Programa Mineração e Desenvolvimento é um tópico que chamou a atenção de milhões de pessoas em todo o mundo. Com seu amplo alcance e impacto na sociedade, esse tema tem gerado intenso debate tanto na mídia quanto na esfera pública. Desde as suas origens até à sua influência atual, Programa Mineração e Desenvolvimento deixou uma marca indelével na história, afetando indivíduos e comunidades. Neste artigo, exploraremos detalhadamente as várias facetas de Programa Mineração e Desenvolvimento, analisando seu impacto, implicações e possíveis soluções.
O Programa Mineração e Desenvolvimento (PMD) é um conjunto de metas e objetivos do Governo Federal destinado a atrair novos investimentos e promover o crescimento e desenvolvimento sustentável da mineração no país. A iniciativa contempla mais de cem metas em dez áreas de concentração da mineração para o período de 2020 a 2023.[1] O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou da cerimônia de lançamento do programa, acompanhado do Presidente Jair Bolsonaro, em 28 de setembro de 2020.[2][3][4]
O Brasil possui uma grande variedade de recursos minerais, e a mineração tem grande participação na economia do País. A mineração é uma das grandes forças da economia brasileira, importante vetor do progresso e sinônimo do seu desenvolvimento para a promoção do bem-estar de todos, além disso, a utilização dos bens minerais é essencial para a manutenção do estilo de vida que a sociedade moderna adotou, com a infinidade de bens, produtos, equipamentos e recursos tecnológicos.[5][6]
Outros programas semelhantes foram implantados no Brasil, a exemplo do Projeto Grande Carajás e do Programa de Polos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia, sempre destacando o potencial econômico desses recursos naturais.[7]
O Programa Mineração e Desenvolvimento trata, por exemplo, de questões relacionadas à economia mineral; à sustentabilidade; ao aproveitamento mineral em novas áreas; e a novos investimentos, tecnologias e financiamentos para o setor. Também prioriza a governança, a gestão e a eficiência do setor; e propõe metas ao enfrentamento à prática da mineração ilícita.[8][9]
Dentre as metas previstas, estão:
Em julho de 2020, o Brasil extraiu 88 tipos de minérios do subsolo brasileiro, o que demonstra a riqueza mineral ampla e diversificada que o país possui. Os Minerais no Brasil contribuem com cerca de 2,5% do PIB, geram mais de R$ 50 bilhões em tributos e royalties ao ano, cerca de três milhões de empregos diretos e indiretos e têm importante peso na pauta de exportações, contribuindo de modo expressivo para o saldo positivo da balança comercial.[10][11]
Somente o minério de ferro, nos últimos oito meses, ocupou o segundo lugar no ranking das exportações totais do país, com US$ 14,2 bilhões. O Instituto Brasileiro de Mineração estima que os investimentos em novos projetos no setor atingirão US$ 37 bilhões até 2024, cerca de US$ 9 bilhões a US$ 10 bilhões por ano.[12][13]
Uma análise do Observatório da Mineração, com base em documentos oficiais obtidos através da Lei de Acesso à Informação, concluiu que o Programa foi essencialmente ditado pelo mercado, com um texto estabelecido após consultas a uma extensa série de empresas, associações empresariais e parlamentares ligados aos setor da mineração, mas sem nenhuma consulta pública à sociedade civil. Cerca de 60% das metas do Programa dizem respeito de alguma maneira ao carvão, que causa um grande impacto ambiental.[14]
Para a pesquisadora Camila Jakimiu, o Programa se apropria do discurso da sustentabilidade, coloca a ciência a serviço do capital, prejudica os povos indígenas e fragiliza a legislação ambiental, sendo uma via institucional concebida para consolidar uma prática mineradora que já revelou produzir extensos impactos ambientais e sociais no país.[15] Segundo análise do Movimento pela Soberania Popular na Mineração e do Movimento dos Atingidos por Barragens, o Programa dá mais espaço para o capital estrangeiro, flexibiliza leis ambientais, promove a destruição do meio ambiente e ataca direitos dos povos indígenas. Jarbas Vieira, coordenador do MAB, declarou ainda que "chega a ser ridículo um governo como esse colocar que ele terá responsabilidade com os impactos ambientais e sociais causados pela mineração. A prática do governo não é de preocupação com os povos ou com meio ambiente, vide o que acontece agora com as queimadas e o que o governo tem feito com os garimpos ilegais nas florestas nacionais. Praticamente o perdão do que eles têm feito".[16]