No mundo de hoje, Valongo (freguesia) ganhou uma relevância sem precedentes. Seja pelo seu impacto na sociedade, na história, na cultura ou na vida quotidiana, Valongo (freguesia) tornou-se um tema de constante interesse e debate. Ao longo dos anos, evoluiu e deixou uma marca indelével no desenvolvimento da humanidade. Neste artigo exploraremos os diferentes aspectos e facetas de Valongo (freguesia), analisando sua importância e influência em diversas áreas. Desde a sua origem até à sua relevância contemporânea, mergulharemos numa análise detalhada para compreender melhor o papel que Valongo (freguesia) desempenha nas nossas vidas e no mundo em geral.
Valongo
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Freguesia | |
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Gentílico | valonguense |
Localização | |
Localização de Valongo em Portugal | |
Coordenadas | 41° 11′ 14″ N, 8° 30′ 08″ O |
Região | Norte |
Sub-região | Área Metropolitana do Porto |
Distrito | Porto |
Município | ![]() |
Código | 131505 |
Administração | |
Tipo | Junta de freguesia |
Presidente | Cláudia Lima |
Características geográficas | |
Área total | 20,24 km² |
População total (2021) | 25 882 hab. |
Densidade | 1 278,8 hab./km² |
Código postal | 4440-Valongo |
Outras informações | |
Orago | S.Mamede |
Sítio | https://www.jf-valongo.pt/ |
A Freguesia de Valongo, com sede na cidade que lhe deu o nome, é uma freguesia portuguesa do Município de Valongo com 20.24 km² de área[1] e 25882 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 1 278,8 hab./km².
A região da atual freguesia de Valongo, há cerca de 570 milhões de anos, estava submersa, o que deu origem a uma rica história geológica. Com o recuo do mar, rochas como xistos, grauvaques, quartzitos e conglomerados foram expostas, sofrendo ainda movimentações tectónicas. O mar avançou novamente no período Ordovícico, depositando sedimentos grossos que formaram ardósias e outras rochas xistentas com fósseis abundantes, especialmente trilobites,[3] que são atualmente uma mascote da freguesia.
Já durante os períodos Paleolítico e Mesolítico, a região de Valongo revela os vestígios remotos da presença humana. Artefactos primitivos, como machados, pontas e facas testemunham a passagem dos primeiros hominídeos por essas terras. Durante o Neolítico, houve um desenvolvimento cultural e artístico, com a utilização de instrumentos de xisto, osso e a produção de pequenas peças de cerâmica, e, desde então, diversos povos habitaram a atual freguesia de Valongo,[4] de entre os quais se destaca a cultura castreja, que floresceu na região antes da chegada dos Celtas e pode estar na origem da aldeia do Susão.[5]
Um exemplo do passado histórico da freguesia é a Casa da Orca, na Serra de Santa Justa, uma caverna esculpida pelo Homem numa imponente rocha.[4][6]
A partir das campanhas de Décimo Júnio Bruto, no século II a.C., o processo de romanização começa a fazer-se sentir nas comunidades nativas e, com a conquista definitiva do Noroeste Peninsular, no final do século I a.C., a região nunca mais seria a mesma.[6] O domínio romano está bem patente nos inúmeros fojos das Serra de Pias e de Santa Justa, que constituem prova da exploração do ouro e prata, riquezas que a região oferecia. Mas, mais importante ainda é o próprio nome da freguesia, que teve origem nas palavras latinas Vallis Longus (Vale Longo).[4] Durante a ocupação romana, Valongo tinha bastante importância política.[7] E pela atual zona de Susão passava uma estrada, vinda de Cale que seria parte do caminho mais utilizado para Roma.[5][8]
Esta região seria ainda ocupada por povos bárbaros, como suevos e visigodos, e mais tarde pelos Árabes e Mouros. Segundo relatos do Padre Lopes dos Reis, natural de Valongo, é provável que os habitantes locais não tenham oferecido resistência aos mouros, sendo deixados em paz durante esse período.[9] No entanto, chegaram aos dias de hoje bastantes lendas do tempo da ocupação muçulmana.[4]
