Hoje, CCPL é um tema que desperta grande interesse e gera debate em diversas áreas da sociedade. Seja pela sua relevância histórica, pelo seu impacto na cultura popular ou pela sua influência na vida quotidiana, CCPL tornou-se um tema de relevância global. Da investigação científica às tendências sociais, CCPL assumiu um papel central no discurso público, captando a atenção de pessoas de todas as idades e origens. Neste artigo analisaremos diferentes aspectos relacionados a CCPL, explorando seu significado, sua evolução ao longo do tempo e sua presença hoje.
No final de 1945 sessenta pequenas cooperativas e produtores rurais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo se reuniram na sede do Serviço de Economia Rural para discutir sobre a ineficiência da Comissão Executiva do Leite (CEL), órgão federal criado em 1940 para fiscalizar e regular o mercado de laticínios no Distrito Federal. Durante a reunião, os produtores resolveram invocar o artigo 4º da lei de criação da CEL, que obrigava a comissão a auxiliar os produtores na formação de cooperativas de produção e processamento de leite.[1][2]
No início da década de 1960 após greve por reajustes de salários[4], a CCPL e outras produtoras foram acusadas por políticos[5] de forçar um locaute em represália (admitido como possibilidade pelos produtores[6]) para forçar a Comissão Federal de Abastecimento e Preços a realizar aumentos na tabela de comercialização do leite.[7] O corte forçado de produção deixou o Rio de Janeiro desabastecido de leite por alguns períodos.[8][9] A crise se estendeu por parte da década de 1960 e a CCPL foi acusada de forçar a venda de leite de 1 litro em detrimento do produto envasado em vasilhames de 1/2 litro.[10] Após novos locautes em 1962[11] e 1963[12], o governo federal decretou intervenção no mercado do leite e na CCPL em abril de 1963.[13]
Em 2002, a empresa fechou devido à forte concorrência e a mudanças no mercado. A empresa foi reaberta quatro anos depois após intervenção do governo do estado do Rio de Janeiro.[17][18][19]
A fábrica tem capacidade para processar 500 mil litros de leite por dia, o que equivale a 33% da produção diária em todo o estado, de 1,5 milhão de litros.[18]
Em 31 de agosto de 2009 a fábrica foi transformada em polo do Núcleo Avançado de Educação em Tecnologia de Alimentos e Gestão de Cooperativismo (NATA) do governo do Rio de Janeiro.[20][21]
Referências
↑«Decreto Lei nº2384/40». Senado Federal do Brasil. 10 de julho de 1940. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Criada a Cooperativa Central dos Produtores de Leite». A Noite, ano XXXV, edição 12136, página 14/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 15 de dezembro de 1945. Consultado em 3 de abril de 2022
↑Maurício Joppert da Silva (28 de novembro de 1961). «Contribuição à reforma agrária». Jornal do Brasil, ano LXXI, edição 278, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Produtores querem leite mais caro». Jornal do Brasil, ano LXX, edição 137, página 10/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 12 de junho de 1960. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Guanabara hoje com menos leite». Jornal do Brasil, ano LXX, edição 150, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 28 de junho de 1960. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Rio não tem mais leite e S. paulo não manda». Tribuna da Imprensa, ano XIV, edição 2712, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 4 de abril de 1962. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Quarta-feira começa o lockout do leite». Tribuna da Imprensa, ano XIV, edição 2976, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 17 de fevereiro de 1963. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Assinada portaria de intervenção na CCPL». Tribuna da Imprensa, ano XIV, edição 3031, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 26 de abril de 1963. Consultado em 3 de abril de 2022
↑ ab«Caminho aberto para a volta da produção de leite na região». Jornal do Brasil, ano 115, edição 265, JB Niterói, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 29 de dezembro de 2005. Consultado em 3 de abril de 2022
↑«Pioneirismo recuperado». Jornal do Brasil, ano 115, edição 350, JB Niterói, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 24 de março de 2006. Consultado em 3 de abril de 2022