Napster

Napster
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Desenvolvedor Rhapsody International Inc.
Plataforma Multiplataforma
Lançamento 1999
Idioma(s) Multi linguagem
Sistema operativo Android, iOS, Windows e Web
Gênero(s) Streaming, P2P
Estado do desenvolvimento Ativo
Página oficial www.napster.com

Napster, criado por Shawn Fanning e seu co-fundador Sean Parker, é um serviço de streaming de música pertencente à Rhapsody Internatonal Inc, contando com aproximadamente 40 milhões de faixas. Anteriormente, foi o programa de compartilhamento de arquivos em rede P2P criado em 1999, que protagonizou o primeiro grande episódio na luta jurídica entre a indústria fonográfica e as redes de compartilhamento de música na Internet. Compartilhando, principalmente, arquivos de música no formato MP3, o Napster permitia que os usuários fizessem o download de um determinado arquivo diretamente do computador de um ou mais usuários de maneira descentralizada, uma vez que cada computador conectado à sua rede desempenhava tanto as funções de servidor quanto as de cliente.

História

A primeira versão foi lançada na Internet em 1999. Seu criador visava facilitar a forma como obtinha músicas MP3 na Internet - nesta época, isso não era tarefa fácil, era preciso domínio de muitas ferramentas, esforço e sobretudo paciência. Foi então que Shawn Fanning teve a brilhante ideia: "Que bom que seria se todo mundo pudesse compartilhar as suas coleções de músicas e baixar novos arquivos MP3 diretamente nos computadores dos outros usuários".

O Napster começou a ganhar popularidade já no início de 2000 quando também veio a se tornar uma empresa. Novas versões eram lançadas mensalmente e o número de usuários quadruplicava todas as semanas. Em seu auge, em Janeiro de 2001, o Napster teve um pico de 8 milhões de usuários conectados trocando diariamente um volume estimado de 20 milhões de canções.

No início de 2001 não resistiu a uma série de ações legais e o serviço foi fechado em março. Várias companhias da indústria fonográfica decidiram processar o serviço, acusando de promover a pirataria e possibilitar a troca de arquivos de áudio protegidos por direito autoral. Os servidores do Napster foram desligados após uma batalha judicial travada entre seus operadores e a Recording Industry Association of America (RIAA) e, em dezembro de 2002, foi comprado pelo grupo Roxio, fabricante de softwares para gravação de CD e DVD, e passou a vender as músicas arquivadas aos usuários. As grandes empresas da indústria fonográfica, como a Sony e a Warner acusaram o Napster de violar a Lei de Copyright, ajudando a disseminar ilegalmente arquivos protegidos por tal lei. A banda Metallica se declarou publicamente contra o Napster. O baterista da banda, Lars Ulrich, tomou a frente das acusações, movendo ações legais contra o software. Se no início do ano de 2001, artistas uniram-se à batalha contra o file sharing, no cenário musical era possível encontrar artistas com opinião contrária, defendendo a forma utilizada pelo público para consumo da música. Tom Morello é um exemplo. Quando a Sony, proprietária legal dos direitos de suas músicas, utilizou a Digital Millenium Copyright Act (DMCA, sigla para Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital em português), para bloquear usuários que compartilhavam faixas do álbum Renegades por meio do Napster, Morello declarou-se totalmente ofendido com a decisão de sua gravadora, anunciando que outras faixas em MP3 estariam disponíveis para download no site da banda.

Mas a revolução não acabou e mudou a indústria fonográfica para sempre: isso porque novos programas que faziam o mesmo que o Napster surgiram no mesmo ano - WinMX, Kazaa, eDonkey, Morpheus, Audiogalaxy.

Napster Network

Napster Network é uma rede de P2P, a primeira rede popularizada foi a utilizada pelo programa Napster e sendo encerrada em 2001. Foi criada uma rede paralela no final de 2016, chamada também de OpenNap. É importante frisar que o Napster atualmente é um serviço de compra de músicas pela Internet e possui uma estrutura cliente-servidor tradicional.

Legado

O Napster e o MP3 são associados a revolução da música digital que mudou a indústria da música para sempre. As gravadoras tiveram perdas massivas na vendas de álbuns em meio físico, ano após ano desde 2000. Foi então que a Apple Inc. começou a vender música em formato digital (AAC) pela iTunes Music Store por um preço abaixo do que os aplicados pelas gravadoras, começando a lucrar com negócio. Além de oferecer música online por um preço acessível, as primeiras interfaces da loja virtual de Steve Jobs era muito parecida com o próprio Napster. A semelhança ajudou que os usuários se adaptassem facilmente a nova forma de consumir música. Porém, na época, o que mais importava com esse novo negócio da Apple era a venda de seu tocador de música digital, o iPod. O player acompanhou a revolução na música digital; ao comprar uma música na iTunes Store, era muito fácil transferir os arquivos para o iPod. Mesmo com essas iniciativas de sucesso na comercialização de música digital online, ainda hoje é possível obter música em formato MP3 de forma ilegal e não autorizada através de aplicações como eMule, Ares Galaxy e BitTorrent. O aplicativo BitTorrent, muitas vezes confundido com o próprio torrent, é um dos mais conhecidos e utilizados para o compartilhamento de arquivos torrent. Por permitir que arquivos maiores circulassem na rede, o torrent foi responsável por um episódio parecido ao acontecido com o Napster, a acusação do The Pirate Bay.

Atualidade

Hoje em dia, o Napster é um serviço de streaming de músicas online com o plano de R$ 17,90. Contando com cerca de 60 milhões de faixas, 4 milhões de álbuns e 2 milhões de artistas, nele há rádios personalizadas de acordo com gênero musical, que vão se aperfeiçoando com o tempo de uso, e recursos como o Car Mode, que facilita a navegação quando o usuário está dirigindo, o Kids Mode, otimizado para crianças e uma ferramenta exclusiva, o EarPrint, onde o usuário pode personalizar o som de acordo com sua audição. Além disso, está disponível em diversos países como: Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e EUA, entre outros. A empresa também fez parcerias com a operadora Vivo, o Portal Terra, o time Corinthians e a Rede Transamérica.

Cronologia

Ver também

Referências

  1. «Napster deixa de existir». Tecnoblog 
  2. «Napster no tribunal». Link - Estadão 
  3. «Processos contra o The Pirate Bay». Wikipedia 
  4. «Best Buy compra o Napster». Jornal Extra 
  5. «Napster entra na venda de música online». Olhar Digital 
  6. «Napster é comprado pelo Rhapsody». Techtudo