Amarante | |
Amarante e rio Tâmega
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Gentílico | Amarantino |
Área | 301,33 km² |
População | 56 264 hab. (2011) |
Densidade populacional | 186,7 hab./km² |
N.º de freguesias | 26 |
Presidente da câmara municipal |
José Luís Gaspar (PPD/PSD/CDS-PP, 2021-2025) |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Tâmega e Sousa |
Distrito | Porto |
Província | Douro Litoral |
Orago | São Gonçalo de Amarante |
Feriado municipal | 8 de Julho (data de elevação a cidade) |
Código postal | 4600 Amarante |
Sítio oficial | www.cm-amarante.pt |
Município de Portugal |
Amarante é uma cidade portuguesa localizada na sub-região do Tâmega e Sousa, pertencendo à região do Norte e ao distrito do Porto.
É sede do Município de Amarante que tem uma área total de 301,33 km2, 52.116 habitantes em 2021 e uma densidade populacional de 173 habitantes por km2, subdividido em 26 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Celorico de Basto, a nordeste por Mondim de Basto, a leste por Vila Real e por Santa Marta de Penaguião, a sul por Baião, Marco de Canaveses e Penafiel, a oeste por Lousada e a noroeste por Felgueiras.
O comércio e o serviços centram-se principalmente na cidade de Amarante. O actual presidente da Câmara Municipal de Amarante é José Luís Gaspar, do Partido Social-Democrata.
Amarante teve provavelmente a sua origem nos povos primitivos que habitaram a serra da Aboboreira (habitada desde a Idade da Pedra), embora se desconheça exactamente o nome dos seus fundadores. Contudo, só começou a adquirir importância e visibilidade após a chegada de São Gonçalo (1187-1259), nascido em Tagilde, Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém. A este santo se atribui a construção da velha ponte sobre o Rio Tâmega.
Centro históricoAmarante torna-se alvo de peregrinações e a povoação foi crescendo. Já no Século XVI, D. João III ordena a construção do Mosteiro de São Gonçalo sobre a capela junto à ponte sobre o Rio Tâmega, onde segundo a tradição São Gonçalo terá vivido e foi sepultado.
Em 1763, ocorre a derrocada da velha Ponte de São Gonçalo devido às cheias do Rio Tâmega. Nos anos seguintes foi reconstruída com o aspecto que ainda hoje apresenta.
No início do século XIX, Napoleão Bonaparte tenta invadir Portugal e sobre Amarante passaram também estas invasões francesas, sendo palco do heróico episódio da Defesa da Ponte de Amarante que valeu ao General Silveira o título de Conde de Amarante e a própria vila de Amarante teve a honra de ser agraciada com o colar da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito que reflecte no seu brasão municipal. Após este episódio criam-se planos para a reconstrução da vila, pois os franceses tinham incendiado quase a totalidade das casas.
As reformas liberais do século XIX reorganizaram administrativamente o território e em 1855 extinguiram-se os municípios de Gouveia, Gestaço e Santa Cruz de Ribatâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias e ainda algumas de Celorico de Basto.
Solar dos Magalhães, incendiado pelas tropas francesas.O apogeu cultural dá-se nos inícios do século XX, graças a amarantinos como Teixeira de Pascoaes nas letras e Amadeo de Souza-Cardoso na pintura.
Foi feita Dama da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 21 de Novembro de 1925.
Amarante adquiriu estatuto de cidade a 8 de Julho de 1985, sendo esta também a data do seu feriado municipal.
O concelho de Amarante é fortemente marcado pelo seu relevo. Além disso, é também o maior concelho do Distrito do Porto, tendo cerca de 30 000 hectares de superfície (301,3 km²). Atravessado pelo rio Tâmega, cerca de 80% da superfície do concelho encontra-se abaixo dos 600 metros de altitude. No entanto, tal situação não impede de nele estar inserida uma das mais altas serras do país, o Marão, que tem cumes que atingem os 1415 metros, e a serra da Aboboreira. Outros rios que passam ao longo do concelho são o Ovelha, o Olo e o Odres.
O solo é maioritariamente formado por granito, com predomínio da biotite. Há também algumas zonas de xisto dispersas pelo concelho.
O município de Amarante é administrado por uma Câmara Municipal, composta pelo Presidente e oito vereadores. Existe uma Assembleia Municipal, que é o órgão deliberativo do município, constituída por 53 deputados, dos quais 26 são Presidentes de cada uma das freguesias do concelho.
