Karl Radek

Karl Radek
Karl RadekKarl Radek v Moskvě (před rokem 1936)
Nascimento Karol Sobelsohn
31 de outubro de 1885
Lviv
Morte 19 de maio de 1939 (53 anos)
Verkhneuralsk
Cidadania Áustria-Hungria, Polónia, União Soviética
Cônjuge Larisa Reisner
Alma mater
Ocupação político, professor universitário, jornalista, revolucionário, preso político, comunista
Empregador(a) Moscow Sun Yat-sen University, Internacional Comunista

Karl Berngardovitch Radek (31 (19) de outubro de 1885 - 9 de maio de 1939) foi um líder bolchevique e comunista soviético e internacional.

Radek nasceu em Lemberg (atualmente Lvov na Ucrânia, na época parte da Polônia sob o Império Austro-Húngaro) como Karol Sobelsohn, numa família de judeus poloneses. Ele assumiu o pseudônimo "Radek" por causa de um personagem que admirava em um livro (talvez Syzyfowe Prace de Stefan Żeromski). Como membro do Partido Social-Democrata dos Trabalhadores Russos (PSDTR) desde 1898, ele participou da Revolução de 1905 em Varsóvia.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Karl Radek, Alexander Parvus e Iákov Ganetski se envolveram em negociações secretas com o Estado-Maior alemão sobre financiamento aos bolcheviques e foram organizadores da Operação Copenhague, bem como mediadores entre Lenin e os alemães, que autorizaram a passagem do líder revolucionário em um trem blindado sob a promessa de retirar a Rússia da guerra.

Radek tomou uma posição anti-belicista durante a guerra, enquanto viveu na Suíça e na Suécia, apoiou os bolcheviques e entrou para o Partido em 1917 após a Revolução de Outubro. Ele esteve na Alemanha entre 1918 e 1920 para ajudar a organizar a Revolta Espartaquista com Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.

Em 1920, Radek voltou para a Rússia e entrou para o Comintern, mas sua influência diminuiu. Em 1924, ele perdeu o posto que tinha no Comitê Central e em 1927 foi expulso do Partido. Entretanto, foi readmitido em 1930. Mais tarde, ele adotou a posição de que o governo soviético deveria se aproximar da Alemanha. Em 1934, ele foi entrevistado por um político alemão, no qual ambos deploraram a tendência hostil de seus respectivos governos, e Radek fez uma observação polêmica: “Existem uns caras bons nas SA e SS.” Em 1936, ele parabenizou o general Ernst Köstring no dia em que a Alemanha ocupou a Renânia, junto com Mikhail Tukhachevsky. Radek ajudou a escrever a Constituição soviética de 1936. Durante o Grande Expurgo no ano seguinte, porém, ele foi acusado de traição e confessou no Julgamento dos Dezessete (1937, também chamado Segundo Julgamento de Moscou). Acredita-se que Radek tenha morrido na prisão, em uma briga com outro preso, enquanto outros crêem que ele tenha vivido até os anos 1950.

Radek foi um pioneiro da Revolução Sexual. Sua campanha contra a "Moral Burguesa" e seus apelos ao amor livre impregnaram de tal modo a propaganda revolucionária que toda uma geração de jovens vieram a ser conhecidas como "a prole de Karl Radek".

Consta que Radek teria criado diversas piadas políticas sobre Josef Stalin.

Referências

  1. «Last of the War Criminals:The Mystery of Erich Koch». Commentary Magazine (em inglês). 1 de janeiro de 1959. Consultado em 30 de agosto de 2020 
  2. Carsten, F. L. (1974). «New 'Evidence' against Marshal Tukhachevsky». The Slavonic and East European Review (127): 272–273. ISSN 0037-6795. Consultado em 30 de agosto de 2020