Oriente

Piscina do Harém, pintura orientalista de Jean-Léon Gérôme, c. 1876

O Oriente (do latim oriens, de oriri «nascer, surgir» ) é um dos quatro pontos cardeais, sendo sinônimo de leste (ou este) e levante.

Por extensão, é usado tradicionalmente para fazer referência a zonas do planeta Terra situadas a leste do meridiano de Greenwich, especificamente ao Extremo Oriente e ao Oriente Médio (também conhecido como Oriente Próximo). Em alguns casos, mais raros, faz-se referência a todo mundo oriental.

Acepção político-cultural

Para além da acepção geográfica, a palavra oriente tem uma conotação política e cultural - os ocidentais, ou seja, europeus e americanos, consideram os asiáticos como orientais (embora não considerem assim os povos da Oceania). As Civilizações Orientais (sumérios, persas, chineses, árabes, indianos, malaios, japoneses etc.) se formaram durante milênios. A Antiguidade e a Idade Média correspondem a dois períodos áureos das civilizações do oriente. Já o século XXI é tido como o século do ressurgimento oriental.

A divisão do mundo em Ocidente e Oriente é conhecida na Europa desde 292 d.C., quando o imperador romano Diocleciano dividiu o Império Romano em duas partes, cada uma administrada por um Augusto e um César (a Tetrarquia), sendo que a parte oriental se transformou no Império Bizantino. Já Caio Plínio Segundo (também chamado de Plínio, o Velho) referiu-se às gentes do Oriente em sua Naturalis Historia como os Seres.

A concepção de orientalismo - a mistificação ou redução do oriente a termos de estereótipos - é criticada pelo livro Orientalismo, do historiador Edward Said. Said demonstra que o Oriente é uma construção teórica imaginada por autores ocidentais e reúne povos tão distintos que não faz sentido usar o Oriente como uma unidade de análise ou denominador comum.

Ver também

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 233.
  2. SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Ligações externas

Bibliografia

Referências