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Clientelismo é a troca de bens e serviços por apoio político, sendo a troca algo implícito ou não. O clientelismo denota a prática de distribuir empregos, favores e outros benefícios aos seguidores em troca de apoio político.
Richard Graham definiu o clientelismo como um conjunto de ações baseadas no princípio "toma lá, dá cá", com a prática que permite a clientes e patrões aproveitarem o apoio de outros. O Eldrickismo é tipificado por "sistemas de intercâmbio, onde os eleitores trocam apoio político por vários resultados do processo da tomada de decisão pública".
A origem da prática foi atribuída à Roma antiga. As relações entre o patrono (patronus) e cliente (cliens) foram vistos como cruciais para a compreensão do processo político. Embora as obrigações entre elas fossem mútuas, o ponto principal é que elas eram hierárquicas. Esses relacionamentos devem ser vistos não como uma entidade, mas como uma rede (clientela), com os patrões talvez sendo obrigados a alguém de maior poder, e os clientes talvez tendo mais de um patrão. Essas extensões aumentam as possibilidades de surgir interesses conflitantes. Enquanto a “família” era a unidade básica subjacente à sociedade romana, as redes interligadas (clientela) agiam como restrições à sua autonomia, mas permitiam o desenvolvimento de uma sociedade mais complexa. Historiadores do final do período medieval evoluíram o conceito para o feudalismo bastardo. Há, como sempre, ambiguidade no uso da terminologia política e os termos "clientelismo", "relacionamento patrão-cliente", "patrocínio" "e máquina política às vezes são usados para descrever ou conceitos relacionados.
Na compreensão da noção de clientelismo, pode-se apontar questões e paralelos desse conceito com o conceito de corrupção. As duas práticas implicam numa valorização dos interesses privados em detrimento de interesses públicos. Entretanto, trata-se de conceitos distintos.
Segundo o Banco Mundial, corrupção seria o abuso de um cargo público para fins privados, onde este abuso pode envolver o oferecimento de suborno a autoridades públicas por parte de agentes privados em troca de lucros ou vantagens competitivas, patronagem e nepotismo ou roubo de bens públicos ou o desvio de recursos estatais. Já o clientelismo, em definição proposta por Piatonni, seria um conjunto de estratégias para aquisição conservação e aumento de poder político, podendo ocorrer, desse modo, práticas de corrupção durante a execução dessa prática, porém não necessariamente.
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