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Sakurajima | |
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Vista de Sakurajima a partir de Kagoshima continental. | |
Coordenadas | 31° 35′ N, 130° 39′ L |
Altitude | 1117 m (3665 pés) |
Localização | Kyūshū, Japão |
Última erupção | 24 de Julho de 2022 |
Sakurajima (桜島), também romanizado como Sakurashima,[1] é um estratovulcão ativo e antigamente era uma pequena ilha com o mesmo nome que agora está ligada com a ilha de Kyūshū, uma das quatro grandes ilhas do Japão e localiza-se na Província de Kagoshima no sul do país. O fluxo de lava da erupção de 1914 causou a ligação da antiga ilha com a Península de Osumi.[2]
A atividade vulcânica continua a ocorrer, despejando grandes quantidades de cinza vulcânica nos arredores do vulcão. Erupções anteriores criaram uma área montanhosa de areias brancas na região.[3]
Sakurajima é uma montanha de compósito, cujo cume é dividido em três picos: Kitadake (pico do norte), Nakadake (pico central) e Minamidake (pico do sul), o qual está ativo atualmente.[3]
O pico do norte (北岳, Kitadake) de hoje é o mais alto de Sakurajima, alcançando 1117 m de altitude.[3] A montanha está localizada numa parte da Baía de Kagoshima conhecida como Baía de Kinkō (錦江湾, Kinkōwan). A antiga ilha integra a cidade de Kagoshima.[4] A superfície desta península vulcânica é de cerca de 77 km².
Sakurajima está localizado na caldeira de Aira, formada em uma erupção enorme há 22 000 anos.[5] Milhares de quilômetros cúbicos de cinzas e púmice foram expelidos, causando o colapso da câmara magmática abaixo das aberturas em erupção. A caldeira resultante possui 20 km de comprimento. Houve tefra lançada a distâncias de até 1000 km do vulcão. Sakurajima é um vulcão ativo moderno do mesmo vulcão da caldeira de Aira
Sakurajima foi formado por atividade posterior dentro da caldeira, iniciando-se há cerca de 13 000 anos.[6] Está posicionado a aproximadamente 8 km ao sul do centro da caldeira. Sua primeira erupção, segundo registros históricos, ocorreu em 963 AD. A maior parte das suas erupções são estrombolianas,[7] afetando somente as áreas do cume, Nas erupções mais vastas, do tipo pliniana, aconteceram em 1471–1476, 1779–1782 e 1914.[8]
A atividade vulcânica em Kitadake cessou há cerca de 4900 anos: as erupções subsequentes se centraram em Minamidake.[9]
A erupção de 1914 foi a mais poderosa do século XX no Japão. Fluxos de lava encheram o estreito entre a ilha e o continente, transformando-os em uma península. O vulcão havia permanecido dormente durante mais de um século, até ao evento de 1914.[5]
A erupção de 1914 começou em 11 de janeiro. Quase todos os residentes haviam deixado a ilha nos dias anteriores, em resposta a vários sismos que os advertiram de que uma erupção era iminente. Inicialmente, a erupção foi bem explosiva, gerando colunas de erupção e fluxos piroclásticos, mas após um forte sismo em 13 de janeiro de 1914, que matou 35 pessoas, se tornou efusiva, criando um grande fluxo de lava.[5] Fluxos de lava são raros no Japão—o alto conteúdo de sílica dos magmas na região fazem com que erupções explosivas sejam mais comuns[10]—mas os fluxos de lava em Sakurajima continuaram por meses.[5]
A ilha cresceu, engolfando diversas ilhas menores próximas, e eventualmente se tornando conectada ao continente por um istmo estreito. Partes da baía de Kagoshima ficaram significativamente mais rasas, e as correntes marítimas foram afetadas, tornando-se mais altas.[5]
Durante os estágios finais da erupção, o centro da caldeira de Aira afundou cerca de 60 cm, devido à subsidência causada pelo esvaziamento da câmara magmática subjacente. O fato de a subsidência ter ocorrido no centro da caldeira, ao invés de diretamente abaixo de Sakurajima, evidenciou que o vulcão retirava o seu magma do mesmo reservatório que alimentou a antiga erupção que formou a caldeira.[5] A erupção inspirou parcialmente o filme de 1914 "Wrath of the Gods" ("A ira dos deuses"), centrando-se em uma maldição de família que ostensivamente causa a erupção.[11]
A atividade vulcânica em Sakurajima se tornou mais proeminente em 1955, e o vulcão tem entrado em erupção quase que constantemente desde então. Milhares de pequenas explosões ocorrem a cada ano, despejando cinzas a alturas de até alguns quilômetros acima da montanha. O Observatório do Vulcão Sakurajima foi criado em 1960 para monitorar estas erupções.[7]
O monitoramento do vulcão e previsões de grandes erupções são particularmente importantes devido a sua localização em uma área densamente povoada, com os 680 000 habitantes da cidade de Kagoshima somente a poucos quilômetros do vulcão. A cidade conduz testes de evacuação regulares, e diversos abrigos foram construídos para que as pessoas possam se refugiar dos detritos vulcânicos que possam cair.[12]
Frente aos perigos que representa às populações próximas, Sakurajima recebeu a distinção de Decade Volcano (Vulcão da Década) em 1991, sendo identificado como merecedor de estudo particular como parte da Década Internacional para a Redução de Desastres Naturais das Nações Unidas.[13]
Sakurajima faz parte do Parque Nacional de Kirishima-Yaku, e seus fluxos de lava são uma grande atração turística. A área ao redor de Sakurajima contém diversas estâncias turísticas de águas termais. Um dos principais produtos primários de Sakurajima é um enorme rabanete branco do tamanho de uma bola de basquetebol (sakuradaikon).[3]
Em 10 de março de 2009, o vulcão Sakurajima entrou em erupção, espalhando detritos até 2 km de distância. Uma erupção era já esperada, após uma série de pequenas explosões no fim-de-semana. Supõe-se que não tenha havido nenhum dano devido a esta última erupção.[14] Em 11 de setembro de 2012, entrou novamente em erupção, cuja atividade foi registrada por 4 câmeras, instaladas para monitorar as atividades do vulcão. O governo informou que cinzas foram expelidas a 4,57 km de altura.[15]