Ken Loach

Ken Loach
Ken LoachEm 2019, no Festival de Cannes
Nome completo Kenneth Loach
Nascimento 17 de junho de 1936 (87 anos)
Nuneaton, Warwickshire
Reino Unido
Nacionalidade inglês
britânico
Ocupação Cineasta
César
Melhor Filme Estrangeiro
1996 - Land and Freedom
2017 - I, Daniel Blake
Prémios BAFTA
Melhor Filme Britânico
2017 - I, Daniel Blake
Festival de Cannes
Palma de Ouro
2006 - The Wind That Shakes the Barley
2016 - I, Daniel Blake
Prêmio do Júri
1990 - Hidden Agenda
1993 - Raining Stones
2012 - The Angels' Share
Festival de Berlim
Urso de Ouro
2014 - Prêmio Honorário
Festival de Veneza
Leão de Ouro
1994 - Prêmio Honorário

Kenneth "Ken" Loach (Nuneaton, Warwickshire, 17 de junho de 1936) é um cineasta britânico.

Vida

Filho de de um engenheiro eletrotécnico, teve uma infância marcada por frequentes mudanças de cidades, com sua família, em virtude da guerra. Nuneaton, a pequena cidade onde nasceu, foi uma das mais arrasadas pela blitzkrieg de Hitler na Segunda Guerra Mundial. Na juventude, estudou direito no St Peter's College, da Universidade de Oxford. Lá entrou em contato com o grupo de teatro experimental da universidade, onde começou a atuar. Após a universidade, participou de espetáculos teatrais, como ator e diretor, sobretudo em Birmingham. Em 1961 passa a trabalhar como assistente de direção na ABC Television. Posteriormente, trabalha na BBC, iniciando uma colaboração com Tony Garnett, produtor com o qual tinha em comum a cultura política socialista. Boa parte de sua obra está centrada na descrição das condições de vida da classe operária.

Em estilo naturalista, Loach realiza uma abordagem sem concessões sobre a miséria na Grã-Bretanha, sobre as patologias sociais e familiares e a destruição das políticas públicas de bem-estar social (Riff-Raff, Raining Stones, Ladybird, Ladybird, Carla's Song, Sweet Sixteen). Ele também explora momentos sombrios da história do Reino Unido (Agenda Secreta, Land and Freedom, Ventos da Liberdade, Route Irish). Sua obra, bastante engajada, mostra seu alinhamento político à esquerda quando trata de conflitos sociais e da luta pelos direitos dos trabalhadores ou dos imigrantes clandestinos (The Flickering Flame, Bread and Roses, The Navigators, It's a Free World!). Embora trabalhasse com muito mais frequência na televisão - vinte curtas e longa-metragem - do que no cinema, nos anos 1980-1990, quando surge a onda de renovação do cinema britânico, com Mike Leigh, Stephen Frears, Larry Clarke, David Leland e outros, Loach parece ter pavimentado o caminho para esses cineastas, mantendo-se fiel a um posicionamento político marxista.

Em 2006, recebeu a Palme d'or do 59º Festival de Cannes por Ventos da Liberdade. Em 2016, recebeu sua segunda Palme d'or, por I, Daniel Blake.

Filmografia

Prémios e nomeações

Referências

  1. O Espírito de 1945 hoje. Por Léa Maria Aarão Reis. Carta Maior, 2 de outubro de 2013.
  2. Ken Loach. Encyclopædia Universalis.

Ligações externas