Neste artigo, exploraremos o impacto de Insuficiência cardíaca em diferentes aspectos da sociedade contemporânea. Desde a sua influência na economia até à sua relevância no domínio da saúde, Insuficiência cardíaca desempenhou um papel fundamental na formação do nosso mundo de hoje. Através de uma análise abrangente, examinaremos como Insuficiência cardíaca moldou as nossas percepções, comportamentos e decisões, bem como a sua projeção futura. Com esta abordagem abrangente, pretendemos lançar luz sobre a complexidade e o alcance de Insuficiência cardíaca, dando voz a diversas perspectivas e enriquecendo o debate em torno deste tema de ressonância global.
Insuficiência cardíaca | |
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Principais sinais e sintomas de insuficiência cardíaca | |
Sinónimos | Insuficiência cardíaca crónica, insuficiência cardíaca congestiva[1][2][3] |
Especialidade | Cardiologia |
Sintomas | Falta de ar, fadiga, pernas inchadas[4] |
Duração | Geralmente para toda a vida |
Causas | Enfarte do miocárdio, hipertensão arterial, ritmo cardíaco anormal, excesso de álcool, infeções, lesões no coração[4][5] |
Fatores de risco | Fumar, estilo de vida sedentário |
Método de diagnóstico | Ecocardiograma[6] |
Condições semelhantes | Insuficiência renal, doenças da tiroide, doenças do fígado, anemia, obesidade[7] |
Medicação | Diuréticos, medicamentos cardíacos[6][8] |
Frequência | 40 milhões (2015),[9] 2% dos adultos (países desenvolvidos)[5][10] |
Mortes | Risco de morte de 35% no primeiro ano[4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | I50.0 |
CID-9 | 428.0 |
DiseasesDB | 16209 |
MedlinePlus | 000158 |
eMedicine | med/3552 |
MeSH | D006333 |
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Insuficiência cardíaca (IC), muitas vezes descrita como insuficiência cardíaca congestiva (ICC), é uma condição em que o coração é incapaz de bombear sangue na corrente sanguínea em quantidade suficiente para dar resposta às necessidades do corpo.[11][12][13] Os sinais e sintomas mais comuns incluem falta de ar, fadiga e pernas inchadas.[4] A falta de ar geralmente agrava-se com o exercício físico ou em posição deitada, e é capaz de acordar a pessoa durante a noite.[4] Existe também uma capacidade limitada para a realização de exercício físico.[14] A dor torácica, incluindo angina, geralmente não é um sintoma de insuficiência cardíaca.[15]
Entre as causas mais comuns de insuficiência cardíaca estão a doença arterial coronária, incluindo um episódio anterior de enfarte do miocárdio, hipertensão, fibrilação auricular, valvopatia, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, infeções e miocardiopatia de causa desconhecida.[4][5] Estes causam insuficiência cardíaca, alterando a estrutura ou do funcionamento do coração.[4] Existem dois tipos principais de insuficiência cardíaca: insuficiência cardíaca devido à disfunção do ventrículo esquerdo e insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal, dependo de estar ou não afetada a capacidade do ventrículo de se contrair, ou da capacidade do coração em relaxar.[4] A gravidade da doença é geralmente classificada em função do grau de problemas ao realizar exercício.[7] A insuficiência cardíaca não é o mesmo que enfarte do miocárdio (em que parte do músculo cardíaco morre) nem que paragem cardiorrespiratória (em que a corrente sanguínea é interrompida).[16][17] Entre outras doenças com sintomas semelhantes à insuficiência cardíaca estão a obesidade, insuficiência renal, problemas no fígado, anemia e doenças da tiroide.[7]
O diagnóstico da condição tem por base o histórico de sinais e sintomas e um exame físico confirmado por ecocardiografia.[6] As análises ao sangue, um eletrocardiograma e radiografia de tórax podem ajudar a determinar a causa subjacente.[6] O tratamento depende da gravidade e da causa da doença.[6] Em pessoas com insuficiência crónica moderada e estável, o tratamento geralmente consiste em modificações do estilo de vida como deixar de fumar,[8] praticar exercício físico,[18] alterações na dieta e medicação.[8] Em pessoas com insuficiência cardíaca devida a disfunção do ventrículo esquerdo, é recomendada a administração de inibidores da enzima de conversão da angiotensina e antagonistas do recetor da angiotensina II.[6] Em pessoas com doença grave, podem ser usados antagonistas da aldosterona ou hidralazina com um nitrovasodilatador.[6] Os diuréticos são úteis na prevenção de retenção de fluidos.[8] Por vezes, dependendo da causa, pode ser recomendado o implante de um dispositivo como um pacemaker ou um cardioversor desfibrilhador implantável.[6] Em alguns casos moderados ou graves pode ser sugerida terapia de ressincronização cardíaca[19] ou modulação da força de contração muscular.[20] Em pessoas com doença grave que não responderam a outros tratamentos pode ser recomendado um dispositivo de assistência ventricular ou um transplante de coração.[8]
A insuficiência cardíaca é uma condição comum, com elevados custos e potencialmente fatal.[5] Em países desenvolvidos, cerca de 2% dos adultos são afetados pela doença, valor que aumenta para 6–10% em pessoas acima dos 65 anos de idade.[5][10] No ano seguinte ao diagnóstico, o risco de morte é de cerca de 35%, diminuindo a partir daí para menos de 10% em cada ano.[4] Este risco é semelhante ao de alguns tipos de cancro.[4] No Reino Unido, a doença é responsável por 5% dos casos de admissão urgente no hospital.[4] A insuficiência cardíaca é conhecida desde a Antiguidade e já era mencionado no Papiro de Ebers, datado de cerca de 1550 a.C.[14]
É um acontecimento súbito e catastrófico de grande risco e que ocorre devido à qualquer situação que torne o coração incapaz de uma ação eficaz. Geralmente a Insuficiência Cardíaca Aguda é consequente a um infarto do miocárdio, ou a uma arritmia severa do coração. Existem ainda as Insuficiências Cardíacas Agudas provocadas por doenças não cardíacas. A Insuficiência Cardíaca Aguda é uma situação grave, exige tratamento médico emergencial, e mesmo assim é, muitas vezes, fatal.
