No mundo de hoje, Brazavile tornou-se um tema de grande relevância e interesse para uma ampla gama de pessoas. Desde o seu impacto na sociedade moderna até às suas implicações na vida quotidiana, Brazavile posicionou-se como um tema central no diálogo contemporâneo. Com o constante crescimento da atenção do público, Brazavile tem suscitado inúmeras questões e debates, gerando um interesse sem precedentes em aprender mais sobre os seus diferentes aspectos. Neste artigo, exploraremos de perto a importância de Brazavile e sua influência em diversas áreas, fornecendo uma visão abrangente que permitirá aos leitores compreender melhor este fenômeno.
Brazavile
| |
---|---|
Cidade | |
![]() | |
Localização | |
![]() | |
Localização de Brazavile no Congo | |
Coordenadas | 4° 16′ 10″ S, 15° 16′ 17″ L |
País | ![]() |
Setor Autônomo | Cidade Própria |
História | |
Fundação | 10 de setembro de 1880 |
Fundador | Pierre Savorgnan de Brazza |
Administração | |
Distritos | |
Prefeito | Hugues Ngouelondélé |
Características geográficas | |
Área total | 100 km² |
População total (2023) | 2 138 236 hab. |
Densidade | auto hab./km² |
• Conurbação | 17 milhões Inclui Quinxassa |
Fuso horário | UTC (UTC+2) |
Brazavile[1][2][3][4][nota 1], também conhecida pelo original em francês Brazzaville, é a capital e maior cidade da República do Congo. Administrativamente, é um departamento e uma comuna,[6] constituindo o centro financeiro e administrativo do país.[7] Está situada na jusante do Lago Malebo e à margem norte do rio Congo, em frente de Quinxassa, a capital da República Democrática do Congo, com a qual forma uma conurbação transfronteiriça de cerca de dezessete milhões de habitantes.[8] Brazavile, propriamente dita, possuia 2 138 236 de habitantes, segundo o censo nacional de 2023.[9]
Foi fundada em 1880 pelo explorador franco-italiano Pierre Savorgnan de Brazza, convertendo-se, dois anos depois, na capital colonial do Congo Francês. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1940, torna-se capital da França Livre, conservando o status até 1942.[10] Em 1960 torna-se a capital do Congo independente. Até 1980 Brazavile fazia parte da região (departamento) de Pool, fazendo divisa internamente apenas com esta região.[11] Em 2013, Brazzaville foi designada Cidade da Música pela UNESCO; desde então, é também membro da Rede de Cidades Criativas.[12]
O nome Brazavile (na ortografia francesa Brazzaville) tem o significado literal de "Cidade do Braço Armado". O prefixo "Braza" advém do sobrenome do conde italiano Pierre Savorgnan de Brazza, que trabalhava nas expedições de exploração ao serviço da França, sendo atribuído a ele a fundação da localidade. O sobrenome Brazza se refere à vila de Brazzacco, na comuna de Moruzzo, na Itália, cujo nome derivava do latim bracchium, significando "braço armado".[13] Por sua vez, o sufixo "Vile" é equivalente à cidade.[14]
Em língua congo possui os nomes ou corruptelas de Ntamo, Ntambo, Kintamo, Kintambo, Tandala, Mavula e nas línguas teques M'fa, Mfaa, Mfa, Mfoa[15][16][17][18][19]
A cidade foi fundada em 1880 no lugar onde anteriormente se situava uma aldeia chamada Ntamo,[20] e seu fundador foi o conde italiano Pierre Savorgnan de Brazza, que trabalhava nas expedições de exploração ao serviço da França.[14] A fundação da cidade situa-se no período histórico da Corrida a África, quando a maior parte das potências europeias da época estabeleceram esferas de influência no continente.[21] As razões para o estabelecimento francês neste sítio são múltiplos: criar um entreposto colonial junto às comunidades nativas preexistentes, criar um contrapoder francês contra o estabelecimento belga de Léopoldville na margem oposta do Lago Malebo e estabelecer uma base avançada naquela região do Rio Congo para explorar o interior.
Dois anos após sua fundação tornou-se capital da colônia do Congo Francês, e em 1910 passou a ser a capital da colônia da África Equatorial Francesa.[22]
A pequena cidade ganha importância com o estabelecimento de uma missão da Congregação do Espírito Santo em 1911. No ano seguinte a administração colonial ergue a primeira sede da prefeitura de Brazavile. Seu primeiro plano urbanístico data de 1929, no governo do governador-geral Antonetti.
