A arqueologia subaquática é uma vertente da arqueologia que tem ganhado destaque nos últimos anos por conta de suas descobertas surpreendentes em naufrágios. O estudo de objetos submersos nos permite entender melhor a história da humanidade e como ela se desenvolveu ao longo do tempo.
Os naufrágios que ocorreram ao longo da história têm sido uma fonte inestimável de informação para os arqueólogos subaquáticos, que conseguem recuperar os objetos submersos e analisá-los em laboratório. O estudo desses objetos pode nos dizer muito sobre as pessoas que viajavam nos navios, bem como as tecnologias utilizadas na época.
O Brasil, por exemplo, possui uma grande quantidade de naufrágios devido às rotas comerciais que atravessam suas águas. A descoberta de um navio do século XVIII em Paraty, Rio de Janeiro, em 2015, foi uma das mais importantes já feitas na arqueologia subaquática brasileira. O navio carregava uma carga valiosa de ouro e prata, que os pesquisadores estimam valer cerca de R$ 1 bilhão.
Em Portugal, um país com uma longa tradição marítima, a arqueologia subaquática também tem sido bastante explorada nas últimas décadas. O naufrágio do navio Esmeralda, que fazia parte da frota de Vasco da Gama, em 1503, foi descoberto em 1998 e permitiu aos arqueólogos subaquáticos estudar a tecnologia de construção naval da época.
Ainda em Portugal, o naufrágio do navio Santo António de Tana, que data do século XVII, também foi descoberto recentemente. Os pesquisadores encontraram a bordo do navio uma grande quantidade de porcelana chinesa, o que indica que a rota comercial entre a China e Portugal já existia nessa época.
Além dos naufrágios, a arqueologia subaquática também tem sido aplicada em outros campos, como a pesquisa de sítios pré-históricos submersos. Um exemplo é o estudo de um sítio pré-histórico no Golfo de Varadero, em Cuba. Pesquisadores descobriram ali artefatos e ossos humanos que datam de 4000 a.C.
A arqueologia subaquática tem os seus desafios, além dos técnicos, como a própria preservação dos objetos resgatados. Muitos objetos recuperados do fundo do mar apresentam sinais de corrosão e deterioração, o que torna o trabalho dos pesquisadores ainda mais delicado e complexo.
A descoberta de naufrágios e sítios pré-históricos submersos tem permitido uma melhor compreensão da história da humanidade e suas tecnologias ao longo do tempo. O trabalho dos arqueólogos subaquáticos é fundamental para recuperar esses objetos e analisá-los em laboratório, contribuindo para uma melhor compreensão da história.