Microfóssil

Microfóssil de sedimentos do projeto de perfuração profunda do marMicrofóssil de sedimentos do projeto de perfuração profunda do mar

Microfosseis são restos diminutos de esqueletos de organismos pertencentes a quaisquer grupos taxonómicos distintos que são estudados com auxílio de lentes de aumento, como microscópios.

Vale destacar que os microfósseis podem ser tanto um organismo inteiro ou ainda apenas uma parte do organismo que foi preservado ao longo do tempo. Alguns grupos naturais dos microfósseis são cianobactérias, sendo elas o registro mais antigo de vida celular. Também tem-se representantes do reino protista e dentro desse reino , os grupos que mais se destacam para a micropaleontologia dando importantes informações sobre o ambiente aquático são os dinoflagelados, os foraminíferos, os nanofósseis calcários, radiolários, diatomáceas e os ostracodes. Já os representantes de grupos terrestres são os grãos de pólen e esporos.

Por serem microrganismos bastante distribuídos, são ótimos sinalizadores da evolução já que estavam presentes em diversas fases geológicas podendo ser utilizados na datação de rochas sedimentares. Há também a indústria petrolífera que se utiliza dos estudos desses microrganismos para determinar locais que tenham uma maior probabilidade de encontrar petróleo, gás e suas prospecções.

Importância

Os microfósseis, sendo restos de organismos antigos, são diversos e encontrados em abundância por vários lugares, logo, são fundamentais no que diz respeito a compreensão da história evolutiva da terra, um bom exemplo disso, é a sua utilização pela indústria petrolífera que determina camadas de rochas a fim de encontrar locais ricos em petróleo e gás.

No Brasil, esse mecanismo é usado para descobertas importantes como o pré-sal, o que confere grande potencial no aumento de reservas petrolíferas, contribuindo diretamente para a economia do país

Desse modo, isso só é possível devido a variabilidade de ambientes , no qual, os microfósseis viveram na terra, e ao combinar esses estudos com métodos isotópicos, se obtém informações acerca do antigo clima, salinidade, profundidade, além de nutrientes e a diversidade de vida disponível no passado, ou seja, sua importância está atrelada diretamente ao entendimento de como o mundo funcionava nesses tempos remotos.

Assim, podemos listar áreas das quais esses organismos podem vir a calhar:

Tipos de Microfósseis

Estes microfósseis, quando são partes de carapaças, se diferem por sua composição química, dessa forma, podem ser carbonáticos, ou seja, a carapaça possui em sua composição carbono (C) e oxigênio(O) juntamente com o cálcio (Ca), principalmente; eles também podem ser siliciosos, tendo em sua constituição o silício (Si) e oxigênio (O). Seus tamanhos também variam de acordo com o grupo a ser estudado, podendo alternar entre alguns milésimos de milímetros a alguns centimetros. Os microfósseis podem ser classificados em categorias de duas formas distintas, sendo elas: naturais, quando associa-se com parentescos comuns entre eles ou artificial, quando não há associação de parentesco. Portanto podem ser organizados naturalmente em grupos de acordo com seus Reinos:

  1. LEGOINHA, Paulo. The importance of electron microscopy in Micropaleontology. 2014.
  2. a b c Caminha, Silane A. F. da Silva; Leite, Fátima Praxedes R. (dezembro de 2015). «Microfosseis: pequenos organismos que geram grandes informações sobre o passado». Ciência e Cultura (4): 24–27. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/2317-66602015000400010. Consultado em 23 de fevereiro de 2024 
  3. a b c d e DA LUZ, Cynthia Fernandes Pinto et al. Cenários do passado: reconstituição milenar da vegetação de Cerrado com base em grãos de pólen e outros microfósseis em turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional. Revista Espinhaço, 2023.
  4. a b c d e f Tipos de microfósseis - ZUCON, Maria Helena; VIEIRA, Fabiana Silva. Microfósseis. Introdução à Paleontologia Geral, p. 56-65. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2011.