Em 27 de outubro de 1940, o general Charles de Gaulle lançou um manifesto anunciando a criação do Conselho de Defesa do Império e fez de Brazavile a capital da França Livre,[23] uma vez que Paris havia sido tomada pelas tropas alemãs durante a Batalha de França da Segunda Guerra Mundial. Tal status ressaltou a importância da cidade e da colônia para a metrópole. Permaneceu como capital francesa até 1942, quando passou a ser Argel.[10]
Em 1944, acolheu a Conferência de Brazavile, na abertura da qual foi proferido o discurso de Brazavile com o objetivo de redefinir, após a Segunda Guerra Mundial, as relações entre a França e as colônias africanas. Pela primeira vez, a questão da emancipação congolesa foi levantada. Dois outros discursos, prelúdios da independência congolesa, foram proferidos pelo general de Gaulle em Brazavile em 1944 e 1958.
A partir do ano de 1950 permanece como capital da África Equatorial Francesa, enquanto que a Ponta Negra fica como capital do Congo Francês. Somente volta a ser capital do Congo Francês em 1958.
Em 1959 eclodiram distúrbios em Brazavile exigindo não somente a autonomia congolesa, referendada um ano antes, mas também a plena independência do Congo. Os distúrbios também antagonizavam os povos mbochis (que apoiavam Jacques Opangault) e os laris e congos (que apoiavam Fulbert Youlou). O exército francês interveio e controlou a situação. As facções opostas entraram em acordo e a cidade se converteu na capital do Congo independente em 15 de agosto de 1960.[20]
Os primeiros Jogos Pan-Africanos se realizaram em Brazavile, entre 18 e 25 de julho de 1965.[24]
Em 1980, o município de Brazavile foi separado do Departamento de Pool, obtendo um status semelhante ao das regiões.
Em 1988 a cidade recebeu uma cúpula que culminou no Protocolo de Brazavile, que determinou a retirada das tropas cubanas de Angola, pavimentando o caminho para a independência da Namíbia.
Nos anos 1990 a cidade sofreu importantes êxodos de população com motivo das guerras civis que ensanguentaram o país.[20] Em 1997, as forças do então Presidente Pascal Lissouba, rodearam as forças rebeldes de Denis Sassou-Nguesso em Brazavile. Depois de quatro meses de duros combates, se proclamou um alvo à fogo em dezembro, mas a cidade havia sido destruída parcialmente. O fechamento da ferrovia Brazavile-Ponta Negra devido a guerra, cortou uma artéria vital de Brazavile, o que incrementou o número de habitantes que escaparam da cidade.
De 4 a 18 de setembro de 2015 a cidade sediou os Jogos Pan-Africanos de 2015, a 11ª edição dos Jogos Pan-Africanos. Foi erguido na periferia da capital o Complexo Esportivo Concorde de Kintélé para receber a maior parte das modalidades.[25]
A fim de distinguir os dois países africanos que possuem a denominação "Congo" em seus nomes, a República do Congo é, às vezes, denominada Congo-Brazavile, em oposição ao Congo-Quinxassa (atual República Democrática do Congo, e conhecido entre 1971 e 1997 como Zaire, cuja capital é Quinxassa). Esta, por sua vez, situa-se na margem sul do Rio Congo, em frente à Brazavile. Este é o único lugar no mundo onde duas capitais nacionais estão situadas em margens opostas de um rio, à vista uma das outras.[8]
A cidade fica 506 km (314 mi) por via fluvial do oceano Atlântico e ao sul do Linha do Equador, e constitui-se de um município autônomo, separado das outras regiões da República do Congo. A cidade é relativamente plana, sendo rodeada por uma grande savana, e situa-se a uma altitude de 317 metros (1.040 pés) acima do nível do mar. Localiza-se na jusante do Lago Malebo (anteriormente Stanley Pool), com a grande ilha Bamu, ao oeste.[26]
Dados climatológicos para Brazavile (Aeroporto Internacional Maya-Maya) 1961–1990, extremos 1932–presente | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 37,5 | 36,3 | 37,5 | 36,8 | 37,3 | 34,3 | 33,8 | 40,2 | 39,5 | 38,9 | 35,8 | 40,2 | 40,2 |
Temperatura máxima média (°C) | 30,5 | 31,3 | 31,7 | 31,8 | 30,9 | 28,4 | 27,0 | 28,5 | 30,4 | 30,8 | 30,4 | 30,2 | 30,2 |