Depois das eleições autárquicas de 2013, um presidente e três vereadores são da coligação Afirmar Amarante (PSD/CDS-PP), quatro do Partido Socialista (PS) e um do movimento independente Amarante Somos Todos. O actual Presidente da Câmara de Amarante é José Luís Gaspar, pela coligação PSD/CDS, que foi eleito pela primeira vez para o cargo com cerca de 39% dos votos. A maioria das cadeiras da assembleia municipal e das juntas de freguesias são dominadas pelo PS.
Desde as primeiras eleições livres, após o fim do período do Estado Novo, que houve três fases distintas nas inclinações partidárias do município. A câmara foi governada pelo PSD entre 1976 e 1985. No entanto, de 1989 a 2013, o PS venceu todas as autárquicas, primeiro com Francisco Assis entre 1989 e 1995, e depois com Armindo Abreu, de 1995 a 2013. De realçar que em 1993 e em 1997, o PS garantiu as únicas maiorias absolutas em autárquicas neste concelho, com 58,8% e 58,48% dos votos, respectivamente. Em 2013, o PSD, em coligação com o CDS-PP, volta a ganhar a presidência da autarquia com José Luís Gaspar, embora sem maioria absoluta e com o PS a curta distância, a continuar a manter a presidência da assembleia municipal e a maioria das juntas de freguesia do concelho.
Data | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | Participação |
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PPD/PSD | PS | CDS-PP | FEPU/APU/CDU | GDUP | LCI | PCTP/ MRPP | UDP/BE | PSR | IND | PSD-CDS | ADN | CH | |||||||||||||||
1976 | 43,77 | 4 | 31,23 | 3 | 7,74 | - | 7,42 | - | 2,15 | - | 1,62 | - | 0,91 | - | 0000000000062.4462,44 / 100,00 | ||||||||||||
1979 | 44,07 | 4 | 30,69 | 3 | 9,79 | - | 9,08 | - | PSR | 0,96 | - | 1,70 | - | 0000000000074.8674,86 / 100,00 | |||||||||||||
1982 | 41,40 | 4 | 35,95 | 3 | 9,73 | - | 7,17 | - | 1,43 | - | 0000000000072.3872,38 / 100,00 | ||||||||||||||||
1985 | 45,31 | 4 | 31,64 | 2 | 12,42 | 1 | 6,34 | - | 1,04 | - | 0000000000066.4166,41 / 100,00 | ||||||||||||||||
1989 | 33,21 | 2 | 45,64 | 4 | 14,25 | 1 | 3,67 | - | 0000000000067.1367,13 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1993 | 33,39 | 2 | 58,79 | 5 | 4,07 | - | 1,52 | - | 0000000000071.5871,58 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1997 | 58,48 | 5 | 27,82 | 2 | 2,88 | - | 5,51 | - | 0000000000064.6264,62 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2001 | 40,53 | 3 | 46,69 | 4 | 2,84 | - | 2,65 | - | BE | 3,66 | - | BE | 0000000000064.8764,87 / 100,00 | ||||||||||||||
2005 | 25,66 | 2 | 41,94 | 3 | (a) | 1,26 | - | 1,20 | - | 27,60 | 2 | 0000000000071.2271,22 / 100,00 | |||||||||||||||
2009 | 44,50 | 2 | 46,66 | 5 | 2,18 | - | 2,07 | - | 2,16 | - | 0000000000065.0465,04 / 100,00 | ||||||||||||||||
2013 | CDS-PP | 37,55 | 4 | PPD/PSD | 2,07 | - | 1,75 | - | 15,69 | 1 | 39,09 | 4 | 0000000000060.4960,49 / 100,00 | ||||||||||||||
2017 | 36,61 | 3 | 1,55 | - | 1,70 | - | 55,43 | 6 | 1,93 | - | 0000000000061.4661,46 / 100,00 | ||||||||||||||||
2021 | 38,88 | 4 | 1,65 | - | 2,13 | - | 52,49 | 5 | 2,01 | - | 0000000000061.8561,85 / 100,00 |
(a) A Concelhia do CDS-PP apoiou indiretamente a lista independente de Avelino Ferreira Torres nas eleições de 2005.
