Neste artigo, exploraremos o impacto de Rua General Glicério (Rio de Janeiro) em diferentes aspectos da sociedade atual. Rua General Glicério (Rio de Janeiro) tornou-se tema de interesse e debate nos últimos anos, gerando opiniões conflitantes e provocando diversas reações na opinião pública. Através de uma análise aprofundada, examinaremos como Rua General Glicério (Rio de Janeiro) influenciou a cultura, a economia, a política e outros campos relevantes. Além disso, discutiremos as implicações de Rua General Glicério (Rio de Janeiro) a curto e longo prazo, bem como possíveis perspectivas para o futuro. Este artigo tem como objetivo fornecer uma visão abrangente e detalhada sobre Rua General Glicério (Rio de Janeiro), destacando sua relevância na sociedade contemporânea.
Rua General Glicério | |
---|---|
Detalhe das tradicionais calçadas da Rua Gal Glicério | |
Extensão | Aprox. 550m |
Início | Rua das Laranjeiras |
Interseções | Rua General Cristóvão Barcelos Rua Professor Ortiz Monteiro Rua Belisário Távora Rua Professor Estelita Lins |
Estado | ![]() |
Cidade | Rio de Janeiro |
Bairro(s) | Laranjeiras (Zona Sul) |
Fim | Rua General Cristóvão Barcelos / Rua Professor Ortiz Monteiro |
|
A rua General Glicério é uma das mais tradicionais e pitorescas vias do bairro carioca das Laranjeiras. É conhecida pela beleza de sua arquitetura, pela importante feira que recebe aos Sábados e pelos blocos que por ela desfilam durante o Carnaval. Junto com suas transversais, compõe uma área habitualmente conhecida como General Glicério.
Por ter albergado em seus limites a Companhia de Fiações e Tecidos Aliança, maior fábrica de tecidos do Brasil no fim do séc. XIX, a General Glicério até poucas décadas atrás chamava-se Rua Aliança.
Com o fim da fábrica, em 1938, o terreno antes por ela ocupado passou a receber um conjunto de edifícios de apartamentos - denominado Cidade-Jardim Laranjeiras -,[1] erguido pelo seu último dono, o industrial Severino Pereira da Silva.[2][3] Orgulhoso pernambucano, Severino deu aos elegantes prédios que ergueu na via nomes evocando localidades de seu estado natal, como Pajeú, Triunfo, Garanhuns, Gravatá e Petrolina. Separados por belíssimos jardins da linda calçada trabalhada, esses prédios - verdadeiras joias tombadas da arquitetura dos anos 40/50 - formam um dos conjuntos de edifícios mais charmosos da cidade.
Em virtude da fábrica Aliança, a Gal. Glicério teve importância singular no desenvolvimento das Laranjeiras. Primeiro, com sua instalação, vilas operárias surgiram ao longo do bairro, e reflexos delas podem ser encontrados, sem esforço, até hoje em diversos pontos. Depois, o fechamento da Aliança levou a uma alteração no perfil da região, com a mudança dos operários, que buscaram empregos em outros bairros. Como anos antes fizera a fábrica no lugar da qual surgiram, os edifícios de Severino Pereira da Silva marcaram o princípio de novos tempos que chegavam às Laranjeiras.[4]
Sobre seu nome, o atual foi-lhe dado como homenagem a um dos principais líderes políticos da incipiente República brasileira, o senador e ministro Francisco Glicério,[2] que participou ativamente da Proclamação da República e recebeu o título honorário de general por sua contribuição na instauração do governo provisório[5].
A rua Belisário Távora, por sua íngreme geografia, foi partícipe de uma das principais tragédias da vizinha Gal. Glicério, que vitimou, entre muitas dezenas de pessoas, o jornalista e escritor Paulo Rodrigues, em 1967.[6][7] Paulo era irmão de Nelson Rodrigues e Mário Filho, e morreu em virtude do deslizamento de terra que tombou um palacete em final de construção sobre o prédio em que residia,[2] na Rua General Cristóvão Barcelos. Esta, como a Rua Professor Ortiz Monteiro, liga-se umbilicalmente à General Glicério. O relato do episódio encontra-se primorosamente descrito em uma das crônicas de Nelson, posteriormente reunida com outras no livro A Menina sem Estrela:
A extensão da tragédia, que ceifou a vida de mais de cem pessoas, pode ser sentida no seguinte relato do Prof. Milton de Mendonça Teixeira:
Até hoje, mais de quarenta anos depois, aqueles dias de temporal são lembrados com tristeza pelos moradores da General Glicério e por todos os cariocas que os testemunharam.[9]
Refletindo a conhecida alegria de seus moradores, a General Glicério é casa para alguns dos mais animados e tradicionais blocos carnavalescos do Rio de Janeiros, como o Gigantes da Lira, o GB Bloco, o De Palhaço e Louco Todo Mundo Tem um Pouco e o Laranjada Samba Clube, entre outros.[10]
Todo Sábado, a General Glicério recebe uma simpática feira, onde se destacam a barraca de pastel e caldo de cana, e a animada roda de choro que se apresenta religiosamente ali.[11][12][13] A música ficava a cargo do conjunto Choro na Feira, mas desde dezembro de 2010 é responsabilidade do grupo de choro e samba Pixin-Bodega, já fiel companheiro da rua, de seus moradores e visitantes. O grupo, formado por Almir Bacana (percussão), Lauro Mesquita (percussão), Luis Carlos (padeiro), Sergio Zoroastro (cavaquinho), Jorge Mendes (violão de 7 cordas), Pedro Silva (clarinete e sax) e Vinicius Santos (bandolim), visita a Praça Jardim Laranjeiras todos os sábados sem chuva, de 12:30 as 14:30.
A feira se espalha pelas ruas General Glicério e Professor Ortiz Monteiro
Apesar de eminentemente residencial, a General Glicério possui um comércio vibrante para atender seus residentes. Algumas boas opções são o simpático Maya Café,[14] um café / delicatessen, e o Serrado Vinhos & Bistrô,[15] uma loja de vinhos completa com restaurante integrado. Na rua encontra-se ainda padarias, farmácias, locadoras, pet-shop, veterinárias e pequenos mercados.
A área conta também com uma série de academias, como a LOB Academia de Tênis, que fica próxima à General Glicério, na Rua Stefan Zweig, uma afluente da Belisário Távora.[16]
Na esquina da General Glicério com a Belisário Távora, encontra-se a Escola Municipal Albert Schweitzer. Perto, na Rua Professor Estelita Lins, há a Creche Curiosa Idade, que adotou as árvores da praça da Rua General Glicério como parte do Programa de Adoção de Áreas Verdes, da Fundação Parques e Jardins da prefeitura do Rio de Janeiro.[17]