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Trióxido de arsênio | |
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Outros nomes | Óxido de arsênio(III), Sesquióxido de arsênio, Arsenicum album, Óxido arsenioso, Anidrido arsenioso |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
Número EINECS | |
Propriedades | |
Fórmula molecular | As2O3 |
Massa molar | 197.841 g/mol |
Aparência | Sólido branco |
Densidade | 3.86 g/cm³, sólido |
Ponto de fusão |
274°C |
Ponto de ebulição |
460°C |
Solubilidade em água | 2 g/100 ml (25°C) ver texto |
Acidez (pKa) | 9.2 |
Estrutura | |
Estrutura cristalina | cúbico (α)<180°C monoclínico (β) >180°C |
Forma molecular | ver texto |
Momento dipolar | Zero |
Termoquímica | |
Entalpia padrão de formação ΔfH |
−657.4 kJ/mol |
Entropia molar padrão S |
? J.K–1.mol–1 |
Riscos associados | |
Classificação UE | Muito tóxico (T+) Carc. Cat. 1 Perigoso para o ambiente (N) |
NFPA 704 | |
Frases R | R45, R28, R34, R35 |
Frases S | S53, S45, S60, S61 |
Compostos relacionados | |
Outros aniões/ânions | Trissulfeto de arsênio |
Outros catiões/cátions | Trióxido de fósforo Trióxido de antimônio |
Compostos relacionados | Pentóxido de arsênio Ácido arsenoso |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Trióxido de arsênio
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Nome IUPAC (sistemática)
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Identificadores
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APRD00171 | |
Informação química
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Farmacocinética
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Considerações terapêuticas
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Trióxido de arsênio, também conhecido como arsênico, é o mais importante composto comercializado do arsênio, e o principal material primário para a química do arsênio. É um subproduto altamente tóxico de determinados tipos de processamento de minério, como por exemplo a mineração de ouro.[1]
O trióxido de arsênio é um óxido anfótero o qual apresenta uma marcante preponderância para suas propriedades ácidas. Ele dissolve-se rapidamente em soluções alcalinas dando arsenitos. É muito menos solúvel em ácidos, mas irá dissolver-se em ácido clorídrico dando tricloreto de arsênio ou compostos relacionados. Reage com agentes oxidantes tais como o ozônio, o peróxido de hidrogênio e ácido nítrico dando pentóxido de arsênio, As2O5: a reação com peróxido de hidrogênio pode ser explosiva. E é também rapidamente reduzido a arsênio, e arsina (AsH3) pode também ser formada.
Moléculas tetraédricas, As4O6, na forma α e nos estados líquido e gasoso.
Já no século XVII, o chinês Chung Szi-Sung, no livro "A terapêutica secreta para o tratamento de doenças venéreas", indica o uso de substâncias à base de arsênio que, até a descoberta da penicilina, era o tratamento recomendado para sífilis, ministrado, por exemplo, na forma do fármaco Salvarsan, sintetizado por Paul Erlich.[2]
Modernamente, o arsênio e seus compostos, em especial o trióxido, encontram aplicação na medicina.
Trióxido de arsênio sob o nome Trisenox (fabricante: Cephalon) é um agente quimioterápico de função idiopática, usado para tratar leucemia que não apresente resposta as primeiros agentes da linha de tratamento. Suspeita-se que o trissulfeto de arsênio induza células cancerígenas a passar por apoptose. Devido à natureza tóxica do arsênico, esta droga carrega riscos significativos.
A enzima tioredoxina redutase tem recentemente sido identificada como o alvo para o trióxido de arsênio.[5]
Trióxido de arsênio é também muito comumente usado em medicina homeopática. Chamado por seu nome em latim, Arsenicum album, existem numerosas experimentações clínicas, animais e humanas, que mostram efeitos terapêuticos de doses homeopáticas.[6][7][8][9]
Um uso médico alternativo, pseudo-científico, muitas vezes invadido pelo charlatanismo, foi o de trióxido de arsênio e outros compostos de arsênio e ainda outras substâncias tóxicas nas pessoas acometidas de AIDS, inclusive por iniciativa própria, em especial nos anos 1980, como forma de eliminar a presença do vírus.
Trióxido de arsênio é facilmente absorvido pelo sistema digestivo: efeitos tóxico são também conhecidos após inalaçãoda poeira ou fumaça e após contato com a pele. A eliminação é rápida a princípio (meia vida de 1–2 dias), por metilação a ácido cacodílico e excreção na urina, mas uma certa quantidade (30–40% no caso de repetida exposição) é incorporado aos ossos, músculos, pele, cabelo e unhas (todos os tecidos ricos em queratina) e eliminado após um período de semanas ou meses.
Os primeiros sintomas de envenenamento agudo por arsênio por digestão são problemas digestivos: vômito, dores abdominais, diarreia frequentemente acompanhada por sangramento. Doses subletais podem conduzir a convulsões, problemas cardiovasculares, inflamação do fígado e rins e anormalidades na coagulação do sangue. Estes são seguidos pela aparição de linhas brancas características (listras de Mees) sobre as unhas e por perda de cabelo. Doses mais baixas conduzem a problemas de fígado e rins e a mudanças na pigmentação da pele.
Casos de envenenamento agudo são frequentemente após inalação e após contato com a pele com trióxido de arsênio. Os primeiros sinais são irritação severa do trato respiratório ou da pele exposta, seguido por problemas neurológicos a longo prazo. Mesmo as soluções diluídas de trióxido de arsênio são perigosas no contato com os olhos.
O envenenamento crônico por arsênio é conhecido como arsenicose: ocorre após exposição profissional (por exemplo, no esmaltar de metal), nas populações cujas águas potáveis contém níveis elevados de arsênico (0.3–0.4.ppm) e nos pacientes tratados por períodos longos com os fármacos baseados em arsênio.
O trióxido de arsênio tem sido apresentado como sendo um carcinogênico para humanos. Estudos em trabalhadores expostos em fundições de cobre nos EUA, Japão e Suécia indicam um risco de câncer de pulmão 6–10 vezes mais alto para os trabalhadores mais expostos comparados a população geral. A ingestão a longo prazo de trióxido de arsênio na água potável ou como um tratamento médico pode conduzir a câncer de pele. Os problemas reprodutivos (incidência elevada de parto prematuro, peso baixo no nascimento e deformações congênitas) têm sido relacionados também em um estudo com mulheres expostas à poeira de trióxido de arsênio no trabalho ou vizinhas de fundições de cobre.