Neste artigo contaremos tudo o que você precisa saber sobre Francisco Ayala. Desde as suas origens até à sua relevância nos dias de hoje, passando pelas suas diferentes aplicações e pelo seu impacto em diversas áreas. Você descobrirá como Francisco Ayala evoluiu ao longo do tempo e como influenciou diferentes aspectos de nossas vidas. Apresentaremos também a opinião de especialistas no tema, bem como dados e estatísticas relevantes que o ajudarão a compreender a importância de Francisco Ayala no mundo atual. Não perca esta análise completa em Francisco Ayala!
Aos dezasseis anos mudou-se para Madrid, onde estudou Direito, Filosofia e Letras. Nesta época publicou as suas duas primeiras novelas, Tragicomedia de un hombre sin espíritu e Historia de un amanecer.
Foi letrado das Cortes desde a proclamação da República. No começo da Guerra Civil estava a dar conferências na América do Sul, e durante a mesma exerceu como funcionário do Ministério de Estado.
No final da República exilou-se em Buenos Aires, onde passou dez anos trabalhando e colaborando na revista Sur e no diário La Nación. Nesse tempo foi co-fundador da revista Realidad.
Posteriormente, ainda na década de 1950, Ayala passou a residir em Porto Rico, país no qual deu cursos na Faculdade de Direito da Universidade de Porto Rico, convidado pelo Decano da instituição, o renomeado jurista Manuel Rodríguez Ramos. De Porto Rico viajou para os Estados Unidos da América, onde deu aulas de Literatura espanhola nas universidades de Princeton, Rutgers, Nova Iorque (NYU) e Chicago, embora mantendo estreitas ligações intelectuais e culturais com Porto Rico, onde igualmente viveram longos exílios Pau Casals e Juan Ramón Jiménez, entre outros.
A crítica dividiu geralmente a trajetória narrativa de Francisco Ayala em duas etapas: a anterior e a posterior à Guerra Civil.
Na primeira etapa escreveu Tragicomedia de un hombre sin espíritu (1925) e Historia de un amanecer (1926), que se inscrevem numa linha narrativa tradicional. Com El boxeador y un ángel (1929) e Cazador en el alba (1930) aborda a prosa vanguardista. Em ambas as coleções de contos predomina o estilo metafórico, o brilhantismo expressivo, a falta de interesse pela anedota e o fascínio pelo mundo moderno.
Após um longo silêncio, Francisco Ayala iniciou a sua segunda etapa no exílio com El hechizado (1944), relato sobre a tentativa de um crioulo de se encontrar com o rei Carlos II de Espanha e que faz parte em 1949 de Los usurpadores, livro composto por sete narrativas cujo tema comum é a ânsia do poder. A história serve aqui para refletir sobre o passado, a fim de conhecer com maior profundidade o presente. Também em 1949 publica La cabeza del cordero, conjunto de relatos sobre a Guerra Civil Espanhola, nos quais presta maior atenção à análise das paixões e comportamentos das personagens que à crónica de acontecimentos externos. Muertes de perro (1958) constitui uma denúncia da situação de um povo submetido a uma ditadura, ao mesmo tempo que apresenta a degradação humana num mundo sem valores. El fondo del vaso (1962) é um complemento da novela anterior, que está presente neste novo relato através dos comentários que dela fazem as personagens. A ironia converte-se no recurso central desta obra, ainda que uma maior compreensão com o género humano vá substituindo o desprezo. Em algumas ocasiões, como em El hechizado, aproxima-se do mundo existencial e absurdo de Franz Kafka, com uma denúncia implícita da imoralidade e estupidez do poder.
Depois destas novelas Francisco Ayala continuou publicando relatos, como os recolhidos em El As de Bastos (1963), El rapto (1965) e El jardín de las delicias (1971), livro que se baseia no contraste entre a objetividade satírica da primeira parte, «Diablo mundo», e o tom evocativo, subjetivo e lírico da segunda, «Días felices». Em 1982 apareceu De triunfos y penas, e em 1988 El jardín de las malicias, onde recolheu seis contos escritos em diferentes épocas da sua vida.
Grande importância tem também a sua obra ensaística, que abrange temas políticos e sociais, reflexões sobre o presente e o passado de Espanha, o cinema e a literatura.
Escreveu umas interessantes memórias: "Recuerdos y olvidos" (1982, 1983, 1988 e 2006).
Em 16 de março de 2006 cumpriu 100 anos de idade. Foi membro da Academia de Buenas Letras de Granada.
