No mundo atual, Crise alimentar em 2022 é um tema relevante que desperta o interesse de muitas pessoas em diversas áreas. Da política à ciência, cultura e tecnologia, Crise alimentar em 2022 tornou-se um tema de discussão constante que gera opiniões conflitantes e debates apaixonados. Ao longo da história, Crise alimentar em 2022 tem sido objeto de múltiplos estudos, pesquisas e análises que tentaram decifrar as suas complexidades e as suas implicações para a sociedade. Neste artigo, exploraremos diferentes perspectivas sobre Crise alimentar em 2022 e seu impacto no mundo hoje.
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O ano de 2022 testemunhou um rápido aumento do preço dos alimentos e déficits de suprimentos alimentares em torno do mundo. As múltiplas e entrelaçadas crises em diferentes partes do mundo foram causadas por uma complexa situação geopolítica, econômica e ecológica, marcada pelos efeitos do aquecimento global na agricultura, e também pelas ramificações da disrupção nas cadeias produtivas causada pela pandemia de COVID-19.
Em sequência à invasão da Ucrânia pela Rússia, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, como também outros observadores do mercado alimentar, soaram o alarme do colapso de suprimentos alimentares e do aumento de preços.[1][2][3][4][5] Grande parte da preocupação está relacionada com a falta de mercadorias alimentares chave, como o trigo, o milho, e o óleo vegetal, que poderiam causar um aumento nos preços.[3] A invasão também levou à um aumento dos preços do petróleo e fertilizantes derivados, causando mais déficits na produção e um aumento ainda maior dos preços.[5]
Mesmo antes da guerra na Ucrânia, os preços dos alimentos já estavam batendo recordes: em fevereiro de 2022, o preço anual dos alimentos estava 20% maior, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.[6] A guerra incrementou o preço anual em mais 40% no mês de Março.[7] Está previsto que essas problemáticas complementares, incluído a pandemia de COVID-19, a invasão da Ucrânia pela Rússia e os efeitos do aquecimento global na agricultura podem reverter a tendência global de diminuição da fome e má-nutrição.[8]
Algumas regiões já estavam experimentando fortes secas e contextos de desnutrição devido à falência do sistema de produção agrícola e ao aquecimento global, como o Leste da África e Madagascar. Prevê-se que o aumento do preço das mercadorias alimentares tornará a situação ainda pior.[5][7] Mesmo os países do norte global, que normalmente possuem uma forte segurança alimentar, como o Reino Unido e os Estados Unidos da América, estão começando a experienciar os impactos diretos do aumento da inflação no âmbito alimentar.[9] Alguns analistas descrevem o aumento dos preços como o pior desde a crise de alimentos de 2007–2008.[7] Apesar de algumas respostas iniciais à crise alimentar sugerirem que certos suprimentos ou colheitas poderiam aliviar o déficit global e o aumento dos preços (como por exemplo a entrada proposta de grãos da Índia), até junho de 2022 nenhum esforço internacional foi efetivo em aliviar os preços.[10]
A pandemia de COVID-19 desestabilizou significativamente a cadeia global de produtos alimentares, causando interrupções nos canais de distribuição da indústria alimentar. Um aumento nos preços dos combustíveis e transporte intensificaram ainda mais a complexidade da distribuição na medida que os alimentos competiam com outros produtos.
Ao mesmo tempo, inundações significantes e ondas de calor em 2021 destruíram culturas chave nas Américas e na Europa.[11]
O gás natural é uma matéria prima para a produção de amônia, através da síntese de Haber-Bosch, necessária para a produção de fertilizantes.[12] O desenvolvimento de fertilizantes sintéticos de nitrogênio tem dado um suporte significativo ao aumento populacional global — foi estimado que quase metade das pessoas na Terra são atualmente alimentadas com alimentos produzidos com o uso de fertilizantes sintéticos de nitrogênio.[13]
A crise energética de 2021-2022 afetou as indústrias de fertilizantes e alimentos.[14][15][16] De acordo com Julia Meehan, a diretora de fertilizantes para a agência de preços de commodities ICIS, "Nós estamos vendo um recorde no preço de todos os tipos de fertilizantes, que estão todos bem acima do ápice de 2008. Isso é muito, muito sério. As pessoas não entendem que metade do suprimento global de alimentos depende de fertilizantes."[17]