Orhan Pamuk

Orhan Pamuk
Orhan PamukOrhan Pamuk em 2009
Nome completo Ferit Orhan Pamuk
Nascimento 7 de junho de 1952 (71 anos)
Istambul,  Turquia
Residência Nova Iorque,  Estados Unidos
Nacionalidade turco
Ocupação Romancista
Principais trabalhos A Cidadela Branca (Beyaz Kale),
Os Jardins da Memória (Kara Kitap),
Vida Nova (Yeni Hayat),
O Meu Nome É Vermelho (Benim Adım Kırmızı)
Prêmios Prêmio Literário Internacional IMPAC de Dublin (2003)

Prémio Médicis estrangeiro (2005)
Nobel de Literatura (2006)

Movimento literário Literatura pós-moderna
Página oficial
http://www.orhanpamuk.net

Ferit Orhan Pamuk, conhecido apenas como Orhan Pamuk (Istambul, 7 de Junho de 1952), é um escritor e professor de literatura da Universidade Columbia turco; vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2006, sendo o primeiro turco a ter ganho um Nobel e o escritor de maior sucesso comercial de seu país. Seus trabalhos foram traduzidos em mais de cinquenta línguas e além do Nobel ele já recebeu vários outros prêmios notórios como o Sonning Prize em 2012 e o International Dublin Literary Award em 2003.

Biografia

Pamuk nasceu em Istambul em 1952, filho do engenheiro civil Gündüz Pamuk (1925-2002), tendo crescido em uma abastada família burguesa em declínio, uma experiência que ele descreve na passagem de romances seus como O Livro Negro e O Senhor Cevdet e Seus Filhos, bem como mais profundamente no seu Istambul: Memórias e a Cidade. Teve uma educação no Robert College da Turquia e passou a estudar arquitetura na Universidade Técnica de Istambul. Abandonando a escola de arquitetura três anos depois, tornou-se escritor em tempo integral e, em 1976, graduou-se no Intituto de Jornalismo da Universidade de Istambul. Dos 22 a 30 anos, Pamuk conviveu com sua mãe, escreveu seu primeiro romance e tentou encontrar uma editora para a publicação.

Em 1 de março de 1982, Pamuk casou-se com Aylin Turegen, historiadora. De 1985 a 1988, enquanto sua esposa graduava a Universidade Columbia, Pamuk adquiriu o direito de visitar a instituição e utilizou este tempo para realizar pesquisas e escreveu seu romance O Livro Negro.

Pamuk retornou para Istambul. Ele e sua mulher tiveram uma filha chamada Rüya nascida em 1991, cujo nome significa "sonho" em turco. Em 2001, ele e Aylin divorciaram-se.

Fama

Logo após a publicação do seu terceiro romance, o nome de Pamuk começa a ter repercussão além fronteiras. A Cidadela Branca (Beyaz Kale, 1985) é assim contemplado com o primeiro de muitos prémios literários internacionais. Nesta obra o autor começa a experimentar técnicas pós-modernas, distanciando-se claramente do naturalismo dos seus primeiros trabalhos.

Entre 1985 e 1988, Pamuk residiu em Nova Iorque, trabalhando como professor convidado na Universidade de Columbia. Durante a sua estadia escreveu grande parte do livro que iria começar a cimentar a sua reputação internacional e que teve um acolhimento muito favorável por parte do escritor norte-americano John Updike: Kara Kitap. Com os títulos de Os Jardins da Memória na edição portuguesa e The Black Book, na edição inglesa, foi publicado já após o seu regresso a Istambul, em 1990, e constituiu um ponto de viragem na sua carreira, graças ao sucesso que granjeou entre o público. Em 1992, esta controversa obra foi levada ao grande ecrã pelo seu compatriota Ömer Kavur, tendo sido o próprio Pamuk a escrever o guião do filme, intitulado Gizli Yüz (The Secret Face).

O Nobel

Em 1995, publica o romance Vida Nova (Yeni Hayat), que em breve se tornaria num dos livros mais lidos de sempre na Turquia.

A consagração definitiva dos críticos literários viria em 1998, com O Meu Nome É Vermelho (Benim Adım Kırmızı), um romance onde fantasia e realidade andam de mãos dadas e em que o mistério, o amor e a reflexão filosófica se entrelaçam sobre o pano de fundo de uma Istambul do século XVI, onde por vezes irrompe a Istambul dos dias de hoje. Esta obra valeu-lhe o prestigiado International IMPAC Dublin Literary Award de 2003, além de outros dois prémios. Em O Meu Nome É Vermelho, Pamuk narra a história de um cadáver que conhece seu assassino numa reconstituição do Império Otomano e sua tradição de ilustração de livros no final do século XVI. Mas o que o catapultou definitivamente para a fama mundial entre o grande público foi o facto de ter sido galardoado, a 12 de Outubro de 2006, com o Nobel de Literatura. Na alegação onde a Academia Sueca justificava a atribuição do prémio, é de destacar a seguinte frase: "Em busca da alma melancólica da sua cidade natal, Pamuk encontrou novos símbolos para retratar o choque e o cruzamento de culturas".

Öteki Renkler ("Outras Cores") acaba de ser publicado em português (foi lançado em outubro - veja resenha do livro em https://web.archive.org/web/20110101065610/http://cultura.updateordie.com/).

Outros escritos de Pamuk são: nsaios 1999 , romance, 2002; İstanbul: Hatıralar ve Şehir, memórias; Babamın Bavulu ("A Mala do Meu Pai"), três comunicações, 2007 - nenhum traduzido para o português ainda.

Actividades políticas

Pamuk é uma figura de proa na Turquia na defesa dos direitos políticos dos curdos, tendo sido processado em 1995 juntamente com outros escritores por publicarem uma série de ensaios muito críticos em relação ao tratamento dado aos curdos pela Turquia.

Em 2005 Pamuk foi acusado de "insultar e desacreditar a identidade turca" numa entrevista concedida a Das Magazin, um suplemento semanal de vários jornais diários suíços.

Na entrevista, o escritor afirmava que "ninguém se atreve a falar" do genocídio contra o povo arménio levado a cabo pela Turquia durante a Primeira Guerra Mundial e da posterior matança de 30 mil curdos. O caso foi levado à justiça turca, e Pamuk teve mesmo que prestar declarações em tribunal. Este caso suscitou grande polémica internacional e o romancista tornou-se conhecido um pouco por todo o mundo.

Obras

Livros publicados no Brasil

Reconhecimentos

Doutoramentos Honoris Causa:

Referências

  1. http://arsiv.sabah.com.tr/2008/09/01//haber,C462F3CF81E14986B64C5BE92C0111BB.html
  2. The Nobel Prize in Literature 2006

Ligações externas