Neste artigo, exploraremos detalhadamente o tópico Língua ma'di e todas as suas implicações. Desde as suas origens até à sua relevância hoje, passando pelo seu impacto nas diferentes áreas da sociedade, iremos aprofundar-nos numa análise detalhada que procura lançar luz sobre este fascinante tema. Através de uma série de pesquisas, entrevistas e opiniões de especialistas, pretendemos oferecer uma visão completa e exaustiva que permita aos nossos leitores compreender plenamente a importância e a complexidade de Língua ma'di. Sem dúvida, este artigo se tornará uma referência indispensável para todos aqueles interessados em aprender mais sobre Língua ma'di.
Ma'di Ma'diti | ||
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Falado(a) em: | Uganda, Sudão | |
Total de falantes: | 250 mil | |
Família: | Nilo-sariana Sudanesa Central Oriental Moru–Madi Southern Ma'di | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | mhi
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A língua ma'di é uma língua falada em Uganda e no Sudão do Sul. O povo ma'di se refere à língua como ma'di ti, lit. "boca ma'di".[1]
O povo ma'di tanto no Sudão do Sul e em Uganda vive às margens do rio Nilo. A população é de cerca de 250 mil pessoas (50 mil delas no Sudão). A língua ma'di é mutuamente inteligível com a olu’bo, lugbara, moru, avoyaka e keliko, todas do grupo moru-madi.[1]
Ma'di é um língua tonal, na qual o significado das palavras depende da entonação. São três os tons (alto, médio, baixo).[2] Há diversas consoantes implosivas: /ɓ/ ('b), /ɗ/ ('d), /ʄ/ ('j), /ɠɓ/ ('gb). Há sons articulados de forma secundária (/kʷ/), sendo que estes não ocorrem antes de vogais traseiras, e dupla (/ɡb/, /kp/) e também primários (/f/, /v/). A língua tem possui a oclusiva glotal (/ʔ/) que aparecem no meio ou no fim das palavras.[3]
Ocorrem dez vogais: /a, e, i, o, u/ e /a, ɛ, ɪ, ɔ, ʊ/.[4]
. | Frontal | Central | Posterior |
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Fechada | ɪ | ʉ | ʊ |
Média | ə | ||
Aberta | ɐ |
. | Frontal | Central | Posterior |
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Fechada | i | u | |
Média | e | o | |
Aberta | a |
A maioria dos ma'dis são bilíngues e, no Sudão do Sul, os ma’dis que têm escolaridade falam inglês e/ou árabe, além de que muitos também falam uma versão árabe juba do Sudão do Sul bastante influenciada pela língua nubi falada em Uganda. Pode-se dizer, então, que as palavras emprestadas têm sua origem ou no inglês, no juba, ou mesmo no suaíli, pois a classe com escolaridade de Uganda conta com muitos falantes dessa língua. Muitos ma'dis de Uganda se deslocaram ao Sudão do Sul com a queda de Idi Amin, entretanto, poucos falam o árabe juba. Isso decorre do fato de que, pouco depois de terem se instalado no Sudão do Sul, muitos voltaram a Uganda por causa da onda de violência no Sudão em 1983.[5]
Existe uma interação linguística interessante entre o ma'di, o acholi: muitos ma'dis falam acholi, mas poucos acholis falam ma'di. Isso ocorre pois os ma'dis foram deslocados para Uganda durante a guerra civil sudanesa nos anos 60, fazendo com que muitos se reestabelecessem nas áreas habitadas pelos acholis. Com isso, ao voltarem à sua terra-natal, muitos falavam acholi.[5]
Ma'di na mídia | |
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O material impresso em Ma'di é escasso e difícil de encontrar. As únicas obras publicadas em geral em Ma'di são publicações missionárias, como a tradução do Novo Testamento, e orações e livretos de canções dos missionários católicos. A Associação Ma'di Étnica e Patrimonial na Grã-Bretanha publica um jornal trimestral bilíngüe (inglês e ma'di) chamado Ma'di Lelego.
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