Hoje em dia, Amarante (Portugal) tornou-se um tema relevante na sociedade moderna. Com o avanço da tecnologia e as constantes mudanças na esfera social, Amarante (Portugal) adquiriu uma importância significativa que não pode ser esquecida. Para melhor compreender este fenómeno é necessário analisar as suas diferentes dimensões, desde as suas implicações na vida quotidiana até ao seu impacto na economia e na política. Neste artigo exploraremos as diversas facetas de Amarante (Portugal) e sua influência em nosso dia a dia, a fim de oferecer uma visão abrangente de sua relevância hoje.
Amarante | |
![]() Amarante e rio Tâmega
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Gentílico | amarantino |
Área | 301,33 km² |
População | 56 264 hab. (2011[1]) |
Densidade populacional | 186,7 hab./km² |
N.º de freguesias | 26 |
Presidente da câmara municipal |
Jorge Ricardo[2] (PPD/PSD/CDS-PP, 2021-2025) |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Tâmega e Sousa |
Distrito | Porto |
Província | Douro Litoral |
Orago | São Gonçalo de Amarante |
Feriado municipal | 8 de Julho (data de elevação a cidade) |
Código postal | 4600 Amarante |
Sítio oficial | www.cm-amarante.pt |
Amarante é uma cidade portuguesa localizada na sub-região do Tâmega e Sousa, pertencendo à região do Norte e ao distrito do Porto.
É sede do Município de Amarante que tem uma área total de 301,33 km2[3], 52.116 habitantes[4] em 2021 e uma densidade populacional de 173 habitantes por km2, subdividido em 26 freguesias[5]. O município é limitado a norte pelo município de Celorico de Basto, a nordeste por Mondim de Basto, a leste por Vila Real e por Santa Marta de Penaguião, a sul por Baião, Marco de Canaveses e Penafiel, a oeste por Lousada e a noroeste por Felgueiras.
O comércio e o serviços centram-se principalmente na cidade de Amarante. O actual presidente da Câmara Municipal de Amarante é Jorge Ricardo, eleito pela coligação Afirmar Amarante (PPD/PSD/CDS-PP).[2]
Amarante teve provavelmente a sua origem nos povos primitivos que habitaram a serra da Aboboreira (habitada desde a Idade da Pedra), embora se desconheça exactamente o nome dos seus fundadores. Contudo, só começou a adquirir importância e visibilidade após a chegada de São Gonçalo (1187-1259), nascido em Tagilde, Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém. A este santo se atribui a construção da velha ponte sobre o Rio Tâmega.
Amarante torna-se alvo de peregrinações e a povoação foi crescendo. Já no Século XVI, D. João III ordena a construção do Mosteiro de São Gonçalo sobre a capela junto à ponte sobre o Rio Tâmega, onde segundo a tradição São Gonçalo terá vivido e foi sepultado.
Em 1763, ocorre a derrocada da velha Ponte de São Gonçalo devido às cheias do Rio Tâmega. Nos anos seguintes foi reconstruída com o aspecto que ainda hoje apresenta.
No início do século XIX, Napoleão Bonaparte tenta invadir Portugal e sobre Amarante passaram também estas invasões francesas, sendo palco do heróico episódio da Defesa da Ponte de Amarante que valeu ao General Silveira o título de Conde de Amarante e a própria vila de Amarante teve a honra de ser agraciada com o colar da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito que reflecte no seu brasão municipal. Após este episódio criam-se planos para a reconstrução da vila, pois os franceses tinham incendiado quase a totalidade das casas.
As reformas liberais do século XIX reorganizaram administrativamente o território e em 1855 extinguiram-se os municípios de Gouveia, Gestaço e Santa Cruz de Ribatâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias e ainda algumas de Celorico de Basto.
O apogeu cultural dá-se nos inícios do século XX, graças a amarantinos como Teixeira de Pascoaes nas letras e Amadeo de Souza-Cardoso na pintura.