Pinho Leal refere que a freguesia de Campo era conhecida em 897 por S. Martinho de Valongo e que a atual freguesia de Valongo (incluindo a "aldeia de Susão") pertencia de facto a S. Martinho de Valongo. Certo é que em 1062, a freguesia de São Mamede de Valongo (atual freguesia de Valongo) existia como padroado, concedido às freiras de S. Bento de Rio Tinto, e que verosimilmente teria a Capela de Nossa Senhora da Hora como Igreja Matriz.[4][10][11]
Nas Inquirições de 1295, é referido que a freguesia de Valongo incorporava o Julgado da Maia, onde continuaria inserido até à criação do concelho de Valongo, no século XIX.[4] Aparecen também as designações de Valongo de Cima (ou Susão) e Valongo de Baixo (ou Jusão).[5] Graças a essas Inquirações, sabe-se ainda que a indústria panificadora começava a crescer na região, havendo referência à construção de moinhos e açudes nas tais inquirições.[12]
No século XVI, Valongo Susão passa a designar-se apenas Susão e Valongo Jusão ganha o nome Valongo da Estrada,[4] contando juntos com 583 habitantes.[10] Nesta altura, apesar de Valongo se situar num fértil vale irrigado pelos rios Ferreira e Leça, a produção local começou a mostrar-se insuficiente para sustentar a crescente população, levando ao aparecimento dos almocreves, que eram a maioria da população ativa e estabeleciam comunicação com outras terras do país e mesmo do estrangeiro. Por outro lado, Valongo também se tornou conhecido pelo trabalho feminino: a terra das padeiras, das roscas e dos biscoitos, cuja comercialização contribuiu para o desenvolvimento sócio-económico da freguesia e levou a que, no século XVII, Valongo fosse o centro abastecedor de pão à cidade do Porto.[10][5]
Os séculos XVII e XVIII desenrolaram-se de uma forma mais ou menos pacífica, proporcionando-se assim o crescimento populacional desta região. Já o século XIX ficou caracterizado pelos seus conflitos, devido às invasões francesas e à Guerra Civil Portuguesa. Em 1836, é finalmente criado o concelho de Valongo, com sede na freguesia homónima.[4]
Em 1875, com inauguração da Linha do Douro, entram em funcionamento a Estação de Valongo e o Apeadeiro de Suzão. E, ainda no século XIX, começa a extração de ardósia destinada essencialmente à exportação para Inglaterra e Estados Unidos.[4] A 8 de dezembro de 1883, é inaugurada a iluminação pública na vila de Valongo, mas esta é interrompida em 1885 devido ao seu elevado custo, só sendo retomada em 1888. Em 1887, já tinha sido inaugurada a primeira Estação Telégrafo-Postal da freguesia, na vila de Valongo.[13]
Em 1911, a freguesia de Valongo era constituída por 4 localidades: Valongo (2961 habitantes), Susão (602 habitantes), Couce (70 habitantes) e Pereiras (23 habitantes).[14] Na segunda metade do século XX, Valongo viu um crescimento sem precedentes, levando a que os aglomerados de Susão e Valongo, previamente relativamente isolados, ficassem bastante mais conectados.[15] É também nesta época que surge o fascínio do hóquei em patins na freguesia, depois do grande resultado da equipa portuguesa no campeonato mundial de 1947, culminando com a fundação da Associação Desportiva de Valongo em 1955.[16]
Nos finais do milénio, a Câmara Municipal criou o projeto da "Nova Valongo", que pretendia criar um novo centro urbano onde se fixariam entre 17 a 20 mil pessoas, começando pela zona da Quinta da Lousa.[17] O projeto obteve forte oposição,[18][19] e acabou por ser abandonado antes de estar completo.[20]
No século XXI, Valongo destacou-se no seu trabalho ambiental e de sustentabilidade, tendo sido reconhecida com o prémio European Green Leaf 2022.[21]
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[23] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 3496 | 2936 | 10792 | 1474 |
2011 | 4476 | 2613 | 14465 | 2371 |
2021 | 3887 | 2905 | 15264 | 3826 |
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