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O Espigão | |||||||
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Informações gerais | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Gêneros | drama crônica humorística | ||||||
Criado por | Dias Gomes | ||||||
Dirigido por | Régis Cardoso | ||||||
Elenco | |||||||
Tema de abertura | "O Espigão", Zé Rodrix | ||||||
Compositor | Zé Rodrix | ||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Episódios | 150 | ||||||
Produção | |||||||
Duração | 45 minutos | ||||||
Empresa produtora | TV Globo | ||||||
Distribuição | Rede Globo | ||||||
Formato | |||||||
Formato de imagem | 480i (SDTV) | ||||||
Formato de áudio | monaural | ||||||
Exibição original | |||||||
Emissora | TV Globo | ||||||
Transmissão | 1 de abril – 1 de novembro de 1974 | ||||||
Cronologia | |||||||
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O Espigão é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 1 de abril a 1 de novembro de 1974 em 150 capítulos.[1] Substituiu Os Ossos do Barão e foi substituída por O Rebu, sendo a 19.ª "novela das dez" produzida pela emissora. Escrita por Dias Gomes, teve direção de Régis Cardoso e supervisão de Daniel Filho.[2] A produção musical foi de Guto Graça Mello e Eustáquio Senna, sob a coordenação musical de João Araújo.[3] Contou com as atuações de Milton Moraes, Betty Faria, Débora Duarte, Cláudio Marzo, Milton Gonçalves, Suely Franco e Rosamaria Murtinho.[2]
A telenovela girou em torno da desumanização da cidade, de como o progresso descontrolado pode esmagar o ser humano. Conta a história de Lauro Fontana, um empresário megalomaníaco que quer construir o maior hotel do Brasil, o "Fontana Sky", e para isso precisa convencer os Camará, uma família misteriosa, a vender sua mansão, em Botafogo, no Rio de Janeiro, para que ele possa utilizar o imenso terreno para concretizar seu propósito. Junto, a história de Léo, um rapaz que defende a preservação da natureza e cujo destino cruza-se com o de Dora, uma jovem mãe solteira.
Ator/Atriz | Personagem |
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Milton Moraes | Lauro Fontana |
Betty Faria | Lazinha Chave de Cadeia (Paula) |
Vanda Lacerda | Urânia Camará |
Ary Fontoura | Professor Baltazar Camará |
Susana Vieira | Florentina (Tina) Camará |
Carlos Eduardo Dolabella | Marcito Camará |
Suely Franco | Cordélia Fontana |
Cláudio Marzo | Léo Muniz |
Débora Duarte | Dora |
Rosamaria Murtinho | Elka Escobar |
Mário Lago | Gabriel Martins |
Mauro Mendonça | Donatello |
Milton Gonçalves | Nonô Alegria das Gringas |
Ruy Rezende | Dico |
Ana Cristina | Marly |
Myriam Pérsia | Olga |
Tomil Gonçalves | Carlinhos Camará |
Maria Pompeu | Leda |
Lutero Luiz | Gigante |
Jardel Mello | Machado |
Dorinha Duval | Zilda |
Luís Magnelli | Padilha |
Maria Lúcia Dahl | Renata |
Cecil Thiré | Silveirinha |
Bibi Vogel | Samanta |
Júlio César | Henrique |
Gilberto Garcia | Coroinha |
Ilka Soares | Milu (dona da boutique) |
Rogério Fróes | Felipe Ramalho |
Gilda Sarmento | Dr.ª Maria Amélia |
Pietro Mário | Batista |
Ibanez Filho | Martiniano Pedreira Camará |
Francisco Dantas | Delegado Fernando Miranda Barbosa |
Estelita Bell | Marieta (tia de Cordélia) |
Marta Anderson | Elizabeth |
Jackson de Souza | Otávio (pai de Olga Maria) |
Suzy Arruda | mulher de Sandoval (vizinha do prédio de Donatelo e Tina) |
Tonico Pereira | Bambolê (bandido fugitivo da cadeia que se esconde na mansão dos Camará no final) |
Roberto Bonfim | Vendedor de peixes que discute com Léo |
Nildo Parente | Médico de Marcito quando ele tem um surto psicótico |
Vera Lúcia | Sula |
Maximiliano Levy | Patrício |
Joyce de Oliveira | Mãe de Olga Maria |
Roberto Azevêdo | Dr. Carlos (médico que diz a Lauro que ele é estéril) |
A telenovela originalmente foi exibida na TV Globo Rio de Janeiro de 01 de Abril a 01 de Novembro de 1974, enquanto na emissora de São Paulo os capítulos foram ao ar de 03 de Abril a 01 de Novembro do mesmo ano.
