António Sousa Lara

António de Sousa Lara
António Sousa LaraSousa Lara em 2020
Subsecretário de Estado da Cultura
Período XII Governo Constitucional
Dados pessoais
Nome completo António da Costa de Albuquerque de Sousa Lara
Nascimento 13 de abril de 1952 (72 anos)
Lisboa, São Sebastião da Pedreira
Nacionalidade português
Partido CEM (1969)
PPM (1974-1987)
PSD (1987-2019)
CHEGA (2019-2020)
Religião Catolicismo
Profissão Professor Catedrático de Ciência Política e Relações Internacionais

António da Costa de Albuquerque de Sousa Lara CvGDMCvHDMGOIHComNSC (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 13 de abril de 1952) é um professor universitário e político português. Reivindica e faz uso dos títulos de 4.º Marquês de Lara e 2.º Conde de Guedes.

Biografia

Fez o Ensino Primário em Português e Alemão na Escola Alemã do Estoril e o 1.º, 2.º e 3.º (Alínea G) Ciclos Liceais no Colégio de São João de Deus no Monte Estoril.

Graus académicos Carreira docente

Licenciado em Ciências Sociais e Políticas Ultramarinas pelo ISCSP-ULisboa, onde ingressou como aluno em 1969. Docente no Instituto desde 1973, cessando funções em 2022.

Foi Professor Assistente de Ciência Política na Universidade Católica de Lisboa (1980/1981).

Exerceu as funções de Professor Catedrático na Universidade Lusíada, no Curso de Relações Internacionais, disciplina de História das Ideias Políticas, Presidente da Direcção do Instituto de Estudos Políticos, Professor Convidado na Universidade dos Estudos de Pisa (Università degli Studi di Pisa), Professor Catedrático da Universidade Internacional titular da disciplina de Ciência Política, Professor no Instituto de Novas Profissões, Vogal da Comissão de Apoio e Sócio Cooperador da Universidade Livre de Lisboa, Administrador e Presidente da Assembleia Geral do Instituto de Estudos Políticos e Co-Redactor da "Revista de Ciência Política", órgão do mesmo, e Patrono do "Patronato de Publicaciones Don Miguel de Aranegui" de Madrid.

Foi Presidente Executivo do Instituto Histórico Naval Dom Luís I, Presidente da Delegação Portuguesa da Associação Internacional da Rainha Helena de Itália, Conselheiro do Instituto Luso-Árabe para a Cooperação (ILAC) e Presidente do Conselho Fiscal do Círculo de Amizade Portugal-Marrocos.

Em 31 de Maio de 2000 é promovido, por concurso público, a Professor Catedrático do ISCSP - UTL, do qual foi eleito Vice-Presidente e, depois, Presidente do Conselho Científico e, como tal, Senador do Senado da Universidade Técnica de Lisboa, cargo para o qual foi reeleito em 2007.

Foi Professor Catedrático e Vice-Reitor (1990-1999) da Universidade Moderna de Lisboa, onde foi titular da disciplina de Ciência Política, Director do Departamento de Estudos Europeus e Fundador e Presidente do Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família, e Director da Dinensino, CRL, titular da mesma, tendo sido constituído Arguido no Caso Moderna e sido condenado a dois anos de pena suspensa.

É Professor Catedrático e Presidente do Conselho Científico do ISCSP - UTL, actualmente pertencente à Universidade de Lisboa, leccionando ultimamente as disciplinas de História da Colonização Moderna e Descolonização, Introdução às Ciência Políticas e Sociais e Doutrinas Políticas e Ideologias.

Carreira política

Em 1980 e em 1981, nas listas da Aliança Democrática (AD), chefiada por Francisco de Sá Carneiro, e sob indicação do Partido Popular Monárquico (PPM), foi eleito Deputado da Assembleia da República na II Legislatura, participando, então, nas Comissões Parlamentares de Revisão Constitucional e de Educação, além doutras, e sido Secretário da Comissão Encarregada de Propor a Estruturação do Instituto Nacional de Administração da Direcção-Geral da Organização Administrativa e Colaborador na formulação e Subscritor de Projectos de Revisão Constitucional apresentados pelo PPM pela AD.

