Este artigo abordará o tema Yōkai, um assunto de grande relevância que tem chamado a atenção de especialistas e do público em geral nos últimos anos. Yōkai tem sido alvo de numerosos estudos e pesquisas devido ao seu impacto em vários aspectos da vida quotidiana, desde a saúde à economia. Ao longo do texto serão analisadas diferentes facetas de Yōkai, desde a sua história e evolução até às suas implicações na sociedade atual. Além disso, serão examinadas possíveis soluções e propostas para enfrentar os desafios colocados por Yōkai no mundo contemporâneo. Através de uma abordagem multidimensional, pretende-se oferecer ao leitor uma visão completa e atualizada de Yōkai, de forma a contribuir para o debate e compreensão deste fenómeno.
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Yōkai (妖怪, lit. demônio, espírito, ou monstro), também escrito como youkai, é uma classe de criaturas sobrenaturais do folclore japonês, que inclui o oni (lit. “ogro”), a kitsune (lit. “raposa”) e a yuki-onna (lit. “mulher da neve”). Alguns são humanos com características de animais, ou o contrário, como o Kappa (lit. “criança do rio”) e o Tengu (lit. “cães sagrados”). Um yōkai geralmente tem algum tipo de poder sobrenatural ou espiritual, e assim encontros com humanos tendem a ser perigosos. Um yōkai que tem a habilidade de se transformar é chamado de obake. O termo yōkai é ambíguo, e pode ser usado para designar todo tipo de monstro e criatura sobrenatural.
O folclorista Tsutomu Ema estudou a literatura e pinturas retratando yokai e henge (変 化, ou "mutantes") e os dividiu em categorias, como apresentado no Nihon Yokai Henge Shi e no Obake no Rekishi .
Na folclorística japonesa tradicional, os yokai são classificados (não muito diferente das ninfas da mitologia grega) por localização ou fenômeno associado à sua manifestação. Yokai são indexados no livro Sogo Nihon Minzoku Goi (A 日本 民俗 語彙, "Um Dicionário Completo do Folclore Japonês") como segue:
Han'yō (半妖, lit. yōkai mestiço) são seres híbridos, comumente retratados como filhos da relação entre yōkai e humanos, mantendo alguns poderes demoníacos, mas com um lado humano, ou de alguma outra espécie envolvida na história. Muito presente nas mitologias de vários mangás de sucesso, como InuYasha e Yu Yu Hakusho.
Apesar de ser quase desconhecido no Brasil, Shigeru Mizuki foi o mangaka que popularizou estas criaturas através de seu grande sucesso GeGeGe no Kitarō em uma época na qual o cientificismo forte do pós-guerra japonês estava levando estas criaturas do imaginário popular a serem ignoradas como meras superstições. Além da importância cultural e sociológica do tema, os yōkai estimulam a criatividade dos artistas japoneses em todos os tempos.
Os yōkai estão presentes nas pinturas ukiyo-e Gazu Hyakki Yagyō ou Ezu Hyakki Yakō de Sekien Toriyama. Em romances como Kwaidan de Yakumo Koizumi — pseudônimo do pesquisador inglês, Lafcadio Hearn e Ubume no Natsu de Natsuhiko Kyōgoku.
Devido ao seu forte caráter fantástico, são frequentemente utilizados como personagens em mangás e animes japoneses como Ge Ge Ge no Kitarō de Shigeru Mizuki, Dororo de Osamu Tezuka, Ushio to Tora de Kazuhiro Fujita, InuYasha e Ningyo Series de Rumiko Takahashi, Yu Yu Hakusho de Yoshihiro Togashi, Natsume Yuujinchou de Yuki Midorikawa, Jigoku Sensei Nube de Takeshi Okano e Sho Makura, Mokke de Takatoshi Kumakura, ×××HOLiC de CLAMP, Tactics de Sakura Kinoshita e Kazuko Higashiyama, Nurarihyon no Mago de Hiroshi Shiibashi, além de muitos outros. Também, em séries live-action como Kamen Rider Hibiki, filmes como Sakuya Yōkai-den (2000) e Kwaidan (1965), e jogos, como a popular série Touhou Project, Kamisama Hajimemashita e Yo-Kai Watch. Um programa infantil que aborda a temática youkai é Escola dos Monstros (Bakeruno Shōgakkō Hyūdoro-gumi) , exibido no Japão de 2003 e 2006 e no Brasil em 2006.