Foi feita Dama da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 21 de Novembro de 1925.[6]
Amarante adquiriu estatuto de cidade a 8 de Julho de 1985, sendo esta também a data do seu feriado municipal.
O concelho de Amarante é fortemente marcado pelo seu relevo. Além disso, é também o maior concelho do Distrito do Porto, tendo cerca de 30 000 hectares de superfície (301,3 km²). Atravessado pelo rio Tâmega, cerca de 80% da superfície do concelho encontra-se abaixo dos 600 metros de altitude. No entanto, tal situação não impede de nele estar inserida uma das mais altas serras do país, o Marão, que tem cumes que atingem os 1415 metros, e a serra da Aboboreira. Outros rios que passam ao longo do concelho são o Ovelha, o Olo e o Odres.
O solo é maioritariamente formado por granito, com predomínio da biotite. Há também algumas zonas de xisto dispersas pelo concelho.
O município de Amarante é administrado por uma Câmara Municipal, composta pelo Presidente e oito vereadores. Existe uma Assembleia Municipal, que é o órgão deliberativo do município, constituída por 53 deputados, dos quais 26 são Presidentes de cada uma das freguesias do concelho.
Depois das eleições autárquicas de 2013, um presidente e três vereadores são da coligação Afirmar Amarante (PSD/CDS-PP), quatro do Partido Socialista (PS) e um do movimento independente Amarante Somos Todos. O actual Presidente da Câmara de Amarante é Jorge Ricardo, da coligação PSD/CDS, que em fevereiro de 2025 assumiu a presidência da Câmara após a renúncia ao mandato de José Luís Gaspar, que foi eleito pela primeira vez para o cargo em 2013, com cerca de 39% dos votos. A maioria das cadeiras da assembleia municipal e das juntas de freguesias são dominadas pelo PS.
Desde as primeiras eleições livres, após o fim do período do Estado Novo, que houve três fases distintas nas inclinações partidárias do município. A câmara foi governada pelo PSD entre 1976 e 1985. No entanto, de 1989 a 2013, o PS venceu todas as autárquicas, primeiro com Francisco Assis entre 1989 e 1995, e depois com Armindo Abreu, de 1995 a 2013. De realçar que em 1993 e em 1997, o PS garantiu as únicas maiorias absolutas em autárquicas neste concelho, com 58,8% e 58,48% dos votos, respectivamente. Em 2013, o PSD, em coligação com o CDS-PP, volta a ganhar a presidência da autarquia com José Luís Gaspar, embora sem maioria absoluta e com o PS a curta distância, a continuar a manter a presidência da assembleia municipal e a maioria das juntas de freguesia do concelho. Em fevereiro de 2025, José Luís Gaspar renunciou ao mandato de presidente da câmara por ter sido nomeado presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde Tâmega e Sousa, assumindo a presidência da Câmara o até então vice-presidente, Jorge Ricardo.[2]
Data | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | Participação |
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PPD/PSD | PS | CDS-PP | FEPU/APU/CDU | GDUP | LCI | PCTP/ MRPP | UDP/BE | PSR | IND | PSD-CDS | ADN | CH | |||||||||||||||
