No mundo de hoje, V2G tem sido objeto de crescente interesse e debate em diversas áreas. Desde a sua criação, V2G tem captado a atenção de especialistas, académicos, investigadores e do público em geral, gerando uma série de discussões e reflexões sobre o seu impacto, relevância e possíveis implicações. As diferentes abordagens e perspectivas sobre V2G deram origem a um extenso corpo de conhecimento e informação que vai desde aspectos históricos e culturais até questões científicas e tecnológicas. Neste sentido, este artigo procura oferecer uma visão abrangente e multidisciplinar de V2G, abordando vários aspectos e abordagens que nos permitem aprofundar a sua compreensão e significado hoje.
Vehicle-to-grid (V2G) é o conceito de uso bidirecional de energia, envolve levar energia não utilizada do carro para a rede inteligente. Os benefícios incluem facilitar serviços auxiliares, reduzir custos e preocupações ambientais. O aumento da penetração dos Veículos Elétricos (VEs) como alternativa aos sistemas estacionários de armazenamento de energia tem atraído muita atenção tanto da academia quanto da indústria devido à estabilização da rede elétrica e descarbonização das áreas urbanas.[1]
Os veículos elétricos plug-in incluem veículos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e veículos a hidrogênio. Eles compartilham a capacidade de gerar eletricidade. Essa eletricidade é normalmente usada para alimentar o veículo. No entanto, a qualquer momento, 95% dos carros estão estacionados, enquanto a sua energia permanece sem utilização. A V2G prevê enviar parte da energia armazenada para a rede (ou reduzir as taxas de cobrança para extrair menos energia da rede). Um relatório de 2015 concluiu que os proprietários de veículos poderiam receber pagamentos significativos.[2]
As baterias têm um número finito de ciclos de carregamento, bem como uma vida útil, portanto o V2G pode afetar a longevidade da bateria. A capacidade da bateria é uma função complexa da química da bateria, taxas de carga/descarga, temperatura, estado de carga e idade, e evolui com o aprimoramento da tecnologia. A maioria dos estudos que utilizam taxas de descarga lentas mostram apenas uma pequena percentagem de degradação adicional, enquanto um estudo sugeriu que a utilização de veículos para armazenamento na rede poderia melhorar a longevidade.[3]
Os veículos com células de combustível de hidrogénio (FCV) com tanques contendo 5,6 kg de hidrogénio podem fornecer mais de 90 kWh de eletricidade. [4] As baterias dos veículos podem conter 100 kWh ou mais.
A redução das taxas de cobrança, denominada V2G unidirecional (UV2G), é tecnicamente mais simples do que fornecer energia para a qual muitos PEVs não estão equipados. O UV2G pode ser estendido limitando outras atividades, como aquecimento/resfriamento de ar.[5][6]