Temperatura média (°C) | 26,0 | 26,4 | 26,7 | 26,8 | 26,2 | 23,8 | 22,4 | 23,6 | 25,5 | 26,1 | 25,9 | 25,8 | 25,4 |
Temperatura mínima média (°C) | 21,4 | 21,5 | 21,7 | 21,9 | 21,6 | 19,3 | 17,8 | 18,8 | 20,6 | 21,4 | 21,4 | 21,5 | 20,7 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 17,0 | 14,5 | 17,7 | 18,6 | 17,0 | 12,7 | 10,5 | 10,3 | 15,2 | 13,7 | 18,2 | 17,7 | 10,3 |
Precipitação (mm) | 160 | 137 | 167 | 191 | 118 | 8 | 3 | 4 | 34 | 139 | 261 | 172 | 1 394 |
Dias com precipitação | 10 | 8 | 11 | 12 | 8 | 1 | 0 | 0 | 4 | 9 | 14 | 12 | 89 |
Umidade relativa (%) | 81 | 80 | 79 | 81 | 81 | 79 | 77 | 73 | 71 | 76 | 81 | 82 | 78 |
Insolação (h) | 171 | 167 | 192 | 181 | 177 | 141 | 127 | 133 | 145 | 152 | 157 | 154 | 1 897 |
Fonte: Deutscher Wetterdienst (umidade, 1951–1990)[27][28][nota 2] | |||||||||||||
Fonte 2: Meteo Climat (Máximas e mínimas recordes)[29] |
Em 2014, 68,7% dos habitantes de Brazavile com 15 anos ou mais sabem ler e escrever francês, enquanto 69,7% falam e entendem. Enquanto isto, a língua franca na cidade é o kituba, seguido de um grande número de falantes de lingala e lari.
Existem em Brazavile diversos credos e manifestações religiosas, tendo, entre os locais de culto, principalmente igrejas e templos cristãos Católicos Romanos (sob coordenação da Arquidiocese de Brazavile),[22] além de grande mesquita, já que 2% da população da República do Congo é muçulmana.
A cidade está dividida em nove distritos, sendo:
Brazavile está geminada com as seguintes cidades:
Brazavile possui uma importante economia industrial instalada ao redor de seu porto, centrada na estalagem de embarcações, nas indústrias agroalimentares e nas indústrias químicas. Há ainda metalurgia para materiais ferroviários.[22]
Importante parte da massa salarial direta e indireta da cidade centra-se nos serviços de logística baseados no porto, na ferrovia e nas rodovias, vitais para um sistema de comércio com outros países da África Central.[22]
Porém são os serviços administrativos e financeiros — somados às atividades educacionais, de saúde, de entretenimento e de cultura — que fazem movimentar a maior parte da economia da capital.[22]
Até 2020 o país, e consequentemente a capital, possuíam uma única instituição pública de ensino superior, a Universidade Marien Ngouabi.[22] Neste ano surge, igualmente sediada na capital, a Universidade Denis Sassou-N'guesso.
A cidade é atravessada pela Rodovia Trípoli–Cidade do Cabo, que a liga ao sul com Quinxassa (não há ponte na travessia do Congo, somente serviço de balsas) e ao oeste com Dolisie.[8] Outra importante rodovia é a P20, que a liga a Madingou e Loukouo a norte, e; a rodovia N2, que a liga a Gamboma e Ouésso, ao centro-norte.
A cidade é o terminal do Caminho de Ferro Congo—Oceano, que a liga ao importante porto marítimo congolês da cidade de Ponta Negra, na costa do oceano Atlântico.[20][22]
O porto fluvial de Brazavile é o terminal do sistema de transporte Congo-Oceano, com serviço de vapor para o curso superior do rio Congo,[20] além da importante travessia de balsa para Quinxassa.[22]
A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional Maya-Maya, o mais importante e movimentado do país.[22]
Entre os edifícios mais destacados da cidade se encontra a Basílica de Santa Ana construída em 1949 por Roger Erell. Outros edifícios importantes são a Torre Nabemba, o Palácio do Povo e o Palácio do Congresso. Também são destacáveis o Mausoléu de Marien Nguouabi, o Zoológico de Brazavile e a Escola de Pintura de Poto-Poto.
A mais popular prática desportiva local é o futebol, tanto que as mais importantes equipes nacionais estão na cidade, sendo: Étoile du Congo, Club Sportif Multidisciplinaire Diables Noirs, Club Athlétique Renaissance Aiglon e Saint Michel de Ouenzé. As principais estruturas desportivas são o Estádio Olímpico de Brazavile, o Estádio Félix-Éboué, o Estádio Alphonse Massambat-Débat, o Estádio Marchand e o Complexo Esportivo Concorde de Kintélé.[30]
«eria de esperar "Brazavile", que não se encontra atestado: além de não existir "ll" na ortografia portuguesa, seria congruente com a passagem de "zz" a "z".»