No mundo de hoje, Arcos de Valdevez ganhou uma relevância sem precedentes. Seja no âmbito laboral, académico, cultural ou social, Arcos de Valdevez tornou-se um tema de interesse geral que desperta curiosidade e necessidade de compreensão. Este fenômeno tem gerado intermináveis debates, pesquisas e reflexões em torno do seu impacto e relevância na sociedade contemporânea. Neste artigo exploraremos em profundidade os diferentes aspectos relacionados a Arcos de Valdevez, desde suas origens históricas até suas implicações no dia a dia das pessoas. Através de uma análise detalhada, procuramos lançar luz sobre este tema e oferecer novas perspectivas que nos permitam compreender a sua importância no mundo atual.
Arcos de Valdevez | |
![]() Rio Vez, em Arcos de Valdevez.
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Gentílico | arcuense |
Área | 447,60 km² |
População | 20 718 hab. (2021) |
Densidade populacional | 46,3 hab./km² |
N.º de freguesias | 36 |
Presidente da câmara municipal |
João Manuel Esteves (PSD, 2021-2025) |
Fundação do município (ou foral) |
1515 |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Alto Minho |
Distrito | Viana do Castelo |
Província | Minho |
Orago | São Paio e Divino Salvador |
Feriado municipal | 11 de julho (São Bento) |
Código postal | 4970 Arcos de Valdevez |
Sítio oficial | http://www.cmav.pt |
Arcos de Valdevez é uma vila raiana portuguesa localizada na sub-região do Alto Minho, pertencendo à região do Norte e ao distrito de Viana do Castelo.
É sede do município homónimo, tendo uma área total de 447,60 km2[1], 20.718 habitantes em 2021[2] e uma densidade populacional de 46 habitantes por km2, subdividido em 36 freguesias[3]. O município é limitado a norte pelo município de Monção, a nordeste por Melgaço, a leste pela região autónoma da Galiza, a sul por Ponte da Barca, a sudoeste e a oeste por Ponte de Lima e a oeste por Paredes de Coura.
O chamado Torneio de Arcos de Valdevez, também conhecido por "Recontro de Valdevez", foi um importante e decisivo episódio da História de Portugal ligado aos primeiros tempos da nacionalidade, sendo o antecedente da celebração do Tratado de Zamora em 1143.
No ano de 1662, durante a Guerra da Restauração, a vila foi incendiada pelo general governador de armas de Castela D. Baltazar Rojas Pantoja, que estabeleceu o seu quartel-general no Paço de Giela, numa ofensiva sobre o Minho.
O ponto mais alto do município situa-se na Pedrada,[4] com a altitude de 1416 metros, na Serra de Soajo.[5]
O município de Arcos de Valdevez está dividido em 36 freguesias:
Freguesia | Residentes (2021)[6] |
---|---|
Aboim das Choças | 295 |
Aguiã | 707 |
Álvora e Loureda | 378 |
Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela | 1676 |
Arcos de Valdevez (Salvador), Vila Fonche e Parada | 2754 |
Ázere | 207 |
Cabana Maior | 177 |
Cabreiro | 324 |
Cendufe | 308 |
Couto | 646 |
Eiras e Mei | 322 |
Gavieira | 258 |
Gondoriz | 861 |
Grade e Carralcova | 450 |
Guilhadeses e Santar | 1172 |
Jolda (Madalena) e Rio Cabrão | 421 |
Miranda | 245 |
Monte Redondo | 196 |
Oliveira | 327 |
Paçô | 970 |
Padreiro (Salvador e Santa Cristina) | 349 |
Padroso | 197 |
Portela e Extremo | 323 |
Prozelo | 815 |
Rio de Moinhos | 433 |
Rio Frio | 536 |
Sabadim | 410 |
São Jorge e Ermelo | 713 |
São Paio de Jolda | 316 |
Senharei | 164 |
Sistelo | 199 |
Soajo | 670 |
Souto e Tabaçô | 913 |
Távora (Santa Maria e São Vicente) | 848 |
Vale | 662 |
Vilela, São Cosme e São Damião e Sá | 476 |