Exemplo delas são a hemorragia severa, o traumatismo cerebral grave e o choque elétrico de alta voltagem.
É o estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores, ou pode fazê-lo apenas a partir de uma pressão de enchimento elevada.[21]
A Insuficiência Cardíaca Congestiva pode aparecer de modo agudo mas geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos. Sendo uma condição crônica, gera a possibilidade de adaptações do coração o que pode permitir uma vida prolongada, às vezes com alguma limitação aos seus portadores, se tratada corretamente.
Suas principais complicações variam conforme o lado afetado do coração. Uma insuficiência cardíaca congestiva esquerda reduz o bombeamento de sangue do ventrículo esquerdo, causando acúmulo de sangue no átrio esquerdo, e consequentemente na circulação pulmonar; o que muitas vezes pode levar a edemas pulmonares, manifestando-se clinicamente com falta de ar. Já do lado direito do coração, há retenção sanguínea no ventrículo e átrio direitos, causando congestão da circulação sistêmica — a principal manifestação clínica é a presença de inchaço (edema), principalmente nos membros inferiores.[22][23] A insuficiência cardíaca congestiva também pode se apresentar de forma biventricular — condição geralmente iniciada por uma ICC esquerda, que congestiona a circulação pulmonar, dificultando a ejeção do ventrículo direito, causando ICC direita. Os sintomas são pulmonares e sistêmicos.
No mundo: 23 milhões de casos.
Nos EUA: Maior problema de saúde pública; 5,2 milhões de casos; 550 mil novos casos/ano; 12 a 15 milhões de consultas médicas; 6,5 milhões de dias de internamentos/ano; reinternamentos em 30-50% em 6 meses; 300 000 mortes anuais; 54 000 mortes diretas; Custo de U$ 15 bilhões/ano/ internamentos.
No Brasil: 6,5 milhões de doentes; 30% é internado anualmente; 4% de todas as internações; 31% das internações cardiovasculares; 380 000 hospitalizações/ano; média de 5,8 dias cada; R$ 200 milhões anuais; 5,6 a 6,0% de mortalidade hospitalar.
Quando a IC se inicia por diminuição da força do miocárdio (músculo cardíaco), o processo segue com alterações no próprio músculo e no organismo como um todoː
O número de sistemas envolvidos é muito grande e apenas parcialmente conhecido. A interação entre estes múltiplos sistemas leva a progressiva diminuição da capacidade do coração funcionar como efetiva bomba propulsora sangue.
O médico faz o diagnóstico através de um exame clínico:
A base do diagnóstico de qualquer doença é a história clínica, onde são identificados os sintomas da pessoa doente. Os possíveis sintomas de Insuficiência cardíaca são:
No exame físico são identificados sinais da doença. Sinais são dados objetivos, que sensibilizam algum sentido do observador, como a visão ou o tato. São possíveis sinais da Insuficiência cardíaca:
Existem numerosos métodos complementares que mostram alterações devida a Insuficiência cardíaca. Cada um deles tem o potencial de ver uma aspecto particular da doença, e como o próprio nome diz, completam a busca de informações feita pelo Terapeuta ao analisar a doença. Não existe um melhor, existe os indicados para aquela situação. São métodos comumente usados na avaliação da Insuficiência cardíaca:
Há a necessidade de tratar, se possível, a doença subjacente que desencadeou a Insuficiência Cardíaca Congestiva, temos a estenose da válvula aórtica ou mitral, e a hipertensão arterial.
Deve-se também tratar o coração insuficiente. Para isso, restringe-se a ingestão de sal. É aconselhável emagrecer. Usam-se medicamentos chamados diuréticos, além de outros que agem diretamente no músculo cardíaco ou que corrigem as arritmias existentes. Com essas medidas, um médico consegue prolongar por anos a vida de um paciente acometido de Insuficiência Cardíaca Congestiva. Poderá haver necessidade de transplante cardíaco como última solução.
Neste grupo de medidas se enquadram:
Neste grupo de medidas se enquadram as seguintes classes de medicações:
Existem muitas substâncias sob investigação, como:
Neste grupo se enquadram os procedimentos que buscam corrigir defeitos estruturais do coração ou promover ajuda mecânica à contração.
Neste grupo estão as técnicas que procuram formar novo tecido muscular cardíaco a partir de células progenitoras, chamadas células estaminais. Esta terapia ainda está em estudo em seres humanos (2006), devendo vir a ser disponibilizada para prática clínica após os resultados dos últimos trabalhos científicos.