Ela seria reprisada a partir de 9 de agosto de 1982, substituindo a minissérie Quem Ama Não Mata. Porém, essa reprise não aconteceu, tendo sido impedida dias antes[4]. A Globo jogou a culpa no governo federal, mas o impedimento não veio apenas dele. Também tiveram culpa as empresas imobiliárias, pois temeram a volta da novela, que denunciava as falcatruas e ações ilegais do setor. Caso a telenovela voltasse, as empresas imobiliárias não fariam mais anúncios no classificado do Jornal O Globo[4]. A Globo cedeu à pressão e no lugar da novela, colocou um especial sobre o pastor suicida Jim Jones[4].
A história do personagem Lauro Fontana, interpretado por Milton Moraes, teria sido inspirado na figura polêmica do corretor de imóveis Sérgio Dourado, que inaugurava inúmeros empreendimentos imobiliários no Rio de Janeiro na década de 1970. O autor da novela Dias Gomes, disse em sua autobiografia Apenas Um Subversivo que foi convocado para uma reunião emergencial na sede da emissora:[5]
"Sérgio Dourado era o dono de uma empresa imobiliária que estava destruindo o Rio de Janeiro, derrubando casas e mais casas para construir horrendos prédios de apartamentos. (…) Sérgio Dourado enfiara a carapuça porque eu mandara pesquisar o dia a dia do comércio imobiliário para poder escrever com segurança."[5]
Em entrevista à revista Amiga, Dias Gomes disse:
“Há uma identidade natural com diversas pessoas porque a novela fala de coisas que existem na realidade e que todos estão acostumados a ver diariamente. Porém, não houve nenhuma intenção da minha parte em fazer biografia de quem quer que fosse.”[5]
Foi reapresentada no Viva Fast, a versão online e gratuita do canal por assinatura, de 22 de julho de 2024 a 13 de fevereiro de 2025, substituindo Locomotivas.[6] Foi também a última telenovela do Viva 70 Fast, já que no dia 16 de dezembro de 2024, foi iniciado o processo de fusão com o Viva 80 Fast, sendo concluído no dia 26 e a trama sendo mantida na grade do canal normalmente, agora assinando como Viva Fast.[7]
Em 2023, após grande especulação do público, Erick Bretas, o então diretor executivo do Globoplay, respondeu o comentário de um usuário da rede social Twitter confirmando que a novela estava em condições de ser disponibilizada e que seria adicionada ao catálogo no ano seguinte.[8][9] A trama foi disponibilizada em 8 de abril de 2024 na plataforma da Globo, através do Projeto Resgate, em 149 capítulos, já que o capítulo 28 não pôde ser recuperado. [10][11]
A novela foi elogiada por sua inovação ao abordar sobre especulação imobiliária e popularizando o termo "espigão" para se referir a prédios altos.[12][13]
A telenovela foi indicada ao APCA com as atrizes Susana Vieira e Betty Faria sendo premiadas na categoria de melhores atrizes.[12] O Espigão também foi premiado com o Troféu Imprensa de melhor novela de 1974 e melhor ator para Milton Moraes.[2]
A telenovela teve média geral de 28 pontos.
Quando foi anunciada a reprise, em 1982, a trilha sonora nacional foi relançada.