Neste artigo, exploraremos em detalhes o tema Castro, um tema que tem chamado a atenção de muitas pessoas ao redor do mundo. Castro é objeto de debate e estudo há muito tempo, e neste artigo vamos analisar as diferentes perspectivas e opiniões que existem sobre o assunto. Desde as suas origens até à sua relevância hoje, Castro gerou um interesse significativo em vários campos, desde a ciência à cultura popular. Portanto, é crucial compreender a importância de Castro e como ela está impactando nossas vidas hoje.
Castro é um povoado fortificado da Idade do Cobre ou da Idade do Ferro.[1][2] São característicos das montanhas do noroeste da Península Ibérica, no sudoeste da Europa,[3][4] e das bacias dos principais rios[1][2] em regiões da Europa Central.[5] Atualmente são ruínas e sítios arqueológicos de povoados antigos,[5] que eram construídos com estruturas predominantemente circulares em pedra revestidos de bambu,[5] revelando desde cedo a implementação de uma civilização da pedra, quer nas zonas de granito quer nas de xisto.
Uma cividade (substantivo feminino antigo de cidade) ou citânia é um castro de maiores dimensões e importância,[5] habitado continuamente. A designação "citânia" é comparada com o Cytian dos povoados fortificados nas ilhas Britânicas.
Durante muito tempo consideraram-se os castros como "povoados fortificados",[6][7] mas esta designação, consagrada pelo uso, é muito redutora, porque recobre realidades arqueológicas muito diversas e susceptíveis de variadas interpretações. Recentemente, tem-se vindo a perceber que estes sítios são de grande complexidade, que não se podem, de maneira alguma, apenas subsumir numa qualquer "cultura" local (ou várias), e muito menos numa "função" militar.
Os castros estão quase invariavelmente localizados no topo de montes que são defesas naturais e permitem o controle táctico dos campos em redor. Estes montes tinham sempre fontes ou pequenas ribeiras, e naqueles mais desprovidos de água eram construídos reservatórios pelas populações, provavelmente para resistir aos cercos.
Um castro típico é fortificado por até quatro muralhas, mas mais comummente três, que complementam as defesas naturais do sítio. As casas têm cerca de três a cinco metros de diâmetro, e são na sua maioria circulares com algumas rectangulares, feitas de pedra solta e terra, com telhado cónico de colmo suspenso por um pilar de madeira central. As ruas são algo regulares, sugerindo organização social avançada. Os castros variam de algumas dezenas a algumas centenas de metros em diâmetro.
Julga-se que os castros eram locais de refúgio durante as guerras tribais Célticas e pré-Célticas, mas muitos, incluindo todas as citânias, eram verdadeiros centros populacionais continuamente habitados.
Os Romanos destruíram muitos castros, devido à resistência feroz dos povos castrejos ao seu domínio, mas alguns foram aproveitados e expandidos como cidades romanas. Segundo Jorge de Alarcão "Aos castros, deram os Romanos o nome de castella, que aparece nas inscrições do século I d.C. sob a forma abreviada de um C invertido"
A zona nuclear castreja corresponde a toda a antiga Galécia, actual Galiza e à região portuguesa de Entre-Douro-e-Minho que confina a leste com a área ocupada na antiguidade pelos povos da etnia Zelas para além do rio Sabor.
Existe uma grande densidade de castros no Alto Minho, em especial nos territórios dos concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Monção, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Viana do Castelo (Citânia de Santa Luzia, Castro do Vieito), Ponte de Lima (Castro de Santo Ovídeo) e Esposende (Castro de São Lourenço).
No entanto, na bacia do Ave-Vizela existe um maior conjunto de castros de grande dimensão: a Citânia de Sanfins, Citânia de Briteiros, Cividade de Bagunte, o Castro de Alvarelhos e ainda nas proximidades a Cividade de Terroso.
Menos densas são a região de Basto e ainda menos densa é a planície litoral a Sul do Douro. Em Trás-os-Montes, existe uma concentração significativa nas zonas de terras altas, com altitude superior a 750 metros, nos concelhos de Montalegre, Boticas e parte dos concelhos de Vinhais e Bragança.
Castro de Leceia, é uma das estações arqueológicas mais importantes do país, localizada na freguesia de Barcarena, concelho de Oeiras. O estabelecimento de um povoado em Leceia, logo no Neolítico Final, e a subsequente construção a partir do Calcolítico Inicial, indicam já o apreciável desenvolvimento de uma economia agro-pastoril.
Novas perspectivas sobre a celtização do NO de Portugal e o território dos Callaeci Bracari valorizam características culturais e linguísticas de filiação céltica no substrato castrejo, ainda com forte expressão durante o período galaico-romano (inscrição da Fonte do Ídolo em Braga e o nome da cidade galaico-romana de Tongóbriga).
Também há castros no Centro e sul de Portugal e nas Astúrias (região de Espanha). Povoados semelhantes também foram encontrados na França Atlântica (Bretanha), Grã-Bretanha e Irlanda.
Observam-se normalmente cinco tipos diferentes de muros castrejos:
Os castros do Noroeste de Portugal e Galiza serão conjuntamente avaliados pela UNESCO para serem candidatos a património mundial. Entre as 7 mil ruínas de castros galaicos, seis foram seleccionados por reunirem condições para a candidatura e serão posteriormente avaliados por inspectores da UNESCO. Estes são:
Candidatos da linha da frente a serem avaliados pela UNESCO:
Castros na linha da frente (um deles ou ambos):
Castros candidatos à linha da frente:[8]
Até 2010, por altura da formalização da candidatura, espera-se que este número chegue às duas dezenas.