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Marina Lima | |
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Marina LimaMarina Lima em um show em Florianópolis em 2007. | |
Nome completo | Marina Correia Lima |
Outros nomes | Marina |
Nascimento | 17 de setembro de 1955 (68 anos) Rio de Janeiro, DF |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | |
Período de atividade | 1977–presente |
Carreira musical | |
Gênero(s) | |
Extensão vocal | Contralto |
Instrumento(s) | |
Gravadora(s) | Lista |
Página oficial | |
marinalima.com.br |
Marina Correia Lima (Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1955) é uma cantora e compositora brasileira.
Nascida no Rio de Janeiro, mudou-se ainda criança (5 anos) para a capital dos Estados Unidos, Washington, onde viveria até os 12 anos, pois o pai, Ewaldo Correia Lima, era economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Neste período ganhara um violão do pai, como um pretexto para sentir menos falta do país natal. Marina é irmã de Roberto, economista, e de Antônio Cícero, poeta e filósofo.
Iniciou a carreira em 1977, quando teve uma canção gravada por Gal Costa, "Meu Doce Amor". Decidiu musicar um dos poemas do irmão mais velho, Antônio Cícero e obteve reconhecimento. Estabelecida essa conexão "emocional", Marina e Cícero esqueceram antigas divergências ocasionadas pela idade e, a partir de então, trilhariam uma parceria de sucesso. Em 1978, foi apresentada como cantora em compacto que trazia as gravações de "Muito" (Caetano Veloso) e "Tão fácil" (Marina Lima e Antonio Cicero). De volta ao Rio de Janeiro, assina um contrato e lança o primeiro LP, Simples Como Fogo em 1979.
Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Marina Lima participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Elis Regina, Joanna, Gal Costa, Rita Lee e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.
Em 1984, lança Fullgás, álbum que abriu portas e mercado para a música para a cantora, graças ao estouro da música-título.
Em 1986, sua música "Pra começar" vira tema de abertura da novela Roda de Fogo.
Valendo-se do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de "We Are the World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de mágoa" e "Seca d´água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
No começo dos anos 1990, assina como Marina Lima, e não apenas Marina.
Após a morte do pai, no período de produção de O Chamado (1993) e o cancelamento da turnê do CD posterior a este, Abrigo, de 1995, provocado por este e outros problemas pessoais, Marina entra em depressão por causa da morte do pai e da separação da mulher que ela amava. Na época alegava que o empecilho eram problemas nas cordas vocais. Mesmo neste estado, lança em 1996 o CD Registros à Meia Voz, com versões próprias para letras de Paulinho da Viola, Zélia Duncan, Christiaan Oyens, Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Em novembro de 1999, Marina fez um ensaio para a revista Playboy, quando recebeu R$ 2,5 milhões para posar. Mais tarde Marina afirmou que problema na voz foi devido erro médico.
Em 2000, retorna aos palcos com Síssi na Sua, um espetáculo com influência teatral. O ano de 2001 fez com que o trabalho de Marina Lima tivesse mais ainda em evidência pelo fato de o álbum com a canção "Setembro", que serviu de nome para o disco, ter além do rock, uma pegada eletrônica. Neste ano "No Escuro" era trilha sonora da novela O Clone; "Notícias", da novela Esperança.
Em 2003, no Acústico MTV, apesar de ainda deficiente, é nítida a melhora na voz em "A Não Ser Você", "Ainda é Cedo" (música de Renato Russo) ou até mesmo em "Sugar"- canção gravada primeiramente em estúdio e que fez parte da novela Agora é que São Elas, da TV Globo.
Em outubro de 2005, Marina estreia o novo show Primórdios com duas temporadas, por duas semanas em São Paulo, seguida de outra temporada em janeiro.
Em agosto de 2006, lança o CD Lá Nos Primórdios, com a voz mais firme e forte. Anuncia que está fazendo aula de canto e fono, para reaprender a usar a voz. Em novembro de 2006 registrou o show "Primórdios" em DVD com show fechado no Auditório do Ibirapuera. O DVD ainda se mantém inédito, sem data para edição. Em 2007, Marina se lança na estrada com "Anna Bella", a releitura de "Cara", "Meus Irmãos" num novo show, o Topo Todas Tour. O show é um apanhado de seus maiores sucessos com as canções inéditas de seu último disco, o Lá Nos Primórdios. O show foi encerrado na metade de 2008 e deu lugar para que Marina concebesse o "Marina Lima e Trio em Concerto". Em 2009, Marina planejava lançar o registro em DVD do show "Primórdios" e o CD de inéditas que veio preparando desde o início deste ano, contando com a produção de Edu Martins, que ficou para 2011.
Em 2010, Marina planejava lançar seu primeiro livro, o qual se chamaria "Marina Lima Entre as Coisas", mas problemas com gráfica e editora impossibilitaram a cantora de lançar.
Em 2011, após a morte da mãe, Marina vendeu sua cobertura na Lagoa Rodrigo de Freitas e se mudou para São Paulo, no bairro de Higienópolis, e lá compôs todas as novas canções do seu próximo álbum, Clímax, lançado em meados do mesmo ano. O disco foi aclamado pela crítica e rendeu os hits "Não Me Venha Mais com o Amor" e "Pra Sempre" (composta e gravada com Samuel Rosa). Além de entrar na estrada com a turnê do disco Clímax, com a música "Pra Sempre", Marina conseguiu uma indicação ao VMB 2011 na categoria "Melhor Música".
Em 2013, lançou o seu livro de memórias e percepções, intitulado "Maneira de Ser".
No final de 2015, lançou o disco No Osso, registro ao vivo da turnê de voz e violão que vem fazendo desde o fim de 2014. O álbum possuiu releituras de clássicos como "Virgem", duas canções inéditas - "Da Gávea" e "Partiu" - e duas faixas bônus gravadas em estúdio: um cover de "Can't Help Falling In Love", sucesso do cantor norte-americano Elvis Presley e uma versão da inédita "Partiu" gravada com a banda Strobo.
Em 23 de fevereiro de 2018, lançou o single "Só os coxinhas", um funk carioca zombando dos conservadores apelidados "coxinhas".
Em abril de 2021, lança o EP Motim, mixado e masterizado por Carlos Trilha, que tem a participação de Mano Brown em uma das músicas.
Em sua coluna, Nelson Motta afirma que Marina Lima nasceu no Piauí, informação que acabou sendo replicada por outros jornalistas posteriormente e desmentida pela própria Marina Lima em sua conta oficial do Twitter. O estado é a terra natal dos pais da cantora.
O principal letrista parceiro de Marina é o irmão Antônio Cícero, também musicado por outros grandes nomes da MPB. Durante um bom tempo Cícero esteve quase que onipresente nas composições, buscando novos ares, parcerias com Alvin L e William Magalhães tornam-se mais presentes na carreira de Marina a partir da década de 1990.
Em outubro de 2019, o cineasta Candé Salles estreou o documentário "Uma Garota Chamada Marina", longa-metragem gravado ao longo de dez anos (de 2009 até meados de 2019). O filme faz um recorte do processo de criação do álbum Climax (2011), o processo de mudança para a cidade de São Paulo e lembranças aleatórias de toda a carreira. O documentário passou pelo Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade e teve algumas exibições especiais no Rio de Janeiro. Atualmente o documentário está em negociação para ser exibido em um canal pago, mas ainda não revelado quando e qual veículo de televisão.
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