Papa novamente.[15] Todo o dinheiro de Mutti estava acabando, por isso ela não teria como subornar os patrulheiros.[16] Devido aos ataques, Ida, amiga de Therese, comenta sobre uma casa em Moissac-Bellevue que abrigurava todas as crianças judias.[16]
De acordo com os planos de Mutti, Therese e ela ficariam escondidas na casa da vizinha enquanto Edith e Gaston iriam para a casa de Moissac, patrocinada pelos Éclaireurs Israélites de France.[17] Portanto eles são deixados aos cuidados de Shatta Simon que "educava crianças para serem escoteiros e bandeirantes".[18] Edith conhece Sarah Kupfer, uma garota alta e bonita, que se torna sua amiga e serve como tutora, explicando as ordens do local.[19] A partir de então, a jovem começa a frequentar a escola com a professora Beaufort, recebendo ajuda de Renée. Após um tempo, Edith volta a conversar com Gaston na casa ao lado, tentando o alegrar da solidão e saudade dos pais.[20] Em seu aniversário de onze anos, eles recebem a visita de Mutti e se atualizam dos fatos: Papa ainda não voltou e Therese se separou da mãe.[21]
O governador de Moissac avisa que os nazistas estão chegando e as crianças fogem para uma floresta,[22] até que podem se acalmarem do ataque, no acampamento "camp volant".[23] Após cinco dias, as crianças voltam para a casa, porém Shatta ressalva que teriam que fechá-la, pois previam o fim da guerra. Para a segurança de todos, eles trocam de nome: Edith Schwalb se torna Edith Servant e Sarah Kupfer, Simone Carpentier. Apesar de não gostar, a nova certidão de nascimento de Edith dizia que nasceu em Enghien-les-Bains. Com isso, ela e outras garotas (Suzanne, Ida e Sarah) partem para Sainte-Foy-la-Grande. Na cidade, elas foram mandadas para uma escola, que também servia como internato.[8]
A situação do local era precária: não havia água potável nem produtos higiênicos. Germaine levava alguns sabonetes, porém eles não eram o suficiente para combater piolhos e doenças,[24] que foram evitadas por todas as garotas, com exceção de Sarah que foi obrigada a cortar o cabelo. Ainda careca, ela encontra seu irmão que avisa sobre a morte da mãe, entristecendo a jovem. Um bombardeio atinge os arredores da escola e assustam as crianças, porém tudo se resolve e é consertado.[25] Germaine consegue um lugar para todas, mas elas se separam. Edith é levada para a fazenda de Merleau.[26]
Após meses, Germaine alerta que a garota voltaria para Moissac, já que França estava livre de ataques nazistas. Lá, Edith reencontra seu irmão Gaston, que havia crescido, Sarah, que voltou a ter cabelo, e Mutti, que ainda estava viva.[27]
Edith, Gaston, Therese e Mutti voltam a morar em Beaumont-de-Lomagne, a única tristeza era Papa, que morreu após os soldados lhe oferecerem muita comida, já que tinha ficado dias com fome. Mutti ficou desnorteada com a notícia e Edith propõe sua volta para a casa de Moissac e a mãe concorda. Therese cuidaria dela e Gaston voltaria com a irmã.[28]
Saíram da casa em 1949 quando foram transferidos para Paris. Anos após a guerra, Gaston se torna um chefe de cozinha e abre um restaurante, Mutti e Therese melhoram da melancolia e Edith se apaixona por Jacques Gelbard, tendo quatro filhos e nove netos, no Canadá.[29]
Antes da publicação de Hiding Edith, Kathy Kacer escreveu The Underground Reporters, que também relata o drama de uma garota durante a Segunda Guerra Mundial e no campo fictício, Secret of Gabi's Dresser, Clara's War e Night Spies, também comentando sobre guerras e conflitos globais.[36]
“ | li muitos livros sobre a Segunda Guerra Mundial, entre eles O Diário de Anne Frank, é claro. Sempre gostei de ficção histórica e, desde muito cedo, foquei meu interesse na Segunda Guerra. Ainda tenho meus diários de quando tinha 7, 8, 9 anos. Escrevia poesias, letras de músicas, tiras cômicas... Mesmo trabalhando como psicóloga, sempre soube que o que gostaria de fazer seria escrever! Todas minhas obras são sobre a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto porque é a história da minha família. Meus pais são sobreviventes dessa Guerra. | ” |
"Tentei ser minuciosa ao apresentar os fatos citados por Edith".
—Kathy Kacer[30]
Hiding Edith é um romance biográfico. Kathy Kacer faz uma adaptação da história de Edith, uma garota austríaca e judia, narrando cronologicamente os fatos dramáticos apresentados pela jovem a partir da invasão nazista até a fuga para o orfanato francês.[37] A obra enfatiza como tema o Partido Nazista, liderado por Hitler, em 1933 e comenta sobre a fuga dos judeus,[38] o governo de Vichy, a morte de pessoas na Segunda Guerra Mundial e o desespero das crianças com os fatos apresentados.[39]
"Há muitas histórias sobre as crianças do Holocausto, mas poucas são tão eficientes ao retratar a dor e o estresse psicológico pelo qual elas passaram quanto Escondendo Edith".
Sendo o segundo romance biográfico de Kathy Kacer, Hiding Edith foi publicado pela Second Story Press em 2006, obtendo uma recepção parcialmente positiva. Em uma análise para a revista School Library Journal, Rachel Kamin escreveu que, "a leitura combina, de forma eficaz, com a história da guerra e o sofrimento das crianças. Fotografias em preto e branco de alta qualidade acrescentam emoção para os leitores."[40]
Publicado pela Melhoramentos em 2009,[41][42] no Brasil, Escondendo Edith foi direcionado para o público infanto-juvenil.[43] O site da Folha de S. Paulo comparou a obra de Kacer com o romance alemão de Salden, O Diário de Anne Frank e comentou que, "'Escondendo Edith', para o equilíbrio da vida e da literatura, termina com algo mais próximo do 'final feliz' sempre esperado."[44]
Hiding Edith venceu o Prêmio Hackmatack em 2008 como "melhor livro biográfico" e em 2007, conquistou o Prêmio Silver Birch no Canadá quando foi lançado sua primeira edição.[13]
Ano | Prêmio | Categoria | Indicação | Resultado |
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2006 | Norma Fleck | Melhor livro de não-ficção | Kathy Kacer | Indicado[37] |
2007 | Silver Birch | Venceu[45] | ||
2008 | Hackmatack | Melhor livro biográfico | Venceu[46] |
Kathy Kacer escreveu diversos livros que foram publicados em vários países e ganhou muitos prêmios pela maioria deles.
'O Diário de Anne Frank', por exemplo, é o mais notável exemplo disso, com traduções pelo mundo inteiro.