Descobertas levantam teorias sobre vida em civilização pré-histórica

O estudo da pré-história tem sido uma constante busca para entender nossas raízes como seres humanos. Através da análise de artefatos e locais arqueológicos, somos capazes de traçar um quadro mais completo de como as sociedades passadas viviam e sobreviviam. Recentemente, algumas descobertas bem interessantes surgiram, permitindo que os arqueólogos teorizem sobre a existência de sociedades complexas pré-históricas.

Talvez a descoberta mais emocionante seja a de Göbekli Tepe, na Turquia. Este sítio arqueológico foi construído cerca de 11.000 anos atrás, o que o torna cerca de 6.500 anos mais antigo que o Stonehenge. O mais interessante é que Göbekli Tepe não é apenas uma coleção de habitações primitivas, mas um centro cerimonial monumental. As pedras em Göbekli Tepe são esculpidas com imagens, animais e padrões geométricos complexos, evidenciando uma habilidade especializada em trabalho de pedra que era previamente desconhecido em sociedades que teriam habitado a região nesse período.

Os pesquisadores também encontraram muitos esqueletos na região, incluindo filas inteiras de crânios de lobos, a disposição sugere uma prática ritualística de algum tipo. Enquanto anteriormente se pensava que as sociedades desta época fossem apenas povoações dispersas de caçadores-coletores, Göbekli Tepe sugere a presença de uma grande e organizada comunidade.

Outra descoberta emocionante é a das colônias de basaltos em Algéria. Apenas alguns anos atrás, arqueólogos descobriram um complexo de cerca de 400 estruturas de pedras construídas em um planalto remoto na Argélia. Estas estruturas, conhecidas como colônias de basalte, são únicas em sua forma e tamanho, e provavelmente foram construídas em um período que volta ao menos cerca de 3.000 anos.

As colônias de basalte foram construídas por uma sociedade pré-histórica que viveu em uma região remota e árida, longe das principais rotas comerciais. No entanto, as colônias são notáveis por seu tamanho e organização: algumas têm até 20 metros de comprimento e 5 metros de altura.

Essas descobertas surpreendentes mudam nossa compreensão das sociedades pré-históricas e sugerem que essas sociedades eram muito mais complexas do que previamente pensávamos. O que é ainda mais intrigante é o que essas sociedades seriam capazes de, caso tivessem acesso a ferramentas mais avançadas e fontes de energia.

A energia é um componente necessário para a civilização humana, e descobertas recentes lamentam o pouco que sabemos sobre a pré-história em relação às fontes de energia utilizadas. Ainda, os arqueólogos agora creem ser possível que algumas sociedades da pré-história tivessem novamente ocorrido um processo de desenvolvimento em relação à fonte de energia.

As moradias dos nativos das primeiras Américas, por exemplo, parecem apontar para uma maior eficiência térmica e utilizam luz solar para aquecerem suas casas. Locais como o a conhecida Moradia do Pueblo Bonito, no Parque Nacional dos Canyons Chaco, do Novo México, demonstram uma habilidade em diminuição de corrente de ar de circulação constante em suas construções, tuas técnicas levantam a hipótese de que as sociedades pré-históricas talvez tinham mais conhecimentos sobre infraestrutura do que se pensava anteriormente.

Outro exemplo vem de Marrocos, que legou um sítio arqueológico na costa atlântica próxima ao oásis de Guelmim. Os restos escavados sugerem que a localidade era utilizada como um centro de produção de sal. As evidências incluem uma grande quantidade de sal nas escavações e partes de equipamento de produção que poderiam ter sido utilizados na extração de sal marinho a partir das áreas adjacentes. Quando os arqueólogos examinaram os achados mais de perto, eles descobriram ferramentas muito bem elaboradas, sugerindo um nível de habilidade especializada que é surpreendente dada a idade da localidade. Isso sugere que essas sociedades teriam encontrado maneiras de explorar fontes de energia mesmo em áreas áridas.

À medida que novas descobertas vão surgindo, nossa compreensão de nossas raízes pré-históricas continua a evoluir. Descobertas recentes como Göbekli Tepe e as colônias de basalte em Argélia especialmente, sugerem que sociedades complexas podem ter existido muito antes do que se pensava anteriormente. Esses desenvolvimentos mudam fundamentalmente nossa compreensão sobre o que é possível em termos de sociedade humana e nos lembram que há muito mais para descobrir sobre nossas origens enquanto espécie.