Sérgio Frusoni | |
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Nascimento | 10 de agosto de 1901 Mindelo |
Morte | 29 de maio de 1975 Lisboa |
Cidadania | Província Ultramarina de Cabo Verde |
Ocupação | escritor, poeta |
Sérgio Frusoni (Mindelo, 10 de agosto de 1901 — Lisboa, 29 de maio de 1975) foi um poeta italo-cabo-verdiano, filho de pais italianos.
Filho de Giuseppe Frusoni, um comerciante de corais de Livorno, e de Ermínia Bonucci, irmã de Pedro Bonucci, o qual foi um ilustre cidadão da ilha. Sérgio nasce desse casamento em 1901. Faz a 4ª classe em Cabo Verde e, atingida a idade do serviço militar, é enviado à Itália. Na terra de seus pais, igualmente, pouco estuda, podendo dizer-se que atinge simplesmente o nível do 2º grau de instrução primária. Ainda na Itália, casa-se com Mary Carlini (posteriormente Maria Frusoni), em 26 de Junho de 1924.
Em 1925, aos 24 anos de idade, regressa a São Vicente, passando a trabalhar na Western Telegraph Company, tendo mais tarde mudado para a Italcable, concorrente da referida companhia inglesa, que, entretanto, havia se instalado na ilha. Em 1931, como empregado da Italcable, consegue a transferência para a cidade italiana de Anzio, onde se manteve durante um ano, até ser transferido, novamente, para a sede em Roma, onde lá estabelece residência entre 1933 e 1943. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, alista-se no exército italiano, exercendo o serviço na função de amanuense. Vencida a Itália, na primavera de 1945, é preso e internado pelos americanos no Campo de Concentração de Coltano. Com os quatro filhos, incluindo o mais velho, Franco, que igualmente se encontrava no mesmo campo de concentração, é libertado e, em 1947, regressa com toda a família a S.Vicente. Sem qualquer espécie de salário, trabalha para seu tio, Pedro Bonucci, que somente o alojava e o sustentava com sua família.
Também em 1947, passa a gerir o "Café Sport" no Mindelo, onde apresentava poemas e pequenos contos em crioulo. Lá trabalha até que a Italcable, recomposta da II Grande Guerra, reabre suas atividades em S.Vicente, readmitindo-o. Neste posto de trabalho mantém-se até 1964, ano em que se reforma e parte, de novo, para a Itália, onde permanece até 1970. Neste ano regressa novamente à sua terra natal, S.Vicente, e, em 1974, muda-se para Lisboa onde vem a falecer em 29 de Maio de 1975, em casa de seu filho primogénito Franco.
Na década de 1960 liderou o grupo de teatro "Teatro do Castilho" no Mindelo. Durante anos, foi locutor na Rádio Barlavento, onde dirigia e apresentava o programa "Mosaico Mindelense", em crioulo.
Frusoni escreveu muitos contos e poemas em crioulo de São Vicente (Criol d' Soncente). É muito conhecido no arquipélago de Cabo Verde, mas é praticamente desconhecido no estrangeiro. No final da sua vida, Sérgio Frusoni foi também pintor.
Para Corsino Fortes (Paralelo14: quinta-feira, 07 julho 2005), Sergio Frusoni "colocou a mulher no centro da sua poesia, apresentando-a como a fiel depositária da perpetuação da espécie e dona do condão de resolver todos os problemas, mas sempre com dignidade".
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