Total | 20718 |
Esta localidade foi anteriormente conhecida como Arcobriga durante o períodos romano[7] e visigótico, sendo que este nome resulta da aglutinação dos étimos Arcus[8], que em latim significa para «arco», e Briga, que provém do celta antigo e significa «povoação fortificada».[9] A primeira parte do topónimo moderno, «Arcos», ainda preserva parte desse nome original.[7]
Quanto à segunda parte deste topónimo, "Valdevez", diz respeito ao vale do rio Vez.[7] Por seu turno, este rio tem um nome de origem céltica, sendo que há outros rios europeus, que também foram designados com base nesse mesmo étimo celta, designadamente o rio Bétis (hoje em dia designado Guadalquivir), em Espanha, e em França, os rios Bèze e Béziers, que por seu turno deram nome às respectivas localidades homónimas.[7]
A Porta do Mezio[10], uma das cinco portas do Parque Nacional da Peneda Gerês[11], é o hall de entrada para a magnífica imensidão das montanhas e vales do Soajo e Peneda. Um território tão magnífico que a UNESCO o considera Reserva Mundial da Biosfera. Na Porta, para além de ficar a conhecer todos os pormenores necessários para se aventurar pelas florestas e montes, pode passar momentos de descontração e grande diversão com a família e amigos.
As vantagens naturais de um município integrado no singular Parque Nacional da Peneda-Gerês, declarado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, fazem também de Arcos de Valdevez um destino turístico que oferece uma riqueza ambiental, paisagística e a biodiversidade de um território de excelência no contexto nacional e internacional.
Este Parque prima pela riqueza das suas belíssimas paisagens, por entre serras, grandes altitudes, planaltos, vales, barragens, cascatas e uma fauna e flora riquíssima que se quer preservada.
Para além de toda a beleza natural, é igualmente uma zona de tradições e costumes, já habitada desde o período neolítico, de pequenas aldeias que sabiamente combateram o passar do tempo, encontrando-se importantes vestígios arqueológicos de tempos distantes (como os Dólmenes do planalto de Castro Laboreiro ou da serra do Soajo), e um espírito comunitário muito próprio, subsistindo mormente através da agricultura, da pastorícia e da pecuária.
Em termos de flora, as espécies mais características no Parque são o carvalho, o medronheiro, o azevinho, o azereiro ou o pinheiro e diversas espécies de arbustos como urzes e giestas, bem como espécies apenas encontradas na zona do gerês: o lírio-do-gerês, o feto-do-gerês e o hipericão-do-gerês.
Neste ambiente idílico, de abundância de água e floresta cerrada, a fauna que aqui encontra o seu habitat é, também ela, abundante e especial. Entre tantas outras, na área do Parque Nacional encontram-se o javali, o veado, o texugo, a lontra, a marta, o esquilo, o lobo, o corço, a águia-real, o falcão, a víbora negra, a cobra-d’água, o lagarto d’água, a salamandra, entre tantos outros.
Existem diversos percursos previamente elaborados e devidamente identificados para melhor usufruir da fantástica beleza natural deste idílico Parque, entre eles: Percursos pedestres de curta duração, com ou sem guia; Trilhos de longo curso, para percorrer a pé ou de bicicleta; Trilho histórico da Geira Romana; Trilho equestre de longa duração, com guia; Percursos de automóvel, para um reconhecimento rápido do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
O Parque oferece igualmente um Centro de Informação, um Centro de Interpretação e um Núcleo Eco-museológico.
