No mundo de hoje, Pontuação tornou-se um tema de grande relevância e interesse para um amplo espectro de pessoas. Tanto a nível pessoal como profissional, Pontuação gera debate, discussão e reflexão pelo seu impacto na sociedade. Neste artigo exploraremos diferentes aspectos relacionados a Pontuação, desde suas origens históricas até sua influência na atualidade. Além disso, analisaremos as diferentes perspectivas e opiniões que existem em torno de Pontuação, com o objetivo de oferecer uma visão abrangente e enriquecedora sobre este tema.
Pontuação é um ramo ou recurso da ortografia,[1] que permite expressar exclusivamente na línguaescrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas características da língua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais sintáticos (sinais gráficos e não gráficos).[2] Ou seja, a pontuação têm por finalidade assinalar as pausas e as entonações da linguagem falada na linguagem escrita, separando expressões e orações que precisam ser destacadas.[2][3]
Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também é usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.).
Exemplo: Ele foi ao médico e levou uma injeção.
Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa e também uma separação de membros de uma frase. Nem sempre correspondente às pausas (mais arbitrárias) do texto falado.[5] É usada como marca de separação para: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as orações coordenadas assindéticas (não ligadas por conjunções); as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia, entretanto e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da vírgula, pois ela dificulta a leitura do texto. Por outro lado, ela não deve ser esquecida quando obrigatória.
Exemplo: Andava pelos cantos e gesticulava, falava em voz alta, ria e roía as unhas.
Ponto e vírgula (;) — Sinal intermediário entre o ponto e a vírgula, que indica que o sentido da frase será complementado. Representa uma pausa mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. É usado em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; também para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
Dois pontos (:) — Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam:[6]
Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, admiração, ironia, surpresa ou estados de espírito.
Reticências (…) — Podem marcar uma interrupção de pensamento, indicando que o sentido da oração ficou incompleto; ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. No primeiro caso, a sequência virá em maiúscula — uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte —. No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração.
Exemplos:
Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles.
Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente!
Aspas (« » ou “ ”) — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.
Parênteses "( )" — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.
Travessão (—) — Marca o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; os apostos; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.
Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos.
Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
Colchetes () — utilizados na linguagem científica.
Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
Hífen (-) — usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos (menor do que a Meia−Risca).
Críticas ao uso comum da pontuação
Teóricos da linguagem, como o francês Henri Meschonnic, consideram que a pontuação como usada atualmente tende apenas a organizar logicamente o texto, não por seus elementos rítmicos e melódicos, tendo tal uso origem no chamado Cartesianismo. Com base nesta deformação rítmica produzida pelo uso lógico da pontuação, muitos poetas como Guillaume Apollinaire, Allen Ginsberg e o próprio Meschonnic aboliram a pontuação em sua escrita poética.
Outro autor que faz um uso não tradicional de pontuações é o português José Saramago, que o faz em seus textos em formato não-poético, chegando a escrever frases que "duram" mais de uma página.