Windsurf

No artigo de hoje vamos nos aprofundar no fascinante mundo de Windsurf. Seja Windsurf uma pessoa conhecida, um tema atual, uma data importante na história ou qualquer outra coisa, sempre despertou curiosidade e gerou debate. Nesta ocasião, mergulharemos na sua vida, no seu impacto na sociedade, na sua relevância no contexto atual e em tudo o que rodeia Windsurf. Prepare-se para descobrir aspectos surpreendentes, fatos interessantes e opiniões diversas sobre Windsurf. Sem dúvida, este artigo lhe dará uma perspectiva completa e enriquecedora sobre este tema emocionante.

Prancha à vela
Windsurf
Windsurf em Cabo de Gata, em Chipre
Olímpico desde 1984 H / 1992 S
Desporto Vela
Praticado por Ambos os sexos
Masculino Tom Ashley
 Nova Zelândia
Feminino Yin Jian
 China
Campeões Mundiais
Cascais, 2007
Masculino R. Santos
 Brasil[1]
Feminino Z. Klepacka
 Polónia[2]

O windsurf[3][4] ou prancha à vela[5] é uma modalidade olímpica de vela. No mundo, o Havaí, Ilhas Canárias e as praias do Caribe são considerados ótimos lugares para a prática do windsurf. É praticado com uma prancha semelhante à prancha de surfe e com uma vela entre 2 e 5 metros de altura. Este esporte consiste em planar sobre a água utilizando a força do vento.

Velejadores em Punta Paloma, em Tarifa, na Espanha

Criado, na década de 1960, pelo casal Newman e Naomi Darby,em portugal. Surgiu o protótipo do windsurf. No entanto, a criativa ideia não foi bem recepcionada e o casal desistiu da invenção, antes de patenteá-la. Alguns anos mais tarde, em 1965, Hoyle Schweitzer (empresário e surfista) e Jim Drake (engenheiro aerospacial e velejador), dois amigos que procuravam unir características do surfe com o velejo, patentearam o equipamento em 1968 e o batizaram de windsurf. Actualmente, existem muitos websites e blogues que divulgam a modalidade.[6]

Equipamento

Praticante em Podersdorf am See, na Áustria


O equipamento de windsurf é formado por vários itens:

  • Mastro: monta e dá forma à vela;
  • Retranca: é o interface entre a vela e o praticante, permite que este direcione e segure a vela;
  • Vela: permite capturar a força do vento e fazer com que a prancha se desloque;

A vela pode ter vários tamanhos, desde medidas pequenas, como, por exemplo, (3,0m²), médias (7,0m²) e grandes (12,5m²), bem como formatos de acordo com a modalidade (ondas, regatas, etc.);

  • Pé de mastro: peça móvel que liga o mastro à prancha e permite que este se mova em todas as direcções;
  • Quilha ou Fin: encontra-se fixo na parte inferior da popa da prancha e permite que a prancha se desloque na direcção que queremos, sem a quilha a prancha fica sem controle e não é possível deslocar-se de forma perpendicular ao vento;
  • Patilhão: nas pranchas de aprendizagem é comum existir um patilhão a meio da prancha à semelhança dos barcos de vela, que aumenta a estabilidade e facilita a aprendizagem, nomeadamente do velejo em bolina (contra o vento).

Prancha: é ela que faz o interface entre o praticante de Windsurf e a água, existem diferentes tamanhos e tipos de pranchas, sendo classificadas de acordo com o seu volume (em litros), largura e tipo de modalidade (ex:ondas, regatas etc.);

  • Alça ou Footstrep: encontram-se fixos à popa da prancha, para o praticante colocar os seus pés quando a prancha está a planar (velejando em alta velocidade);
  • Trapézios ou cabos de arnês: encontram-se fixos à retranca por forma a permitir a utilização do arnês;
  • Arnês: equipamento vestido pelo praticante que permite utilizar o peso corporal do mesmo, transmitindo-o à retranca através do trapézio. Desta forma, não é necessário fazer tanta força com os braços;
  • Extensor: Utilizado para deixar a vela esticada quando o mastro não tem o comprimento necessário para a vela;
  • Foil: Uma espécie de quilha com asa que faz o equipamento do windsurfista flutuar sobre a água com mínimo arrasto e máxima velocidade.
Praticante em Boiro, na Galiza, na Espanha

Manobras

  • Batida: ser jogado de volta a base da onda por sua crista, favorecendo a execução de novas manobras.
  • Batida 360: o velejador faz a prancha se desgarrar da onda, girar 360º no ar e voltar no mesmo sentido em que seguia.
  • Front Looping ou Back Looping: ir de encontro a parede da onda com velocidade, projetar no ar a prancha para dar um giro de 360º para frente ou para trás, respectivamente.
  • Aero jibe: projetar a prancha para cima e, aproveitando a força do vento, virá-la para o lado oposto.
  • Laydown jibe: completar uma curva de 180 graus com a vela paralela a água para neutralizar a força do vento.
  • Jump jibe: ir quase perpendicular ao vento, dar um pequeno salto (usando uma onda ou marola), girando a prancha aproximadamente 180º e jogando a popa a favor do vento, voltando praticamente no sentido oposto do inicial.
  • Jibe: curva a favor do vento.
  • Cambada: curva contra o vento.
  • Body Drag: Tirar o pé da prancha e deslizar o corpo sobre a água segurando somente na retranca.