1976 | 43,77 | 4 | 31,23 | 3 | 7,74 | - | 7,42 | - | 2,15 | - | 1,62 | - | 0,91 | - | 62,44 / 100,00 | ||||||||||||
1979 | 44,07 | 4 | 30,69 | 3 | 9,79 | - | 9,08 | - | PSR | 0,96 | - | 1,70 | - | 74,86 / 100,00 | |||||||||||||
1982 | 41,40 | 4 | 35,95 | 3 | 9,73 | - | 7,17 | - | 1,43 | - | 72,38 / 100,00 | ||||||||||||||||
1985 | 45,31 | 4 | 31,64 | 2 | 12,42 | 1 | 6,34 | - | 1,04 | - | 66,41 / 100,00 | ||||||||||||||||
1989 | 33,21 | 2 | 45,64 | 4 | 14,25 | 1 | 3,67 | - | 67,13 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1993 | 33,39 | 2 | 58,79 | 5 | 4,07 | - | 1,52 | - | 71,58 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1997 | 58,48 | 5 | 27,82 | 2 | 2,88 | - | 5,51 | - | 64,62 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2001 | 40,53 | 3 | 46,69 | 4 | 2,84 | - | 2,65 | - | BE | 3,66 | - | BE | 64,87 / 100,00 | ||||||||||||||
2005 | 25,66 | 2 | 41,94 | 3 | (a) | 1,26 | - | 1,20 | - | 27,60 | 2 | 71,22 / 100,00 | |||||||||||||||
2009 | 44,50 | 2 | 46,66 | 5 | 2,18 | - | 2,07 | - | 2,16 | - | 65,04 / 100,00 | ||||||||||||||||
2013 | CDS-PP | 37,55 | 4 | PPD/PSD | 2,07 | - | 1,75 | - | 15,69 | 1 | 39,09 | 4 | 60,49 / 100,00 | ||||||||||||||
2017 | 36,61 | 3 | 1,55 | - | 1,70 | - | 55,43 | 6 | 1,93 | - | 61,46 / 100,00 | ||||||||||||||||
2021 | 38,88 | 4 | 1,65 | - | 2,13 | - | 52,49 | 5 | 2,01 | - | 61,85 / 100,00 |
(a) A Concelhia do CDS-PP apoiou indiretamente a lista independente de Avelino Ferreira Torres nas eleições de 2005.
Data | % | |||||||||||||||
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PSD | PS | CDS | PCP | UDP | AD | APU/ | FRS | PRD | PSN | BE | PAN | PSD CDS |
L | IL | CH | |
1976 | 37,22 | 32,50 | 13,20 | 3,44 | 0,91 | |||||||||||
1979 | AD | 35,09 | AD | APU | 2,39 | 46,87 | 7,68 | |||||||||
1980 | FRS | 1,82 | 50,44 | 6,46 | 31,66 | |||||||||||
1983 | 34,94 | 44,38 | 7,57 | 1,11 | 6,24 | |||||||||||
1985 | 32,79 | 25,42 | 8,06 | 1,57 | 7,70 | 18,40 | ||||||||||
1987 | 53,40 | 26,35 | 3,67 | CDU | 0,79 | 5,24 | 3,18 | |||||||||
1991 | 55,18 | 32,28 | 3,78 | 2,86 | 0,46 | 0,86 | ||||||||||
1995 | 40,99 | 48,26 | 4,55 | 0,30 | 2,33 | 0,42 | ||||||||||
1999 | 34,97 | 52,80 | 4,99 | 2,63 | 0,40 | 1,55 | ||||||||||
2002 | 44,92 | 42,13 | 6,04 | 2,23 | 1,67 | |||||||||||
2005 | 31,83 | 52,45 | 5,00 | 2,46 | 4,14 | |||||||||||
2009 | 33,12 | 45,79 | 7,18 | 2,91 | 6,95 | |||||||||||
2011 | 44,43 | 36,87 | 6,46 | 2,92 | 3,15 | 0,45 | ||||||||||
2015 | CDS | 36,17 | PSD | 3,72 | 7,31 | 0,64 | 44,13 | 0,36 | ||||||||
2019 | 33,84 | 42,11 | 3,20 | 2,45 | 7,30 | 1,75 | 1,15 | 0,68 | 0,45 | |||||||
2022[8] | 34,14 | 47,91 | 1,41 | 1,58 | 3,23 | 0,81 | 0,76 | 2,86 | 3,90 | |||||||
2024[9] | AD | 34,50 | AD | 33,60 | 1,36 | 3,77 | 1,22 | 2,25 | 3,38 | 13,40 |
★ Os Recenseamentos Gerais da população portuguesa, regendo-se pelas orientações internacionais da época (Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853), tiveram lugar a partir de 1864.
