Presente (tempo)

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O presente é o período de tempo que está ocorrendo agora. O presente é contrastado com o passado, o período de tempo que já ocorreu; e o futuro, o período de tempo que ainda está por vir.

Às vezes, é representado como um hiperplano no espaço-tempo,[1] tipicamente chamado de "agora", embora a física moderna demonstre que tal hiperplano não pode ser definido de forma única para observadores em movimento relativo. O presente também pode ser visto como uma duração.[2][3]

Historiografia

A história contemporânea descreve o período histórico imediatamente relevante ao tempo presente e é uma certa perspectiva da história moderna.

Filosofia e religião

Filosofia do tempo

"O presente" levanta a pergunta: "Como é que todos os seres sencientes experimentam o agora ao mesmo tempo?"[4] Não há uma razão lógica para que isso ocorra, e não existe uma resposta simples para essa questão.

No Budismo

O Budismo e muitos de seus paradigmas associados enfatizam a importância de viver no momento presente — estar plenamente consciente do que está acontecendo e não se prender ao passado nem se preocupar com o futuro.[5] Isso não significa que eles encorajem o hedonismo, mas apenas que o foco constante na posição atual no espaço e no tempo (em vez de considerações futuras ou reminiscências do passado) ajudará a aliviar o sofrimento. Eles ensinam que aqueles que vivem no momento presente são os mais felizes.[6] Diversas técnicas meditativas têm como objetivo ajudar o praticante a viver no presente.

Cristianismo e eternidade

O Cristianismo vê Deus como estando fora do tempo e, da perspectiva divina, passado, presente e futuro estão atualizados no agora da eternidade. Essa concepção transtemporal de Deus tem sido proposta como uma solução para o problema da presciência divina (isto é, como Deus pode saber o que faremos no futuro sem que estejamos determinados a fazê-lo) pelo menos desde Boécio.[7] Tomás de Aquino oferece a metáfora de um vigia, representando Deus, que está em um ponto elevado observando um vale com uma estrada onde o passado, o presente e o futuro — representados pelos indivíduos e suas ações ao longo do percurso — são todos visíveis simultaneamente para Deus.[8] Portanto, o conhecimento de Deus não está ligado a nenhuma data específica.[9]

Ciência física

Relatividade especial

A intenção original do diagrama à direita era retratar um objeto tridimensional tendo acesso ao passado, presente e futuro no momento presente (quarta dimensão).

A partir da Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein, conclui-se que não existe simultaneidade absoluta. Quando se toma o cuidado de operacionalizar o conceito de "presente", verifica-se que os eventos que podem ser rotulados como "simultâneos" com um dado evento não podem estar em uma relação direta de causa e efeito. Coleções de eventos simultâneos são percebidas de maneira diferente por diferentes observadores. Em vez disso, ao focar no "agora" como os eventos percebidos diretamente — e não como recordação ou especulação —, para um dado observador o "agora" assume a forma do cone de luz passado do observador. O cone de luz de um dado evento é definido objetivamente como a coleção de eventos em relação causal com esse evento, mas cada evento possui um cone de luz diferente associado a ele. Deve-se concluir que, nos modelos relativísticos da física, não há lugar para o "presente" como um elemento absoluto da realidade, sendo este apenas uma referência a coisas próximas de nós.[10] Einstein expressou isso da seguinte forma: "Pessoas como nós, que acreditam na física, sabem que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente".[11][12]

Cosmologia

Na cosmologia física, o tempo presente na cronologia do universo é estimado em 13,8 bilhões de anos após a singularidade que determinou a flecha do tempo. Em termos da história da expansão cósmica, estamos na era dominada pela energia escura, após o conteúdo de matéria do universo ter se diluído o suficiente para que a energia escura passasse a dominar a densidade total de energia. Também nos encontramos na Era Estelífera do universo, após tempo suficiente para que superaglomerados de galáxias tenham se formado (cerca de 5 bilhões de anos), mas antes de a expansão acelerada do universo remover o superaglomerado local além do horizonte cosmológico (em cerca de 150 bilhões de anos).[13]

Arqueologia, geologia, etc.

Na datação por radiocarbono, o "presente" é definido como o ano de 1950 d.C.

Ver também

Referências

  1. Sattig, Thomas (11 de maio de 2006). The Language and Reality of Time (em inglês). : Clarendon Press. 37 páginas. ISBN 978-0-19-927952-4 
  2. James, William (1890). The Principles of Psychology (em inglês). : H. Holt. 609 páginas 
  3. Hodder, Alfred (1901). The Adversaries of the Sceptic: Or, The Specious Present, a New Inquiry Into Human Knowledge (em inglês). : S. Sonnenschein & Company, Limited. pp. 36–56 
  4. McInerney, Peter K. (1992). Time and Experience. Temple University Press. p. 44. ISBN 978-1-56639-010-1.
  5. Hạnh, Thích Nhất (1990). Our appointment with life: the Buddha's teaching on living in the present. Parallax Press. p. 53. ISBN 978-0-938077-36-7.
  6. Rahula, Walpola (1974). What the Buddha Taught. : Grove Press. p. 72. ISBN 9780802130310. Consultado em 28 de abril de 2010 
  7. Consolatio Philosophae, Bk. 4
  8. Cline, Austin. «God Is Eternal: Timeless vs. Everlasting». Learn Religions (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2023 
  9. Irwin, William; White, Mark D. (2009). Watchmen and Philosophy: A Rorschach Test. John Wiley and Sons. p. 128.
  10. Rovelli, Carlo (8 de maio de 2018). The order of time. Segre, Erica; Carnell, Simon (tradução). New York: ISBN 978-0-7352-1610-5. OCLC 1020300173 
  11. Carta de Einstein à família de seu amigo de longa data Michele Besso, após saber de sua morte, (Março de 1955) conforme citado em Science and the Search for God: Disturbing the Universe (1979) por Freeman Dyson, Ch. 17, "A Distant Mirror",
  12. Tippett, Krista. «Einstein's God (NPR)». Speaking of Faith. American Public Media. Consultado em 31 de março de 2018. Cópia arquivada em 5 de janeiro de 2008 
  13. Krauss, Lawrence M.; Starkman, Glenn D. (2000). «Life, the Universe, and Nothing: Life and Death in an Ever-expanding Universe». Astrophysical Journal. 531 (1). pp. 22–30. Bibcode:2000ApJ...531...22K. arXiv:astro-ph/9902189Acessível livremente. doi:10.1086/308434