'Miradas sobre el presente: ensayos y sociología, 1940-1990', Coleção Obra Fundamental, Fundación Santander, Seleção e Prólogo de Alberto J. Ribes Leiva (Madrid, 2006).
K. Ellis, El arte narrativo de Francisco Ayala (Madrid, 1964)
F. Ayala, Obras narrativas completas, prólogo de A. Amorós (México, 1969)
E. Irizarry, Teoría y creación literaria en Francisco Ayala (Madrid, 1970)
R. Hiriart, Los recursos técnicos en la novelística de Francisco Ayala (Madrid, 1972)
A. Amorós, Bibliografía de Francisco Ayala (Nueva York, 1973)
Mermall, Th. Las alegorías del poder en Francisco Ayala (Madrid, 1983)
AA. VV., Francisco Ayala (Barcelona, 1989).
Ribes Leiva, A. J., Paisajes del siglo XX: sociología y literatura en Francisco Ayala, Ed. Biblioteca Nueva (Madrid, 2007).
Ribes Leiva, A. J., "La mirada sociológica y el compromiso con el presente de Francisco Ayala", en F. Ayala, Miradas sobre el presente, Colección Obra Fundamental, Fundación Santander (Madrid, 2006).
AMORÓS, A., (1980): «La narrativa de Francisco Ayala", en Francisco Rico, (Coord.), Historia y Crítica de la Literatura española, Época Contemporánea,1939-1980, Yndurain, F., Barcelona, Crítica.
Amorós, Andrés: Bibliografía de Francisco Ayala Nueva York, Centro de Estudios Hispánicos, 1973
Amorós, A., y otros Francisco Ayala: Premio Nacional de las Letras Españolas 1988 Madrid, Ministerio de Cultura, 1990
IGLESIAS DE USSEL, J., (2002): «Tiempo y espacio en Ayala», en VVAA, La sociedad: teoría e investigación empírica. Librohomenaje a José Jiménez Blanco, Madrid, CIS.
JASINSKI, Isabel. (2012). A condição de estrangeiro: literatura e exílio em Francisco Ayala. Curitiba: Editora UFPR. ISBN 9788573353082
JULIÁ, S., (1997): «Francisco Ayala», Claves de la razón práctica, Julio/Agosto, n.° 74.
PULIDO TIRADO, (1992): «La etapa crítico literaria de francisco Ayala en la Revista de Occidente (1927-
1930)», en Sánchez Triguero y Chicharro Chamorro (eds.), Francisco Ayala. Teórico y crítico literario, Granada, Diputación Provincial de Granada.
RICHMOND, C., (1978): «Prólogo» en Ayala, F., El jardín de las delicias. El tiempo y yo, Madrid, Espasa-
Calpe.
Richmond, C.,(1992): «Introducción» en Ayala, F., Los Usurpadores, Madrid, Cátedra, Pp: 9-96.
SÁNCHEZ TRIGUEROS, A., y CHICHARRO CHAMORRO, A., (eds.), (1992): Francisco Ayala. Teórico y crítico literario, Granada, Diputación Provincial de Granada.
I. SOLDEVILA DURANTE (ed.) (2001): Max Aub,Francisco Ayala: epistolario, 1952-1972, Valencia, Fundación Max Aub.
V.A. (1992): Anthropos, N.° 139, diciembre. Número monográfico dedicado a F. Ayala.
V.A. (2008): La Torre. Homenaje a Francisco Ayala. Puerto Rico, Universidad de Puerto Rico, 2008
Enriqueta Antolín: Ayala sin olvidos Madrid, Espasa Calpe, 1993
Maryellen Bieder: Narrative Perspective in the Post-Civil War Novels of Francisco Ayala: Muertes de perro and El fondo del vaso. North Carolina, University of North Carolina, 1979
Salustiano de Campo (ed.): Francisco Ayala, sociólogo. Madrid, Instituto de España, 2007
Luis García Montero: Francisco Ayala y el cine. Madrid, Visor, 2006
Luis García Montero: Francisco Ayala. El escritor en su siglo. Granada, Diputación, 2009
Luis García Montero e outros: Francisco Ayala. El escritor en su siglo. Madrid, Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales, 2006
Rafael Juárez e Juan Vida (eds.)Retratos y autorretratos de Francisco Ayala. Sevilla, Fundación José Manuel Lara, 2006
Rosa Navarro Durán e Á. García Galiano: Retrato de Francisco Ayala. Barcelona, Galaxia Gutenberg, 1996