Fernando de Castro, senhor do Paul do Boquilobo
D. Fernando de Castro
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Senhor do Paúl do Boquilobo
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Fernando de Castro, senhor do Paul do BoquiloboArmas dos Castros, da linhagem dos condes de Monsanto (Livro do Armeiro-mor, de 1509)
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Consorte
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Nascimento
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?
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Morte
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abril de 1440
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Oceano Atlântico
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Pai
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D. Pedro de Castro, senhor do Cadaval
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Mãe
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D. Leonor de Meneses
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Ocupação
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Fidalgo, Militar, Diplomata
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D. Fernando de Castro (? - Abril de 1440), foi um importante fidalgo, diplomata e militar português, que pereceu num ataque genovês contra a frota que comandava com destino a Ceuta, com o propósito de entregar a cidade e conseguir assim o resgate do santo infante D. Fernando.
Biografia
Foi o 1.º senhor do Paul do Boquilobo e também de Ançã, São Lourenço do Bairro e da quinta da Penha Verde em São Martinho (Sintra).
Pertencia à Casa Real de D. João I e exerceu os cargos de alcaide-mor da Covilhã, governador da casa do infante D. Henrique, regedor das justiças do Reino (1439), e vedor da fazenda.
Foi igualmente fidalgo do Conselho de El-Rei, capitão da Infantaria na tomada de Ceuta e embaixador a Castela assim como foi enviado nessa qualidade ao concílio de Constança.
Em 1424, o infante D. Henrique mandou-o à Grã-Canária à frente de um contingente de dois mil e quinhentos homens de pé e cento e vinte a cavalo, com o propósito de se apoderarem desta ilha, objecto de litígio entre Portugal e Castela, não conseguindo derrotar os nativos guanches devido a problemas logísticos.
Em Almeirim, a 27 der Janeiro de 1432, testemunhou a ratificação do tratado de paz com Castela, o Tratado de Medina del Campo, que tinha sido assinado em Outubro do ano anterior.
Terá participado na malograda tentativa de conquista de Tanger.
Faleceu em combate, em abril de 1440, num ataque de uma armada genovesa, quando comandava uma frota enviada a Ceuta pelo infante D. Pedro, com o propósito de entregar a cidade a troco do resgate do infante D. Fernando, o Santo. Gênova era, na época, uma aliada de Portugal, e as autoridades da cidade nunca conseguiram apresentar uma explicação convincente para o incidente que, na prática, inviabilizou a devolução de Ceuta.
Na opinião do historiador João Paulo de Oliveira e Costa, o ataque poderá ter sido o resultado de uma conspiração entre mercadores italianos e comerciantes de Lisboa, interessados em manter a ocupação de Ceuta, que lhes garantia grandes proveitos. O regente D. Pedro, depois deste ataque, desistiu da ideia de entregar Ceuta e o Infante Santo veio assim a morrer prisioneiro nos calabouços de Fez, em 05.06.1443.
Dados genealógicos
Era filho de D. Pedro de Castro, conde de Arraiolos, senhor de Cadaval, e de D. Leonor de Menezes, filha de D. João Afonso Telo de Meneses, conde de Ourém (tio de D. Leonor Teles); e neto paterno de D. Álvaro Pires de Castro, 1.º conde de Arraiolos e de Viana (da Foz do Lima).
Casou, pela 1.ª vez, com D. Isabel de Ataíde, filha de Martim Gonçalves de Ataíde, alcaide-mor de Chaves e de Mécia Vasques Coutinho.
Filhos do 1.º casamento:
- D. Álvaro de Castro, 1.º conde de Monsanto, casado com D. Isabel da Cunha, senhora de Cascais e Lourinhã. Com geração.
- D. Henrique de Castro, prior do Crato, sem geração.
- D. Garcia de Castro, senhor do Paúl de Boquilobo casado a 1.ª vez com D. Beatriz da Silva e a 2.ª vez com Catarina de Gouveia. Com geração de ambos os casamentos.
- D. Maria de Castro primeira mulher de Álvaro de Sousa, mordomo-mor de D. Afonso V, senhor de Miranda, alcaide-mór de Arronches. Com geração.
- D. Isabel de Castro segunda mulher de D. Duarte de Menezes, 3.º conde de Viana do Alentejo, 2.º conde de Viana da Foz do Lima. Com geração.
- D. Catarina de Castro casada a 1.ª vez com D. Álvaro Vaz de Almada, 1º conde de Avranches e sua segunda mulher, com geração; casada pela 2.ª vez, em 1451, com seu primo co-irmão, D. Martinho de Ataíde, 2º conde de Atouguia, sem geração.
Casou, pela 2.ª vez, com D. Mécia de Sousa, filha de Afonso Vasques de Sousa, "o cavaleiro" e de sua prima D. Leonor Lopes de Sousa.
Filhos do 2.º casamento:
Referências
- ↑ pp. capítulo 54
- ↑ Costa, João Paulo Oliveira. História da Expansão e do Império Português. 2014: A Esfera dos Livros. p. 45. ISBN 978-989-626-627-1
- ↑ Manuel Abranches de Soveral; seu verbete «D. Pedro de Castro», Roglo, consulta em 21/11/2021
- ↑ Segundo Manuel Abranches de Soveral, em «Os filhos e netos do "muj honrrado barom" Dom Frei Lopo Dias de Souza», o referido Álvaro de Souza, foi senhor da Casa de Souza, 2º senhor de juro e herdade de Miranda do Corvo, Podentes, Germelo, Folgosinho e Vouga (28 de Julho de 1450), mordomo-mor do reino, fidalgo do Conselho, alcaide-mor de Arronches e senhor do respectivo reguengo, falecido em 1471. A 18 de Março de 1450 D. Afonso V confirma doação a Diogo Gonçalves, escudeiro de Álvaro de Sousa, do seu Conselho e mordomo-mor, feita por Afonso Vasques, de uma cavalaria e umas casas no termo da vila de Arronches, pelo casamento deste com sua filha Isabel Vasques. A 28 de Julho de 1450 o mesmo rei confirma a Álvaro de Sousa todos os bens móveis e de raiz que pertenceram a Egas Coelho, que são os senhorios de Miranda, Podentes, Germelo, Folgosinho e do julgado de Vouga, com todas as suas rendas, direitos, foros, tributos e pertenças, jurisdição cível e mero e misto império, ressalvando a correição e alçadas. A 7 de maio de 1453 privilegia Álvaro de Sousa, do seu Conselho e mordomo-mor, isentando os seus lavradores, mordomos e apaniguados que estiverem nas suas quintas e herdades, de pagar qualquer encargo ao concelho.
- ↑ Freire, Anselmo Braamcamp (1921). Brasões da Sala de Sintra, Livro Terceiro. Robarts - University of Toronto. Coimbra: Coimbra : Imprensa da Universidade. pp. 272 – 273
Bibliografia
- D. António Caetano de Sousa, «História Genealógica da Casa Real Portuguesa», Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946, Tomo XII- P. II - pg. 49.
- Direcção de Afonso Eduardo Martins Zuquete, «Nobreza de Portugal e Brasil», Editorial Enciclopédia, 2ª Edição Lisboa, 1989, vol. 3- pg. 14.
- Cristovão Alão de Morais, «Pedatura Lusitana», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1997, vol. II - pg. 394
- Felgueiras Gayo, «Nobiliário das Famílias de Portugal», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. IV - pg. 264 (Castros).
- Antonio Carvalho da Costa, «Corografia portugueza, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal», 1708, tomo II, pg. 407.
Ligações externas
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