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Mãe Bernadete | |
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Nascimento | Maria Bernadete Pacífico 1951 |
Morte | 17 de agosto de 2023 (71–72 anos) Quilombo Pitanga dos Palmares |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | ativista, ialorixá, coordenador |
Empregador(a) | Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos |
Maria Bernadete Pacífico, mais conhecida como Mãe Bernadete (1951 — Simões Filho, 17 de agosto de 2023) foi uma ialorixá, ativista e líder quilombola brasileira, assassinada.[1][2] Era coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos e líder do Quilombo Pitanga, em Simões Filho.[3] Também coordenava uma associação de cerca de 120 agricultores que produzem e vendem farinha para vatapá, além de frutas e verduras, como abacaxi, banana da terra, inhame e maracujá.[4]
O Quilombo Pitanga dos Palmares — certificado em 2004, mas que ainda aguarda a conclusão do processo de titulação — tem cerca de 854 hectares, onde vivem 290 famílias.[5]
Entre 2009 e 2016, foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em Simões Filho.[6] Seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, líder quilombola mais conhecido como Binho do Quilombo, foi assassinado a tiros dentro do carro, na comunidade remanescente de quilombo, em 2017.[7][8]
O jornal The Intercept revelou que Mãe Bernadete lutava junto ao falecido filho contra a instalação de um aterro da empresa Naturalle, de propriedade de Vitor Loureiro Souto, filho de Paulo Souto, ex-governador da Bahia. A empresa recebeu uma licença municipal para ocupar 163 hectares e construir o aterro nas proximidades do Quilombo Pitanga dos Palmares.[9]
Foi executada com 12 tiros,[10] em 17 de agosto de 2023, em casa, em Simões Filho, onde cuidava dos três netos.[11] Familiares divulgaram que Bernadete sofria ameaças há pelo menos dois meses antes do crime.[12] O assassinato foi alvo de repúdio da Organização das Nações Unidas (ONU).[13][14]
Em 19 de agosto, dois dias após o assassinato, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) enviou dois juízes à Bahia para acompanhar as investigações do crime.[15]
Devido ao assassinato, em 20 de agosto de 2023, o Governo da Bahia informou que revisaria todos os protocolos do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos mantido pelo Estado.[16]
Em meio à repercussão do caso, em 31 de agosto de 2023, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as investigações sobre a morte fosse acompanhadas pelo Observatório das Causas de Grande Repercussão, colegiado formado pelo CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).[15] No mesmo dia, a Secretaria de Segurança da Bahia divulgou que havia identificado suspeitos do crime.[12]
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou homenagem à líder quilombola na Assembleia Nacional de Angola, em Luanda, Angola, durante uma visita oficial ao país africano.[17]