Religiosidade popular

Sociologicamente, a religiosidade popular é contrastada com a religião da elite. A religiosidade popular reúne crenças, práticas, rituais, narrativas, símbolos originários de outras fontes que não àquelas aceitas pelas lideranças religiosas, mas sendo por essas lideranças toleradas, embora tidas como errôneas. Já a religião da elite tende a adesão a aspectos formais, abstratos e cioso de ortodoxia.

Em comum, essa religiosidade popular são manifestações locais no seio das grandes religiões mundiais que incorporam elementos de sincretismo, mágica e matizes como a veneração de santos populares, a sacralidade de objetos, divinação, busca de soluções a males cotidianos, rituais de cura e exorcismo do mal. Para Brandão a religiosidade popular recria símbolos, rituais, práticas e crenças da religião erudita, mas com re-significações próprias.

Cristianismo popular

Cristianismo popular pode ser definido, entre outros termos, como "cristianismo praticado por povos conquistados", o cristianismo vivido pela maioria das pessoas que "surpassam as divisões entre ortodoxia e não-ortodoxia", Cristianismo impactados pelas superstições populares.

O Catolicismo no Brasil possui manifestações de piedade popular como catolicismo rústico desenvolvidas em comunidades rurais que vivem numa economia de subsistência e baseadas em festas coletivas, danças e rezas, sem a participação de representantes oficiais da Igreja e com forte apelo ao culto de santos e padroeiros.

Especialmente no sertão nordestino há confrarias de penitentes, algumas das quais praticam autoflagelação.

Referências

  1. Leibman, Charles. "The Religion of the American Jew". The Ambivalent American Jew. Jewish Publication Society. 1975.
  2. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Os deuses do povo: um estudo sobre a religião popular. Uberlândia: Edufu, 2007
  3. Brown, Peter Robert Lamont (2003). The rise of Western Christendom. Wiley-Blackwell, 2003. ISBN 0-631-22138-7, p. 341. Last accessed July 2009.
  4. Rock, Stella (2007). Popular religion in Russia. Routledge ISBN 0-415-31771-1, p. 11. Last accessed July 2009.
  5. Snape, Michael Francis (2003). The Church of England in industrialising society. Boydell Press, ISBN 1-84383-014-0, p. 45. Last accessed July 2009
  6. QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O campesinato brasileiro - ensaios sobre civilização e grupos rústicos no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1973.