★★ De acordo com os dados do INE o distrito do Porto registou em 2021 um decréscimo populacional na ordem dos 1.7% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho de Amarante esse decréscimo rondou os 7.4%.
Número de habitantes[10] | |||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 |
28 790 | 30 357 | 31 654 | 32 931 | 35 226 | 34 989 | 37 796 | 41 288 | 44 606 | 47 823 | 49 255 | 54 159 | 56 092 | 59 638 | 56 264 | 52 116 |
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário[11] | |||||||||||||
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1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 | |
0-14 Anos | 11 938 | 12 980 | 12 345 | 13 568 | 15 126 | 15 414 | 17 582 | 18 905 | 17 506 | 14 058 | 11 900 | 9 037 | 6 172 |
15-24 Anos | 5 639 | 5 995 | 6 520 | 6 904 | 6 861 | 8 029 | 7 781 | 8 250 | 11 168 | 10 786 | 9 655 | 7 083 | 6 053 |
25-64 Anos | 13 316 | 14 276 | 14 115 | 15 230 | 16 373 | 17 738 | 19 184 | 18 340 | 20 526 | 25 382 | 30 599 | 31 073 | 28 311 |
= ou > 65 Anos | 1 950 | 1 936 | 1 792 | 2 170 | 2 401 | 2 765 | 3 276 | 3 760 | 4 959 | 5 866 | 7 484 | 9 071 | 11 580 |
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Face aos resultados do censo de 2021 verificam-se as seguintes alterações relativamente ao censo de 2011: -32% no grupo dos 0 aos 14 anos; -15% no grupo dos 15 aos 24 anos; -9% no grupo dos 25 aos 64 anos e +28% no grupo dos 65 e mais anos.
A população tem realizado um significativo crescimento nos dois últimos séculos, passando de 1 416 habitantes em 1801 para 56 264 em 2011. No entanto, nas últimas décadas, a taxa de crescimento tem decrescido. Entre 1960 e 2004, verificou-se um aumento de somente 27,6%. Tal justifica-se principalmente pelo elevado surto de emigração verificado nas décadas de 60 e 70, das freguesias periféricas dos centros urbanos de Amarante e Vila Meã, para países europeus como a Alemanha, França ou Suíça.
Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[12] o município de Amarante está dividido em 26 freguesias:
A cidade de Amarante é geminada com as seguintes cidades:[13]
As principais actividades económicas do concelho são a agricultura, presente em todas as freguesias, da qual se destaca a produção de vinhos verdes. Outros sectores importantes são a construção civil, a transformação de madeiras, o pequeno comércio e a indústria.
A pecuária, a silvicultura, a hotelaria e a metalomecânica, juntamente com os serviços, completam o tecido económico das várias freguesias que compõem o concelho. O turismo é um sector com fortes potencialidades, dadas as características ambientais e patrimoniais do concelho.
No passado, o sector secundário foi uma das principais marcas de progresso do concelho. No entanto, tal como em várias outras regiões do país, nos últimos anos assistiu-se ao encerramento de importantes fábricas de mobiliário e metalomecânica, que afectaram a economia local.
Comunicação social No concelho existem vários jornais e rádios a trabalhar activamente. Entre as muitas edições semanais ou mensais concelhias, destacam-se o «Jornal de Amarante», o «Repórter do Marão», o «Notícias de Figueiró» e, ainda, a revista online BIRD Magazine.
A nível de rádio, existem duas: a «GoloFM» (89.2) e a «ERA FM - Emissora Regional de Amarante» (92.7). Ambas emitem em FM, sendo a GoloFM parte de uma rede regional de emissores detida por João Vinhas que inclui outros emissores locais (94.8 Bombarral/região Oeste e 96.0/105.6 Ponte de Sor, para o Alentejo e Ribatejo) e que retransmitem a emissão licenciada para o concelho de Amarante, que pode ser escutada em todo o distrito do Porto e no Minho. A ERA FM é a principal estação de âmbito local de Amarante e transmite para todo o Vale do Sousa.
Na cidade:
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