O município é marcado por uma paisagem verde, com flora e fauna abundante, arquitectura solarenga e um rio que marca a vida arcuense. Segundo alguns estudiosos, o Rio Vez é o menos poluído da Europa. Com uma localização geográfica atractiva, o Turismo Rural também é muito frequente, e são muitos aqueles que não perdem uma visita ao Parque Nacional Peneda-Gerês, ao Soajo, e à Peneda. Envolta em montanhas, a vila apresenta recantos e miradouros de uma beleza única, realçando-se a Serra da Peneda e os miradouros de Adrão e Penedo da Meadinha. Sistelo, também conhecido como "o pequeno Tibete português", é famoso pelos seus socalcos, que surgem pela necessidade de aumentar a superfície agrícola e de contrariar os declives. No que se refere ao património cultural, destacamos os monumentos, a arqueologia, os valores artísticos e etnográficos relacionados com a arte popular, ofícios e utensílios, o folclore, as festas e exposições aliados a uma gastronomia típica e variada.
Vale a pena acompanhar a zona verde junto ao rio Vez e parar numa esplanada. Na margem direita, caminha-se por simpáticas ruas pedonais.
O Circuito Bio Saudável[12] nas margens do Rio Vez promove a actividade física e o lazer de toda a família num ambiente saudável, bem como atrai mais e novos visitantes que cada vez mais procuram o contacto com a natureza e a descoberta das riquezas da região. Em simultâneo, também se praticam outras actividades desportivas ao ar livre, como as caminhadas, as corridas ao ar livre, os passeios de bicicleta, a prática futebolística, entre outras.
Em vários pontos, surgem as casas antigas, bem recuperadas, como a setecentista Casa do Terreiro, hoje Casa das Artes e Biblioteca Municipal. [13]
O Paço de Giela, um dos mais importantes monumentos do município e classificado como monumento de interesse nacional desde 1910, é um dos mais interessantes exemplos de habitação nobre em meio rural da Idade Média em Portugal. Composto por uma torre medieval e um paço quinhentista, foi adquirido pelo município arcuense e alvo de um projecto de valorização específico, que consolidou todo o seu potencial arquitectónico e histórico. A intervenção dotou o imóvel de valências culturais e de promoção turística, e foi inaugurado a 11 de Julho de 2015.
Os pratos típicos desta terra são a Carne da Cachena, o Cozido à Minhota, o Cabrito e os Rojões e papas de Sarrabulho, na doçaria é de referir o bolo de discos, os charutos dos Arcos, os rebuçados dos Arcos e o Pão-de-Ló de Soajo.
Data | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | Participação |
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PPD/PSD | PS | CDS-PP | FEPU/APU/CDU | AD | PRD | CH | |||||||||
1976 | 43,81 | 4 | 23,72 | 2 | 21,11 | 1 | 4,31 | - | 55,51 / 100,00 | ||||||
1979 | AD | 26,81 | 2 | AD | 4,59 | - | 64,88 | 5 | 65,20 / 100,00 | ||||||
1982 | 40,83 | 3 | 22,76 | 2 | 26,99 | 2 | 5,20 | - | 63,36 / 100,00 | ||||||
1985 | 51,80 | 5 | 19,34 | 1 | 18,42 | 1 | 3,40 | - | 3,13 | - | 62,29 / 100,00 | ||||
1989 | 51,80 | 4 | 31,85 | 3 | 8,86 | - | 3,39 | - | 62,02 / 100,00 | ||||||
