Neferircaré

Neste artigo, exploraremos profundamente Neferircaré e tudo o que este tópico/pessoa/data tem a oferecer. Ao longo da história, Neferircaré desempenhou um papel crucial em diferentes aspectos da vida quotidiana, e é importante compreender o seu impacto na sociedade actual. Analisaremos a sua relevância em diferentes contextos, desde a sua influência na cultura popular até à sua importância no meio académico. Além disso, examinaremos como Neferircaré evoluiu ao longo do tempo e qual é o seu status atual no mundo de hoje. Esperamos que este artigo seja informativo e provoque uma reflexão profunda sobre Neferircaré e seu lugar no mundo moderno.

Neferircaré
Neferircaré
Neferircaré, originalmente representado como príncipe Renefer, em um relevo no complexo mortuário de Sefrés. Seu título real e regalia foram adicionados depois em seu reinado
Faraó
Reinado Aproximadamente 17 anos no final do século XXVI a.C. ou início do século XXV a.C.
Predecessor Sefrés
Sucessor Querés
Dados pessoais
Sepultado em Pirâmide de Neferircaré, Abusir
Consorte Quentecaus II
Descendência Querés
Raturés
Irienré
Quentecaus III
Dinastia Quinta
Pai Sefrés
Mãe Meretenebeti
Titularia
Nome Cacai
k3 k3.j
Meu Ka é um Ka Verdadeiro
Trono Neferircaré
Nfr-jr(.w)-k3-Rˁ
O Perfeito é Aquele Quem o Ka de Rá Gerou
Bela é a Alma de Rá
Hórus Usercau
Wsr ḫˁ.w
Forte de Aparências
Duas Senhoras Caenebete
Ḫˁ m nbty
Aquele que Apareceu Duas Senhoras
Hórus de Ouro Sequemunebu
Sḫm.w nb-w
Os Três Poderes

Neferircaré ou Neferquerés foi o terceiro faraó da V dinastia egípcia, sucessor do seu pai Sefrés.[1] Não é clara a duração do seu reinado. A Pedra de Palermo encontra-se partida a partir do quinto censo de gado; tendo em conta que a contagem do gado se fazia em geral cada dois anos, pode se contabilizar dez anos de reinado para Neferircaré. Segundo a lista de Manetão reinou vinte anos. A maioria dos egiptólogos considera que reinou dez anos ou onze anos.

A sua mãe foi a rainha Meretenebeti e o seu pai Sefrés. Foi casado com Quentecaus II, tendo tido com ela talvez dois filhos, Neferefre e Niuserré. Continuou as políticas dos seus antecessores, concedendo terras e bens aos nobres e aos templos. Durante o seu reinado os administradores locais adquirem cada vez mais autonomia em relação ao poder central, situação que eventualmente conduzirá à decadência do Egito durante o denominado Primeiro período intermediário. Este rei foi o primeiro a incluir de forma oficial na sua titulatura o nome "Filho de Rá", bem como a inscrever o seu nome de nascimento num cartucho.

Pirâmide

O rei seguiu a tradição do seu antecessor e construiu o seu complexo funerário em Abusir. A sua pirâmide foi concebida inicialmente como uma pirâmide de seis degraus. Mais tarde os construtores modificaram a estrutura no sentido de oito degraus, tentando formar um pirâmide perfeita. Esta pirâmide era a mais alta das três pirâmides do complexo de Abusir. Contudo, o complexo funerário não chegou a ser concluído, devido à morte prematura do rei. Cerca de quinze anos depois, o rei Niuserré incorporaria a avenida e o templo do vale deste complexo no seu templo solar. Perto da pirâmides foram encontradas barcas solares, semelhantes às encontradas em Guiza. No complexo funerário foram também achados em 1893 fragmentos de papiros escritos em hierático, uma forma cursiva dos hieróglifos; trata-se dos documentos mais antigos que se conhecem escritos desta forma. Graças a ele é possível conhecer um pouco dos rituais praticados nos templos.[2]

Referências

  1. Clayton 1994, p. 61.
  2. Kinnaer, Jacques. «The Pyramid of Neferirkare.». Consultado em 19 de outubro de 2013 

Bibliografia

  • Allen, James; Allen, Susan; Anderson, Julie; Arnold, Arnold; Arnold, Dorothea; Cherpion, Nadine; David, Élisabeth; Grimal, Nicolas; Grzymski, Krzysztof; Hawass, Zahi; Hill, Marsha; Jánosi, Peter; Labée-Toutée, Sophie; Labrousse, Audran; Lauer, Jean-Phillippe; Leclant, Jean; Der Manuelian, Peter; Millet, N. B.; Oppenheim, Adela; Craig Patch, Diana; Pischikova, Elena; Rigault, Patricia; Roehrig, Catharine H.; Wildung, Dietrich; Ziegler, Christiane (1999). Egyptian Art in the Age of the Pyramids. Nova Iorque: Museu Metropolitano de Arte. ISBN 978-0-8109-6543-0. OCLC 41431623 
  • Borchardt, Ludwig (1910). Das Grabdenkmal des Königs S'aḥu-Re (Band 1): Der Bau: Blatt 1–15. Lípsia: Hinrichs. ISBN 978-3-535-00577-1 
  • Clayton, Peter A. (1994). «Dynasty 22». Chronicle of the Pharaohs (em inglês). Londres: Thames and Hudson. ISBN 0-500-05074-0 
  • Leprohon, Ronald J. (2013). The great name: ancient Egyptian royal titulary. Writings from the ancient world, no. 33. Atlanta: Sociedade de Literatura Bíblica. ISBN 978-1-58983-736-2 
  • Scheele-Schweitzer, Katrin (2007). «Zu den Königsnamen der 5. und 6. Dynastie». Gotinga: Universidade de Gotinga, Seminário sobre Egiptologia e Coptologia. Miscelânea de Gotinga. 215: 91–94. ISSN 0344-385X