Data | % | |||||||||||||||
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PSD | PS | CDS | PCP | UDP | AD | APU/ | FRS | PRD | PSN | BE | PAN | PSD CDS |
L | IL | CH | |
1976 | 37,22 | 32,50 | 13,20 | 3,44 | 0,91 | |||||||||||
1979 | AD | 35,09 | AD | APU | 2,39 | 46,87 | 7,68 | |||||||||
1980 | FRS | 1,82 | 50,44 | 6,46 | 31,66 | |||||||||||
1983 | 34,94 | 44,38 | 7,57 | 1,11 | 6,24 | |||||||||||
1985 | 32,79 | 25,42 | 8,06 | 1,57 | 7,70 | 18,40 | ||||||||||
1987 | 53,40 | 26,35 | 3,67 | CDU | 0,79 | 5,24 | 3,18 | |||||||||
1991 | 55,18 | 32,28 | 3,78 | 2,86 | 0,46 | 0,86 | ||||||||||
1995 | 40,99 | 48,26 | 4,55 | 0,30 | 2,33 | 0,42 | ||||||||||
1999 | 34,97 | 52,80 | 4,99 | 2,63 | 0,40 | 1,55 | ||||||||||
2002 | 44,92 | 42,13 | 6,04 | 2,23 | 1,67 | |||||||||||
2005 | 31,83 | 52,45 | 5,00 | 2,46 | 4,14 | |||||||||||
2009 | 33,12 | 45,79 | 7,18 | 2,91 | 6,95 | |||||||||||
2011 | 44,43 | 36,87 | 6,46 | 2,92 | 3,15 | 0,45 | ||||||||||
2015 | CDS | 36,17 | PSD | 3,72 | 7,31 | 0,64 | 44,13 | 0,36 | ||||||||
2019 | 33,84 | 42,11 | 3,20 | 2,45 | 7,30 | 1,75 | 1,15 | 0,68 | 0,45 | |||||||
2022 | 34,14 | 47,91 | 1,41 | 1,58 | 3,23 | 0,81 | 0,76 | 2,86 | 3,90 |
★ Os Recenseamentos Gerais da população portuguesa, regendo-se pelas orientações internacionais da época (Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853), tiveram lugar a partir de 1864.
★★ De acordo com os dados do INE o distrito do Porto registou em 2021 um decréscimo populacional na ordem dos 1.7% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho de Amarante esse decréscimo rondou os 7.4%.
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Face aos resultados do censo de 2021 verificam-se as seguintes alterações relativamente ao censo de 2011: -32% no grupo dos 0 aos 14 anos; -15% no grupo dos 15 aos 24 anos; -9% no grupo dos 25 aos 64 anos e +28% no grupo dos 65 e mais anos.
A população tem realizado um significativo crescimento nos dois últimos séculos, passando de 1 416 habitantes em 1801 para 56 264 em 2011. No entanto, nas últimas décadas, a taxa de crescimento tem decrescido. Entre 1960 e 2004, verificou-se um aumento de somente 27,6%. Tal justifica-se principalmente pelo elevado surto de emigração verificado nas décadas de 60 e 70, das freguesias periféricas dos centros urbanos de Amarante e Vila Meã, para países europeus como a Alemanha, França ou Suíça.
Desde a reorganização administrativa de 2012/2013, o município de Amarante está dividido em 26 freguesias:
A cidade de Amarante é geminada com as seguintes cidades:
As principais actividades económicas do concelho são a agricultura, presente em todas as freguesias, da qual se destaca a produção de vinhos verdes. Outros sectores importantes são a construção civil, a transformação de madeiras, o pequeno comércio e a indústria.
A pecuária, a silvicultura, a hotelaria e a metalomecânica, juntamente com os serviços, completam o tecido económico das várias freguesias que compõem o concelho. O turismo é um sector com fortes potencialidades, dadas as características ambientais e patrimoniais do concelho.
No passado, o sector secundário foi uma das principais marcas de progresso do concelho. No entanto, tal como em várias outras regiões do país, nos últimos anos assistiu-se ao encerramento de importantes fábricas de mobiliário e metalomecânica, que afectaram a economia local.
Comunicação social No concelho existem vários jornais e rádios a trabalhar activamente. Entre as muitas edições semanais ou mensais concelhias, destacam-se o «Jornal de Amarante», o «Repórter do Marão», o «Notícias de Figueiró» e, ainda, a revista online BIRD Magazine.
A nível de rádio, existem duas: a «GoloFM» (89.2) e a «ERA FM - Emissora Regional de Amarante» (92.7). Ambas emitem em FM, sendo a GoloFM parte de uma rede regional de emissores detida por João Vinhas que inclui outros emissores locais (94.8 Bombarral/região Oeste e 96.0/105.6 Ponte de Sor, para o Alentejo e Ribatejo) e que retransmitem a emissão licenciada para o concelho de Amarante, que pode ser escutada em todo o distrito do Porto e no Minho. A ERA FM é a principal estação de âmbito local de Amarante e transmite para todo o Vale do Sousa.
Na cidade:
No concelho:
Largo de São Gonçalo de AmaranteMunicípios do Distrito do Porto | ||
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Capital: Porto |
Controle de autoridade |
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