1993 | 64,07 | 6 | 19,24 | 1 | 7,63 | - | 5,06 | - | 60,51 / 100,00 | ||||||
1997 | 59,12 | 5 | 27,85 | 2 | 5,87 | - | 3,52 | - | 60,12 / 100,00 | ||||||
2001 | 67,44 | 5 | 24,57 | 2 | 4,14 | - | 60,62 / 100,00 | ||||||||
2005 | 66,56 | 5 | 24,88 | 2 | 2,39 | - | 2,11 | - | 60,43 / 100,00 | ||||||
2009 | 68,29 | 6 | 19,81 | 1 | 6,39 | - | 1,90 | - | 52,51 / 100,00 | ||||||
2013 | 53,14 | 4 | 26,24 | 2 | 11,44 | 1 | 3,24 | - | 50,89 / 100,00 | ||||||
2017 | 67,81 | 6 | 17,68 | 1 | 5,62 | - | 3,86 | - | 53,63 / 100,00 | ||||||
2021 | 58,28 | 5 | 30,32 | 2 | 2,50 | - | 2,13 | - | 2,68 | - | 57,08 / 100,00 |
Data | % | |||||||||||||||
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PSD | PS | CDS | PCP | UDP | AD | APU/ | FRS | PRD | PSN | BE | PAN | PSD CDS |
L | CH | IL | |
1976 | 46,59 | 22,34 | 14,48 | 3,25 | 0,40 | |||||||||||
1979 | AD | 23,46 | AD | APU | 0,75 | 57,05 | 3,93 | |||||||||
1980 | FRS | 0,56 | 65,24 | 4,90 | 19,83 | |||||||||||
1983 | 42,68 | 28,43 | 16,07 | 0,26 | 4,42 | |||||||||||
1985 | 41,69 | 20,13 | 17,31 | 1,35 | 3,72 | 7,95 | ||||||||||
1987 | 58,80 | 20,72 | 7,78 | CDU | 0,48 | 2,03 | 2,25 | |||||||||
1991 | 65,37 | 21,21 | 5,74 | 2,18 | 0,84 | 0,80 | ||||||||||
1995 | 52,10 | 33,66 | 7,79 | 0,38 | 2,20 | |||||||||||
1999 | 50,04 | 36,05 | 7,47 | 2,02 | 0,42 | 0,61 | ||||||||||
2002 | 56,64 | 30,19 | 6,73 | 1,07 | 0,97 | |||||||||||
2005 | 44,56 | 39,30 | 6,96 | 1,61 | 2,65 | |||||||||||
2009 | 40,79 | 36,45 | 9,19 | 1,85 | 4,85 | |||||||||||
2011 | 54,41 | 25,71 | 9,56 | 2,11 | 2,49 | 0,64 | ||||||||||
2015 | CDS | 27,37 | PSD | 2,50 | 4,39 | 0,58 | 55,15 | 0,23 | ||||||||
2019 | 43,95 | 34,79 | 4,56 | 2,36 | 4,23 | 1,96 | 0,48 | 0,45 | 0,36 | |||||||
2022[15] | 41,60 | 42,07 | 2,31 | 1,49 | 1,83 | 0,75 | 0,52 | 4,35 | 2,00 | |||||||
2024[16] | AD | 27,74 | AD | 42,98 | 0,90 | 2,29 | 1,24 | 1,22 | 15,04 | 2,46 |
★ Os Recenseamentos Gerais da população portuguesa, regendo-se pelas orientações do Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853, tiveram lugar a partir de 1864, encontrando-se disponíveis para consulta no site do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Número de habitantes [17] | |||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 |
29 064 | 30 907 | 31 271 | 31 968 | 33 567 | 33 306 | 32 163 | 37 283 | 39 381 | 38 739 | 34 355 | 31 156 | 26 976 | 24 761 | 22 847 | 20 718 |
Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por grupo etário [18] [19] | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 | |
0-14 Anos | 9 900 | 10 653 | 10 633 | 11 217 | 12 782 | 13 052 | 12 990 | 11 485 | 8 542 | 5 371 | 3 184 | 2 579 | 1 923 |
15-24 Anos | 5 542 | 5 649 | 5 693 | 5 861 | 6 149 | 6 259 | 5 704 | 4 590 | 4 998 | 3 560 | 3 185 | 2 080 | 1 790 |
25-64 Anos | 14 068 | 14 394 | 14 296 | 14 369 | 15 304 | 16 300 | 16 260 | 14 375 | 12 617 | 12 093 | 11 762 | 11 131 | 9 547 |
= ou > 65 Anos | 2 091 | 2 321 | 2 274 | 2 436 | 2 705 | 3 201 | 3 785 | 3 915 | 4 999 | 5 952 | 6 630 | 7 057 | 7 458 |
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
A vila de Arcos de Valdevez é geminada com as seguintes cidades:[20]