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Setaria italica | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Setaria italica (L.) P.Beauv. |
A Setaria italica[1], comummente conhecida como painço[2] ou milho-painço[3], é uma espécie de planta com flor pertencente à família das Poáceas.
É uma gramínea tipicamente europeia, embora também seja cultivada em muitas outras regiões, como uma fonte alimentar.[4]
O painço tem talos delgados, verticais e folhados, chegando quase até aos 20 centímetros.[5] As maçarocas são densas e pilosas, com fartas barbas, medindo entre 5 a 30 centímetros, ostentando uma coloração que alterna entre o amarelo e o roixo.[4] Os grãos têm um diâmetro de 2 milímetros e uma gluma fina, papilosa e facilmente retirável.[6] Tem colmos cujas dimensões variam entre noventa e 150 centímetros de comprimento.[6]
Quanto à sua tipologia fisionómica, trata-se de uma planta terófita, que floresce de Junho a Setembro.[3][1]
A sua antecessora terá sido a Setaria viridis, que é interfértil com o painço.[6] As variantes bravias e invasoras do painço ainda existem.[6] Zohary e Hopf notam que a diferença primacial entre as variantes bravias e as cultivadas é a "(...) a sua biologia de dispersão de grãos. As variantes bravias e invasoras fazem-no por deiscência, ao passo que as cultivadas retêm os grãos."[7] As evidências mais recuadas no tempo do cultivo do painço remontam à cultura Peiligangue da China, que também cultivava o Panicum miliaceum, embora esta variedade de painço fosse a mais predominante.[8]
O painço chega à Europa posteriormente. Foram encontrados grãos carbonizados, datados do segundo milénio a.C. na Europa Central. Na Idade do Ferro, o painço era a variedade mais importante de milho cultivada nos territórios que se viriam a transformar em Portugal, Espanha e Itália.[9]
As principais áreas de cultivo situam-se no Norte da China, na Ásia Central, no Afeganistão e na Índia.[1] É amplamente cultivado no Sudeste Asiático, no Sudeste Europeu, na África austral e na Austrália. Na Europa e no continente americano a planta assume particular importância enquanto pascigo de gado.[5]
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental, sendo certo que não é uma espécie autóctone.
Em termos de naturalidade é introduzida na região atrás indicada. É cultivada mormente como fonte de alimentação para a indústria dos aviários.[10]
Medra em courelas e terrenos agricultados.[10] Trata-se duma espécie amplamente cultivada, que pode ocasionalmente crescer braviamente em terrenos sáfaros e na orla de caminhos rurais.[3]
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.
Setaria italica foi descrita por Carlos Lineu e publicado na obra Essai d'une Nouvelle Agrostographie 51, 170, 178. 1812.[11][12]
Do que respeita ao nome científico:
Quanto ao nomes comum, «painço», este vem do latim paniciu[4], que por seu turno provém do étimo latino pānĭcium, «pão».[15]