Também pela AD, em lista encabeçada pelo centrista Carlos Alberto Rosa, foi eleito Vereador da Câmara Municipal de Cascais, assumindo o Pelouro da Cultura, entre 1980 e 1982 e Vice-Presidente da Direcção e Presidente da Assembleia Geral da Sociedade de Propaganda de Cascais, tendo tido a seu cargo a Direcção da Secção Cultural.

Foi Conselheiro Municipal de Lisboa em 1983, 1984 e 1985, Presidente da Assembleia de Freguesia do Estoril, Membro da Assembleia Municipal de Seia, Presidente do Conselho Fiscal da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.

Depois de aderir ao Partido Social Democrata (PSD), foi novamente eleito Deputado da Assembleia da República, em 1987, na V Legislatura e reeleito na VI Legislatura, onde foi Presidente da Comissão Parlamentar de Acompanhamento dos Assuntos de Timor-Leste, Presidente da Comissão Parlamentar Luso-Espanhola, Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal - Bulgária, Colaborador na formulação e Subscritor de Projectos de Revisão Constitucional apresentados pelo PSD e Membro do Conselho de Jurisdição Distrital de Lisboa do PSD.

Posteriormente, em 1991, foi chamado para o XII Governo Constitucional, como Subsecretário de Estado da Cultura.

Desempenhava esse cargo quando, em 1992, vetou a candidatura do livro de José Saramago, O Evangelho segundo Jesus Cristo (severamente criticado pela Igreja Católica), duma lista de romances portugueses candidatos ao Prémio Aristeion por "atentar contra a moral cristã". Esta acção deu azo a uma enorme polémica alargada à imprensa europeia. Sousa Lara apresentou a sua demissão, ao mesmo tempo que José Saramago se fixou definitivamente na ilha de Lanzarote.

Regressou ao Parlamento, tendo sido reeleito Deputado em 1995, mas resolveu abandonar a carreira política no fim dessa Legislatura, em 1995.

A 30 de Junho de 2019 é anunciado na primeira Convenção Nacional do partido CHEGA, que o agora seu Militante António Sousa Lara integrará a sua Direcção Nacional no cargo de Porta-Voz, Partido pelo qual se candidatou a 6 de Outubro às Eleições Legislativas Portuguesas de 2019 na qualidade de segundo candidato a Deputado pelo Círculo Eleitoral do Porto, não conseguindo, do mesmo modo que o Cabeça-de-Lista, ser eleito.

A 8 de Janeiro de 2020 apresentou a sua demissão de Porta-Voz do CHEGA por não querer renunciar à subvenção vitalícia de 1.343,00€ a que tem direito por ter desempenhado funções governativas.

Bibliografia

Ciência Política, Relações Internacionais e Sociologia

Genealogia e Heráldica

Condecorações

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o «Curriculum Vitae» (PDF). Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Consultado em 29 de Maio de 2019 
  2. Cascais Magazine
  3. «Biografia». Assembleia da República 
  4. «Sousa Lara voltaria a vetar livro de Saramago». TSF Rádio Notícias 
  5. «Sousa Lara regressa à política: é o novo porta-voz do Chega». www.sabado.pt. Consultado em 30 de junho de 2019 
  6. «Sousa Lara demite-se do cargo de porta-voz do Chega por não renunciar à subvenção vitalícia de €1343». www.expresso.pt. Consultado em 9 de janeiro de 2020 
  7. a b «Bibliografia». Universidade Técnica de Lisboa. Consultado em 29 de Maio de 2019 
  8. a b c «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "António Costa de Albuquerque de Sousa Lara". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 
  9. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Costa de Albuquerque de Sousa Lara". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de fevereiro de 2016 
  10. «António Sousa Lara condecorado pelas Forças Armadas». 13 de abril de 2022. Consultado em 13 de abril de 2022