Volscos

O tema Volscos tem sido objeto de interesse e debate há muito tempo. Ao longo dos anos, tem adquirido importância crescente em diferentes áreas, da política à ciência, passando pela cultura e pela sociedade em geral. Neste artigo, pretendemos explorar as várias facetas de Volscos e seu impacto na vida cotidiana. Desde as suas origens até às suas implicações atuais, analisaremos detalhadamente como Volscos moldou o nosso mundo e continua a ser objeto de estudo e interesse. Esta análise abrangente nos permitirá compreender melhor a importância de Volscos e sua relevância no mundo contemporâneo.

Assentamentos volscos

Os volscos (em latim: volsci) foram um antigo povo itálico, de origens indo-europeias, ligado aos povos osco-úmbrios. Habitavam a região central da península Itálica (Lácio meridional.[1]) Supõe-se que os volscos fizessem parte do grupo étnico osco-umbro, assim como os oscos, umbros, samnitas, sabinos e équos, acreditando-se que, inicialmente, estivessem separados do grupo dos umbros.

A sua língua era da família itálica, uma língua indo-europeia relacionada às línguas osco-umbras, aparentada com o osco e o umbro, e de mais afastadamente com o latim. Conserva-se uma inscrição em alfabeto latino na chamada Tabula Veliterna, uma tábua de bronze do século III a.C., encontrada em Velitras e conservada no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, [2]na qual, em quatro linhas, a assembleia da comunidade indica o sacrifício expiatório (um boi e um asse para o vinho e outro para os copos) para quem tomara ramos ou folhagem da floresta sagrada da deusa Decluna (provavelmente equivalente a Diana).

Sua existência é conhecida através de relatos da República Romana editados no século I a.C.. Habitavam uma zona de colinas e de pântanos, no sul do Lácio, e eram vizinhos dos auruncos e samnitas ao sul; dos hérnicos a leste, e cujo território era delimitado por uma linha que partia de Norba e Cora, ao norte, indo até Âncio, ao sul. No século V a.C. controlaram o Agro Pontino (no sudoeste do Lácio, entre os colinas Albanas e o mar), antes controlado pelos latinos. A zona era rica pela sua agricultura (cereais e vides, também pesca) e controlava o caminho a sul para a Campânia (onde se construiria a Via Ápia).

O seu território, à época romana, ficou incluído no Lácio, embora os volscos fossem um povo diferente dos latinos - com os quais, além disso, frequentemente se confrontavam. Os volscos foram frequentemente aliados dos équos contra Roma, enquanto os hérnicos, a partir de 486 a.C. se aliaram a Roma. Combateram a República Romana, tendo sido dominados a partir do século IV a.C.[3] ou, mais precisamente, em 338 a.C.[1]. Tito Lívio descreve-os como do "mais ardentes na revolta que hábeis na guerra"[4] Na Eneida de Virgílio figura Camila, uma virgem guerreira volsca.

No século V a.C., a capital do território volsco era Âncio, que, na origem, fora um ópido latino. Além de Âncio, no território volsco se encontrava a cidade de Velitras (local de origem da família de Otaviano Augusto), Atina, Frosinone, Suessa Pometia[5] (Estrabão conta que a planície pomentina fora anteriormente ocupado pelos ausônios; em seguida, pelos osco-volscos[6]), Sátrico, Arpino (a cidade de Caio Mário e de Cícero), Frégelas, Sora (a cidade de Marco Atílio Régulo), Terracina, Sezze, Priverno, Ceccano e Cassino - esta última surgida posteriormente e situada nos limites entre os territórios volsco e aurunco.

Referências

  1. a b Nova Enciclopédia Portuguesa - Vol.26, pág.2464 (Ediclube, 1992).
  2. Tabula Veliterna. Museo Archeologico Nazionale di Napoli.
  3. VV.AA. Diciopedia do século 21. ISBN 978-84-8289-357-0
  4. Citação: ferocior ad rebellandum quam bellandum gens escreveu: «Tito Lívio, Ab Urbe condita libri, VII, 27.7.» Tito Lívio, Ab Urbe condita libri vii.27.
  5. Estrabão, Geografia, V, 3,4.
  6. Estrabão, Geografia, V, 3,6.