Categorias

Freestyle

É a categoria mais agitada do windsurf. A maior atração é o looping, o movimento mais arriscado, que consiste em usar as ondas como trampolim para se lançar, junto com a vela e a prancha, em seguida dar uma cambalhota de 360 graus sobre si mesmo e voltar a água na mesma posição de antes. Alguns atletas conseguem fazer o double-loop: duas voltas no ar antes de voltar à água. Algumas competições desta categoria são indoor. O windsurf indoor é realizado em tanques rodeados por potentes ventiladores em ginásios de grande porte. O velejador Kauli Seadi, Ricardo Campello e Browzinho já foram campeões na categoria jump, onde o velejador salta uma rampa com um buraco dentro para quilha passar.

Crianças

Além das pranchas de adultos, já estão sendo produzidas pranchas para crianças. Por exemplo, a prancha fórmula é muito volumosa, mas, na forma, kids ela é ideal para as crianças.

Onda

A categoria wave é disputada nas ondas, similarmente a um campeonato de surfe. Os velejadores fazem manobras nas ondas e saltos indo contra as ondas. Juízes decidem a pontuação e a colocação dos atletas na competição. O brasileiro Kauli Seadi sagrou-se campeão mundial nesta categoria em 2005, 2007 e 2008.

Super X

O super X foi criado para criar um espetáculo e chamar a atenção do público para as competições. É uma regata com boias que os velejadores tem que saltar por cima. Quem cruza a linha final primeiro é o vencedor.

Fórmula

A mais técnica de todas as categorias. A prática desta se dá em pranchas mais volumosas e com velas maiores. As competições são similares as regatas de grande porte com boias a barlavento e sotavento. É a categoria dentro do windsurfe como a fórmula um no automobilismo. É aquela com o equipamento mais desenvolvido e os materiais mais tecnológicos.

No Brasil, são competidores, na fórmula, atletas como Mathias Pinheiro, Paulo Dos Reis, Wilhelm Shurmann, Gabriel Browne. Que representam o país em inúmeras competições internacionais, liderando o ranking mundial ano após ano.

Fórmula Experience

A Fórmula Experience é uma classe filiada na International Sailing Federation. É uma classe para velejadores que se desejam iniciar na Formula Windsurfing - o patamar mais alto da competição race.

O equipamento desta fórmula é constituído por uma prancha fabricada com materiais menos nobres para que o preço se torne mais atractivo para o praticante. No entanto, a Fórmula Experience não se resume a uma prancha económica. É efectivamente uma prancha performante, muito próxima da prancha de alta competição.

Enquanto isso, a Classe impõe um conjunto de restrições em termos de vela, mastro e retranca tornando esta Fórmula muito popular, capaz de trazer muitos praticantes ao desporto, situação que de outra forma seria difícil para os interessados.

A Formula Windsurfing é uma Classe destinada aos jovens, mas também para todos aqueles que apesar da idade desejam praticar este desporto de forma descontraída.

O primeiro campeonato oficial desta fórmula foi realizado em Costa de Caparica, em Portugal, em 2003 e juntou velejadores dos cinco continentes, tendo sido organizado pelo Overpower Club.

IQ Foil

O IQ Foil é a nova categoria olímpica do Windsurf que será utilizado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.[7] O equipamento utiliza uma quilha Foil que faz o equipamento flutuar sobre as águas com o mínimo de arrasto.

Cuidados

Procure sempre um instrutor ou escola especializada para começar o desporto. Nunca subestime os ventos nem o mar: quando não tiver segurança para praticar o desporto, não arrisque. O instrutor de windsurfe Pedro Rodrigues recomenda ainda que o praticante não se afaste muito da costa e, sempre que possível, leve um celular para emergência. "Nunca saia sozinho sem avisar alguém em terra", completa o mesmo. Nunca navegue com ventos de off-shore, ou seja, com ventos na direcção do mar. Torna-se muito perigoso porque o praticante dificilmente conseguirá chegar à terra.

Benefícios para o corpo

O windsurf é uma atividade física que desenvolve a resistência muscular. São trabalhados os músculos das pernas, braços e costas. A prática inadequada pode causar dores na região lombar, por isso é importante orientação para os iniciantes.

O Windsurf no Brasil

O esporte é organizado pela Confederação Brasileira de Vela e Motor, mas existem também a Associação Brasileira de Windsurf, que atua de forma mais específica na regulação e promoção do windsurf no Brasil.

No Brasil, destacam-se algumas localidades para a prática do windsurf, tais como: Vitória e Guarapari, no Espírito Santo, Búzios e Araruama, no Rio de Janeiro, Praia de Búzios e São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, Rio Grande, Tapes e Osório, no Rio Grande do Sul, Ilhabela, em São Paulo, Ibiraquera, Balneário Camboriú e Florianópolis, em Santa Catarina, e Fortaleza, Jericoacoara, no Ceará, Três Marias, em Minas Gerais e a Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima.


Referências

  1. «Resultados RS:X homens». Consultado em 18 de setembro de 2007. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  2. «Resultados RS:X senhoras». Consultado em 18 de setembro de 2007. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  3. Dicionário escolar da língua portuguesa: Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 1 304.
  4. «Base I - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa». umportugues.com. Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  5. S.A, Priberam Informática. «prancha à vela». Dicionário Priberam. Consultado em 9 de abril de 2023 
  6. «Wind Addicts» (em indonésio). Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  7. «IQ Foil nova classe de vela explicada» 

Ligações externas

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